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terça-feira, 26 de março de 2013

A celebração da vitória


Êxodo 15. 20 – 21 (Antífona de Miriã e das mulheres)

“A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou e precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro”.

            Aquilo que não celebramos em nossa vida fatalmente saíra dela. Essa declaração representa uma visão nítida a cerca da vitória de Deus pra nós. Se o cristão não festejar em razão de um sucesso que a mão de Deus trouxe a até ele, está claro que é vazio do mínimo de gratidão. E logo essa graça vai sair de sua vida.
1. Em resumo, a passagem que vimos amostra Miriã comemorando a vitória que Deus deu a seu povo. A irmã de Arão lança mão ao instrumento musical e declama poeticamente um verso de louvor a Deus Pai. O interessante é que a irmã do sacerdote recebe a simpatia e a companhia numerosa de mulheres outras, as quais seguem Miriã também com tamborins e exultando em passos de dança.
Ela faz isso de um jeito espontâneo e inspirador. Espontâneo, pois sabemos que não havia nenhuma lei ou obrigação das pessoas cantarem e dançarem porque algo benéfico lhes sobreveio. O louvor, o som do instrumento e os passos coreográficos nasceram do coração. Inspirador, porque a mulherada não perdeu o pique e saiu no passinho com Miriã.
2. O contexto explica muito dessa atitude recheada de alegria. É largamente conhecida a história de dor, sofrência e injustidade impostas aos descendentes de José no Egito. O povo de Deus ficou nessa terra de cultura diferente, sobretudo, porque a mão de Deus agiu no curso da história de José, filho de Jacó.
Foi realizado o sonho que ele teve ainda adolescente, apesar dos pesares – ser invejado e afligido por seus irmãos, ser vendido e servir como escravo nos tempos de Faraó, bem como ser preso novamente pela falcatrua armada pela safada mulher de Potifá. A Patifôa que nem muitos não delicadamente dizem.
Antes dos séculos de opressão, esse povo foi recebido com receptividade ali. Graças ao Deus de José eles, os egípcios, experimentaram a graça de Deus e não morrerem durante os sete anos de sequidão que seguiram após o período de fartura. Morto o Faraó e José de então, os rumos da relação entre os dois povos não foi muito animador.
Por causa da benção de Deus, os Israelitas cresciam mais que os egípcios. O ciúme e discriminação ascenderam no coração do Faraó – da geração seguinte –, que assumiu a descendência do trono, regendo o povo egípcio. Esse imperador se retraiu ante a presença de um povo de costumes e crença contraditória aquilo que o Faraó anterior soube tolerar. Ou que pelo menos teve a ciência de discernir a existência de um Deus Criador, responsável pelos ciclos que a terra tinha.  
3. Deus levantou um libertador, Moisés, filho de uma escrava hebréia no Egito, Joquebede – ato do dedo protetor de Deus, e não menos enredador de história – e que veio a ser criado como o filho da filha de Faraó. E após as dez pragas, além das inúmeras tentativas encabeçadas por Moisés, dirigido por Deus, e de acordos fracassados entre ele e aquele de por décadas seria seu avô faraônico – tudo sendo comprovado por sinais sobrenaturais – o libertador cumpre sua missão.
Enfim, a profetisa viu que O Eterno fechou o Mar Vermelho em cima dos inimigos opressores, que por séculos escravizaram o povo de Israel no Egito.
Vejamos o contexto que essa passagem comemorativa, promovida por Miriã, tem excessivos elementos representando o quanto o SENHOR foi bom e protetor dos seus.
4. O preconceito e a falta de discernimento espiritual também são mais dois pontos que florescem aqui. Em suma, no mundo moderno o que vale ser comemorado e festejado tem a ver em grande parte com conquistas de mero caráter efêmero e egoísta. As grandes conquistas da coletividade na verdade, quando celebradas, nadam passam de formas estratégicas de se acomodar a população do país.
Agora, se formos falar de grandes conquistas coletivas e de acontecimentos que podem render benefícios substanciais e duradouros a imensa parcela carente, pobre e miserável – que constitui nosso povo hoje – custaria pouco pra sacar que a festa sequer ocorre. Na verdade não há os motivos pra tão festa ocorrer. Nem todos discernem o que realmente tem sentido e preço pra ser enaltecido e patrocinado por ricos empresários, pelos políticos poderosos e pelos cidadãos mais esclarecidos, os quais acreditam ter contribuído com sua realidade circundante.
Quanto ao preconceito, e nem vou perder tempo aqui com as mesquinharias de líderes religiosos e seculares que tentam cortar a liberdade cristã, solidificada no quesito dança – sobretudo porque tal quesito é fecundo e transbordante de vida, gratidão e satisfação de deleito no Senhor. A dança e o louvor miriânico deve acalentar os corações de todos aqueles que vem o quanto Deus triunfa o caminho de Seu povo.
Haja o gigante que o houver, os grupos sociais malignos, ou as ideologias performáticas que se propagam como ventania em seus princípios anti-cristãos, sempre haverá uma pessoa de Deus comemorando junto com seus irmãos todas as vitórias do Pai Celestial. 

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