Na
solenidade, Carmem Garuzzi, escritora residente em Parauapebas, toma posse da
cadeira nº 19.
Em
solenidade realizada ontem (24), pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do
Pará – ALSSP, Carmem Garuzzi foi apresentada à sociedade marabaense, e região,
como a mais nova escritora dessa entidade. Garuzzi, imortalizada pela academia
em virtude de sua elaborada técnica literária, vai assumir a cadeira de nº 19.
Esse
é o primeiro ritual ocorrido em 2013, ano que a ALSSP estará completando o 5º
aniversário de sua fundação.
As
personalidades convidadas para o evento, que se deu sob as dependências da
Fundação Casa da Cultura de Marabá – FCCM, situada na Folha 31, Núcleo Nova
Marabá, prestigiaram a tomada de posse da nova acadêmica.
Natural
do Espírito Santo, Carmem Garuzzi reside a sete anos na cidade de Parauapebas,
região sudeste do Pará, onde mora com o esposo e filho, além de trabalhar na
área de educação municipal. Escreve desde os dozes anos e escolheu Rachel
Queiroz como sua patrona na academia.
“Eu
fiquei muito feliz por ter enviado o material, ter sido avaliado e aceito pela
academia. Amo demais o nosso estado, nossa terra, e não pretendo ir embora de
jeito nenhum. E fico grata a todos os membros por terem me dado essa
oportunidade”, afirma a escritora capixaba.
Entre
as obras assinadas por Garuzzi, o livro cuja originalidade a destacou na
avaliação da academia de letras, é o Amazônia
– Eu conto e me encontro, que reuni narrativas voltadas para o público
infanto-juvenil.
“É
um livro muito interessante porque não reconta nenhuma lenda. São todas
inéditas, contos inéditos. Por exemplo, em um dos contos, narra-se o surgimento
da Amazônia. É por essa perspectiva que é original. E conta também a origem de
Parauapebas”, acentua Garuzzi, que já está com novo livro no prelo, intitulado Chapéu de Bruxa – também endereçado à
criançada.
A
presidência da academia gerenciou a sessão solene e deu as melhores boas vindas
ao público presente. Em nome dos membros perpétuos, George Washington discursou
acerca do papel que a instituição tem desempenhado na região de Carajás.
Segundo
Noé Von Atzingen, secretário geral que compõe a atual gestão, é motivo de
alegria receber uma escritora com as qualidades da nova acadêmica.
“Ela
fez um livro primoroso, que aborda as lendas da nossa região. É um livro pra
criança, então, ajuda na formação de leitores porque trabalha com o lúdico
através das lendas regionais. Algo que ainda é pouco explorado, embora já tenha
na própria academia escritores como a Vânia, que trabalham com o público
infantil”, pontua.
Diplomação – A escritora, Teresinha Guimarães, assumiu com muito
gosto a apresentação da acadêmica Carmem Garuzzi, antes da tomada de posse que
se realizava naquela noite. Na introdução de sua fala, detalhou o que marca a
vida e obra da nova autora que surge nesse cenário.
“É
uma responsabilidade muito grande falar dessa escritora. Ela é capixaba por
natureza, e agora paraense por opção. Descendente de escravos, índios e italianos.
Formada em Pedagogia e especialista em psicopedagogia clínica e institucional.
E ganhadora de prêmios literários”, enfatiza.
Eduardo
Castro, atual presidente, fez a diplomação de Carmem Garuzzi que já se
considera uma parauapebense. Após a assinatura, o filho dela foi escolhido para
entregar a toga – vestimenta característica dos imortais no campo artístico das
letras.
A nova
artista recebeu as felicitações, acompanhada por familiares e conhecedores de
seu ofício, dedicado à arte literária. Grata com a conquista, Garuzi tratou
sucintamente de sua visão artística e afirmou harmonia para com a gestão da
ALSSP e amigos acadêmicos.
Na
ocasião, também foi diplomado como correspondente da ALSSP, Marcos Samuel
Costa, escritor de Ponta de Pedra. Além dele, o professor da Universidade
Federal do Pará, compareceu ao evento em convite da academia como membro
honorável da mesma.
O
evento contou com a presença da maioria dos imortais, 13 dos 18 que até então
alcançaram a consagração com seus textos líricos, romances e dramas. Muitos destes
possuem obras apreciadas pelo público leitor local. E tudo indica que a família
de literatos continuará crescendo no ritmo da pena.
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