O escritor Cezamar de Oliveira fez lançamento da Antologia Vozes do Sarau, ganhando as congratulações e carinhos dos participantes |
GAM se tornou ambiente especial para registros fotográficos com arte |
Claudimar Campos compartilhou trechos da Antologia |
No
último sábado de abril (25), houve a passagem do Sarau da Lua Cheia, um
encontro mensal que reúne leitores, artistas e a comunidade, pela primeira vez no
prédio do Galpão de Artes de Marabá (GAM), situado no Bairro Marabá Pioneira. O
local é bastante conhecido pela sociedade, em especial a classe artística de Marabá,
por ser um ponto de cultura de longa data, e recebeu grande público nesta que é
26ª edição do evento.
Shopping,
praças, escolas, universidades e galerias, em diversos núcleos de cidade, já
foram palco das rodas de leitura e bate-papo, constituídas pelos participantes
do movimento sarauista.
O
anfitrião da noite, Antônio Botelho, o “Botelhinho”, é um dos apoiadores do
coletivo de poetas e artistas.
“O
GAM não foi apenas o suporte físico para acontecer o evento. Pensamos mais que
isso, pois, o GAM é visto na sociedade como uma célula geradora de
independências artísticas. Então, resolvemos fazer um sarau que tem a nossa
cara. Desde a abertura pontuamos questões caras para Marabá”, afirma.
No
corpo da abertura, também ocorreu um protesto contra o duro golpe que as
escolas sofreram. O grupo fez um minuto de silêncio simbolizando a situação de
luto em que arte se encontra.
“A
gente sabe que as crianças de Marabá tiveram a disciplina de arte extraída de
suas salas de aula. E já que o GAM é uma instituição artística não tinha como
ficar imóvel”, defende Botelhinho.
No
GAM, as diversas formas expressão na arte vão ganharam momentos de apreciação e
deleite. Durante o evento, todos os participantes tiveram a liberdade de
apresentar textos artísticos, de escritores preferidos ou das produções pessoais.
Música e teatro também fizeram parte manifestações poéticas.
A
noite também foi marcada pelo lançamento da Antologia Vozes do Sarau, livro que
reúne textos dos participantes do encontro poético. De acordo com Cezamar de
Oliveira, organizador do projeto, leitores e artistas escreveram um livro que é
a cara do sarau.
“Em
primeiro lugar, é uma grande felicidade por ser o primeiro trabalho da editora
que estou fundando. Também é muito importante porque abrange, como diz o
título, as vozes de todos os participantes do sarau, seja artista ou leitor,
que tem escrito alguns versos. Fico feliz por idealizar e concluir esse projeto”,
considera.
A
obra possui uma diversidade de textos no gênero narrativo, prosa, conto,
crônica, e no gênero lírico, poema e música. O Sarau da Lua Cheia caminha para
o terceiro ano de realizações e continua estimulando a produção de arte.
“As
pessoas gostaram do trabalho. Quando cheguei vi amigos me parabenizando”,
ressalta Cezamar.
Katiucia Oliveira leu
poemas de Cley Araújo, que
participou da Antologia Vozes do Sarau.
Os versos também
brincaram nos lábios de Analu, filha do cantor e poeta Xavier Santos, o Javier
Di Mar-y-abá.
Katiucia Oliveira, autora
dos livros Desverso e Poética do Talvez – ambos lançados nas
edições do Projeto Tocaiúnas –, leu trecho do prefácio feito por Eliane Soares,
que abre a Antologia Vozes do Sarau.
“Gostaria de compartilhar
com vocês o que Eliane fala sobre o que eu escrevo. Katiucia Oliveira traz uma
poesia feita em cima do fazer poético.
A palavra é sua matéria prima e, como um ferreiro ou um oleiro, ela se debruça
sobre o poema, ávida de forjar ou demolir. É uma poética forte no traçado,
escrita a ferro e fogo”, declara.
Confira mais clicks da noite do Sarau.
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