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sexta-feira, 8 de maio de 2015

UEPA MARABÁ - Estudantes de Engenharia Florestal em entrevista sobre formação acadêmica e profissional


Universitárias Maila Souza (esq.), de 24 anos, e Celine Perdigão, 21, cursam
Engenharia Florestal na Universidade Estadual do Pará (UEPA)














Seguindo a série de matérias especiais, voltadas para o mês do trabalhador, vamos conhecer a vida acadêmica de estudantes do curso de Engenharia Florestal. A área estuda os recursos florestais e elabora projetos sustentáveis de exploração e reflorestamento. Sabe-se que o engenheiro florestal entende também de ecossistemas, para poder desenvolver o uso, apropriação e exploração correta dos recursos naturais. 
Apesar da ação humana sobre o mundo, as florestas ainda ocupam aproximadamente 30% da área total dos continentes e são uma peça fundamental para o equilíbrio ambiental e econômico da nossa sociedade.
As universitárias, Maila Souza, de 24 anos, e Celine Perdigão, 21, cursam Engenharia Florestal na Universidade Estadual do Pará (UEPA), Campus VIII. Elas fazem parte da Turma 2012, a primeira a se formar em breve pela instituição.
A reportagem procurou saber o que motivou a dupla na escolha do curso.
Segundo Maila Souza, um interesse pessoal pela natureza contribuiu com a decisão.  
“Na verdade, a gente entrou no curso de Tecnologia Agroindustrial de Madeira. Então, logo quando eu fiz, foi porque eu ouvi falarem dele. Mas, eu sempre gostei muito da parte do meio ambiente, engenharia, daquilo que envolve florestas e madeira. Só depois que eu passei no vestibular, fui pesquisar sobre o que era o curso realmente”, recorda.
De acordo com Celine Perdigão, esse ramo da engenharia era apenas uma das áreas de interesse dela.  
“Eu também sou aluna remanescente de TA madeira, só que a UEPA, foi a minha segunda opção. Eu pretendia fazer Odontologia, mas não passei. Então, como eu tinha passado na UEPA e pesquisado sobre Marabá, eu vim. No primeiro ano, que foi quando a gente teve matéria específica, eu comecei a me interessar”, lembra.   
As jovens passaram por um projeto de mudança dentro do curso TA madeira, por conta da grade curricular. E contaram na entrevista o que consideram mais interessante sobre a atividade florestal.
Para Souza, que é natural de Capanema, município do estado do Pará, compreender o processo de reflorestamento foi um grande atrativo.  
“Eu me identifiquei muito na parte prática, com relação à recuperação. A gente fez uma aula lá no Porque Zoobotânico, então, eu gostei desse trabalho de recuperar áreas degradadas. Também a parte de floresta, no que diz respeito à identificação botânica, bem como a identificação de tipos de madeira, que é o nosso enfoque. Tanto é que, os nossos TCCs, são voltados para a anatomia de madeiras”, considera.
Por sua vez, a jovem que nasceu em Belém, Perdigão, houve matérias que a fizeram enxergar a natureza com outros olhos.  
“Um momento marcante, comigo, foi numa das matérias específicas chamada Anatomia da Madeira. Foi ela que me fez despertar para as áreas de ciência e tecnologia da madeira. Nela a gente teve um conhecimento das propriedades, algo mais específico, coisa que a gente olha para uma árvore no dia-a-dia e nem imagina o que acontece e os benefícios dela”, observa.
E quando tiverem realizado o sonho da formatura, os planos que elas possuem para o futuro intelectual e profissional são desafiadores.
Maila Souza, que é bolsista e faz pesquisa no seguimento de identificação anatômica de madeira, planeja a vida de servidora pública.  
“Meu objetivo depois do curso é realizar um mestrado na âmbito da botânica e prestar concurso público órgãos como o IBAMA, INCRA”, detalha.
Celine Perdigão, também bolsista e na mesma área de pesquisa que a colega, quer manter a atenção mútua tanto no estudo quando na profissão, mesmo após a faculdade.
“Também pretendo seguir na minha área de pesquisar e alcançar o mestrado. E, de forma concomitante, prestar concurso público, buscando conciliar a vida profissional com a de pesquisadora”, diz.
Elas citam alguns dos desafios e problemas que existem em Marabá, que acabando tornando o engenheiro florestal tão necessário para a sociedade.

“Em Marabá, a atividade de madeireiras ainda tem sido de forma ilegal. Então, como o nosso curso nos capacita na identificação desse material, inclusive, o curso tem um projeto em parceria com o IBAMA, que procura sondar esses casos em que a madeira é comercializada de forma ilegal. Espécies ameaçadas de extinção, a própria castanheira, que não poderia ser derrubada, são pegas em movelarias por exemplo. Isso acarreta a necessidade desses profissionais, para estarem multando da forma correta os estabelecimentos que cometem essa ilegalidade”, avalia a dupla de acadêmicas da UEPA.  

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