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sexta-feira, 1 de maio de 2015

14º PAPO LITERÁRIO - Secult convidou Javier Di Mar-y-abá para bate-papo com leitores


Poesia, prosa, música e a importância da arte 
para Marabá foram o eixo da conversa 




Secretaria de Cultura convidou Javier de Mar-y-abá 
para edição do 14º Papo Literário 





O bate-papo com leitores foi cheio de descontração 
A Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira, realizou na noite de quarta-feira última (29) a 14ª edição do Papo Literário, evento que já recebeu grandes nomes da literatura paraense, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). O artista convidado foi o cantor e escritor, Xavier Santos, mais conhecido como Javier Di Mar-y-abá, que conversou com o público curioso por sua arte e atendeu aos pedidos de músicas.  
O ambiente foi ornamentado com parte das obras de arte criadas pelo poeta, como os livros “Ensaios de encantamentos” e “Sob as luzes de Argos”, ou com a participação dele, que é o caso da Antologia Vozes do Sarau e do CD “Marabá de Todos os Sons”. 
Para Genival Crescêncio, secretário de Cultura, a arte poética tem sido um elemento agregador na cidade.
O poeta marabaense, Airton Souza, foi o mediador do encontro, que recebeu diversos artistas.
Entre os escritores que apreciaram a noite estavam Adão Almeida, Evilângela Lima, Lara Borges, Katiucia Oliveira e Joelthon Ribeiro, a artista plástica Creusa Salame, e Ieda Mendes, representante da Galeria de Artes Vitória Barros. 

BATE-PAPO
Gabriela da Silva apresentou artigo sobre a obra de Javier
Durante o evento, Javier Di Mar-y-abá enfatizou que não busca escrever ou compor dentro padrões. 
“Eu não sou homem para me preocupar com conceitos e formas. Uma vez chegaram até mim perguntando a que estilo pertencia minha música. Daí respondi, ‘Se eu disser qual é meu estilo, o que é que os críticos vão fazer?’ Então, eles que encaixem no que estilos que quiserem”, considera.
O cantor também recordou vários períodos da arte marabaense e dos desafios que grupos culturais tiveram para atuar, produzir e divulgar seu conteúdo na cidade e região. 
Um momento de destaque no bate-papo foi a apresentação sucinta de um artigo científico, abordando a arte poética do artista, que foi elaborado Gabriela da Silva, estudante da Especialização em Abordagens Culturalistas na Amazônia pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).
“Nós vemos na poesia de Javier a condição do homem pós-moderno. É aquele que se desconstrói, que se vê em um momento, e depois não se vê mais porque é fragmentado em muitos pedaços”, observa Silva, em parte de seu trabalho acadêmico.
Em seguida, o autor coloca em relevo alguns dos pontos tratados pela universitária.
“Sobre a questão de irmandade, eu acredito que o mundo, o universo, em que humano está é único. As separações que existem são apenas conceituais. No taoísmo a gente tem o entendimento de que tudo é tudo, não há separações entre os animais, as águas e o humano”, detalha.
Além de Gabriela Silva, a professora, Aline Pinheiro, que também pesquisou a vida autores locais durante a especialização, acompanhou o debate e a cantoria.
A poetisa, Evilângela Lima, comentou que tem alto gosto por “poemas que nos fazem olhar para dentro”, e citou versos de um que chamou a atenção dela por esse aspecto. “Sempre volto remoçado / Depois de percorrer-me! / É que onde não vejo a olho nu / Brotam luzes nepentes / Bebendo meus olhos. / É lá que me sei vários!”.










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