Esther (à dir.) acredita que, com atitudes simples, a juventude muda o mundo |
Amanda Santiago (centro) defende que jovens precisam entender de economia |
Ana Clara (à dir.) vê os jovens despertando
para desafios do mercado de trabalho
|
Atualmente, o Brasil vive um grande embate de opiniões sobre as
oportunidades e o tratamento que devem ser dados aos jovens. O debate acerca da
menoridade penal é o mais recente e divide os pontos de vista. Contudo, hoje
(22) é a data que marca o Dia da Juventude do Brasil e muitos garotos e garotos
têm expectativas positivas para o futuro em sociedade.
Afinal, o que a juventude quer? A reportagem ouviu o que eles buscam para si e quais lutas fazem
parte do que sonham.
Segundo Ana Clara Rocha, 17 anos, estudante do ensino médio na Escola
Estadual Professor Anísio Teixeira, a juventude brasileira tem aberto os olhos
para o futuro.
“Estão deixando a concepção de vida que seus avós e até pais tiveram, e
buscando cada vez mais o estudo e crescimento no mercado de trabalho. Eu também
busco o estudo e a profissionalização, mas não deixo de sonhar com um casamento
feliz, filhos, que para mim é a base de tudo”, afirma Rocha, que também faz
curso pré-vestibular, paralelamente, e enfatiza que isso é a porta de entrada
para a faculdade de Direito.
De acordo com Esther Horsth (16), aluna do 2º ano no Instituto de
Ensino Êxito, os jovens viveram uma revolução tecnológica, que proporcionou
transformações nunca vistas antes.
“O antigo sexo, drogas e rock n’roll continua, só que de forma mais
normal, popular e descolada, já que a mídia não mede esforços para espalhar
esse ideal. Eu busco fazer a diferença de uma forma positiva, compartilhando
respeito, conhecimento, justiça e o amor de Deus que é a essência de tudo”,
pontua.
Ainda de acordo com Horsth, vale a pena sonhar mesmo que as pessoas
chamem isso de utopia.
“Sei que o mundo é grande, como Drummond dizia, e que haverá
obstáculos. Mas, acredito que a partir de ações simples posso incitar uma
revolução de amor para que, posteriormente, o Talibã cesse seus ataques, o
Estado Islâmico desista de seus objetivos e os EUA busquem paz por paz e o
preconceito desapareça”, destaca.
Já Amanda Santiago (17), estudante ultimoanista no Colégio Adventista
de Marabá, entende que a inflação assusta a população e determina diretamente
sobre os preços dos bens de consumo.
“É necessário administrar corretamente o dinheiro. Principalmente
nossos políticos. Porém, cabe a cada cidadão cuidar da economia também. É
incoerente que não mostrarmos melhora nenhuma. E assim cobrar que o governo de
maneira nenhuma venha usurpar do cidadão trabalhador e estudante”, observa a
jovem, que reside no Bairro Novo Horizonte, situado no núcleo Cidade Nova.
Sterphane, estudante de Direito, pensa que os juvenis são solidários |
UNIVERSITÁRIOS RELATAM QUE
SEGUEM PROJETOS PESSOAIS COM OTIMISMO E CONFIANÇA
Para o estudante da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
(UNIFESSPA), Eduardo Carvalho (23), o cenário do país é propício a realizar
alguns de seus sonhos, como ser engenheiro agrônomo, pastor evangélico e
professor.
“Sou filho de produtor rural, vim do campo e tenho orgulho disso. Sou
evangélico há cinco anos e hoje faço também Teologia. Quero concluir minha
graduação porque tenho sonho também de ser pastor evangélico. E agradeço a Deus
pela oportunidade de poder defender e manter minhas origens”, acentua.
O jovem estuda o terceiro período do curso de Agronomia e acredita que
o Evangelho é o único meio pelo qual se possa viver de maneira honesta e com
dignidade.
“Vejo a educação como um mecanismo eficaz para as pessoas exercerem a
própria cidadania. Creio na Bíblia como palavra de Deus e como legislatura de
uma sociedade. Portanto, eu me considero conservador, tradicionalista, defendo
a família tradicional e sou ativista cristão”, enfatiza.
Por sua vez, Sterphane Castro, que cursa Direito na UNIFESSPA, entende
que um desejo comum em quase todos os jovens é o de se descobrir como alguém
que está, com a sua vida, tornando melhor a vida de outra pessoa.
“O nosso futuro feliz quase sempre é visto como alguém que contribuiu,
direta ou indiretamente, para a felicidade e o bem do outro. É possível ver
esse desejo nos mais diversos estilos de vida. Muitas vezes nos equivocamos.
Porém, se tivermos em mente que esse nobre desejo está nos guiando para o
futuro feliz, vale a pena”, defende.
Já a universitária, Cristiane Silva (19), pensa que o maior objetivo de
um jovem é encontrar o próprio espaço no mundo, no entanto, não é uma tarefa
muito fácil.
“O que os jovens querem? Dizem que é viver cada segundo como se fosse o
último. O problema é que morrem como se não tivessem vivido nada. Eu penso em
descobrir qual é o meu talento e de que forma posso contribuir para progresso
da minha sociedade. Meu sonho é, obviamente, me formar e exercer minha
profissão com amor. Eu escolhi não por ambição como muitos fazem”, revela.
Ainda conforme Silva, que cursa engenharia civil na UNIFESSPA, os
planos de constituir família e dar uma base de atitudes cristãs aos filhos não
saem do coração. “Desejo ver um mundo em que as pessoas têm consciência de suas
atitudes, e praticam o maior ensinamento de Jesus que é o amor ao próximo”,
encerra.
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