No dia 7 de abril, prefeito Sidney sentou com funcionários da saúde apenas para dizer que a prefeitura não tem dinheiro para fazer nada por eles |
Membros do Sintesp, Enivaldo Lima e Raimundo Bezerra, dão apoio a greve dos servidores da saúde pública no município de Bom Jesus do Tocantins (PA) |
Os servidores em saúde pública de Bom Jesus do Tocantins
(PA), município distante cerca de 80 Km de Marabá, declararam greve na última
segunda-feira (4). O atual prefeito, Sidney Moreira (PT), está no segundo
mandato, e mesmo tendo formação de médico, conhecido como Doutor Sidney, não
cumpriu as promessas feitas aos servidores, como o reajuste salarial e o plano
de carreira.
No dia 7 de abril, Sidney Moreira sentou com funcionários da
saúde apenas para dizer que a prefeitura não tem dinheiro para fazer nada por
eles. Os trabalhadores pretendem entrar no Ministério Público com ação para que
as contas do município sejam auditadas, e saberem se, realmente, o município
tem condição ou não de atender as pautas.
Segundo Raimundo Gomes Bezerra, Diretor do Sintesp
(Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Estado do Pará), ainda no dia
27 do mês passado foi realizada uma paralização como forma de protesto.
“Naquela ocasião, também foi protocolado um ofício para que
em 72 horas o atual prefeito se manifestasse, em relação às reinvindicações dos
trabalhadores. O doutor Sidney nada fez. Então, iniciamos a greve por tempo
indeterminado”, destaca.
As principais reivindicações dos trabalhadores são o Plano
de Carreira, Cargos e Salários, o reajuste salarial – com a correção de perdas
que, conforme cálculo do sindicato, está perto de 40% –, melhores condições de
trabalho e exigindo a efetivação dos agentes comunitários de saúde bem como dos
de combates a endemias.
“Vale lembrar que a cidade vive um período de festas, por
causa do aniversário. Então, até domingo (10), o gestor municipal está fazendo
quatro dias de shows com artistas de renome nacional, o que com certeza está
custando muito dinheiro. Mas, ele não dá valor aos profissionais da saúde”,
avalia Bezerra.
Ainda segundo Bezerra, apenas 30% dos servidores do Hospital
Municipal estão trabalhando, atendendo a casos de urgência e emergência,
enquanto os funcionários dos postos de saúde já aderiram ao movimento.
“Os agentes fizeram um processo seletivo. Estão trabalhando,
porém, não foram contratados no status de efetivos do município”, enfatiza o
diretor do Sintesp, acrescentando que enquanto a prefeitura não regular isso
significa que está operando contra o que diz a lei federal 11.350.
Acompanhado por Enivaldo Chaves Lima, também diretor, Bezerra
afirma que a boa notícia para os grevistas no município de Bom Jesus é que
sete, dos nove vereadores, apoiam a causa.
“Agora, estamos buscando convencer o prefeito a sentar com
os trabalhadores e negociar os pontos da pauta em reivindicação. A única
reunião que ele esteve presente, no dia 7 de abril, junto com seus secretários,
foi para dizer que não poderia fazer nenhum reajuste com nossa classe”,
recorda.
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