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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A RELIGIÃO DA PAZ – O politicamente correto estraga a compreensão honesta sobre o Islã

























Anderson Damasceno

Em 2013, li o “Guia politicamente incorreto da Filosofia”, escrito pelo filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé. A obra permanece atualíssima. Continua muito válido refletir sobre os efeitos do Politicamente Correto na sociedade brasileira, que é mote dos ensaios contidos no livro.
E aqui, neste texto, foram feitos alguns recortes de questões que o Pondé levanta acerca dos muçulmanos. Quem lê vai ter não apenas bons argumentos contra quem gosta de falar “Islamofobia” pra tudo que envolve o fanatismo (religioso, ideológico e científico), mas sim, entender a prática doentia de certos grupos que se dizem pertencentes ao Islã.
Sabemos que ninguém é obrigado a endeusar a ideologia dos progressistas. E não vamos aceitar que estes dominem tudo que se diz e faz sobre a liberdade religiosa, sobre o Estado laico.
E como sei que a lei dos direitos autorais pode me incriminar, tenho a esperança de que eles interpretem essa postagem apenas como um ato de um leitor curioso, que quer compartilhar boas leituras e reflexões. Tipo uma propaganda "for free", mas bem direcionada e intencionada.
A todos, boa leitura. Aos progressistas, desejo uma melhor leitura ainda!

I
A ÉTICA DA ALTERIDADE
No ensaio, “Só o outro insuportável importa” (Pondé, 2013. p. 59), há uma crítica logo de cara à “ética do outro”, isto é, critica-se uma das manifestações do Politicamente Correto, a modinha de sempre se achar que a cultura do outro é linda, aceitável, correta e que o outro é tolerável independentemente do que faça. Porém, na real mano, a verdade é que não há nenhum valor ético supremo em tolerá-lo quando ele não cria problemas. “E, quando cria, quase ninguém tolera”.
Em nome de uma ideologia progressista, a gentinha politicamente correta anula ou finge a existência de choques de gosto, de práticas sociais e de valores entre as culturas.
                Pra exemplificar, Pondé usa o caso dos debates inter-religiosos não durarem mais que 30 minutos, pois isso obrigaria os representantes de cada religião a falarem seriamente das diferenças. O filósofo defende a ideia de que “as religiões não querem todas a mesma coisa”. Pra comprovar, utiliza a diferença entre as visões cristã e judaica acerca do Messias. Não combinam mesmo. Para mim, que sou cristão, o messias já veio e os judeus perderam o “bonde da história ao não reconhecer Jesus”, como filho unigênito de Deus.
                Agora, vamos às questões envolvendo o Islã, aos trechos envolvendo o Islã.
                No mesmo ensaio, pra enfatizar a extensão (entediante) da ética do outro, ele diz que para as pessoas de mentalidade politicamente correta todo mundo é obrigado a achar que “Muçulmanos são lindos, índios são lindos, a África é linda, canibais são lindos, imigrantes ilegais são lindos, enfim, todos os ‘outros’ são lindos”. Contudo, quem fala que tudo é lindíneo nunca está muito disposto a conviver com esses outros todos os dias.
Como foi dito, a definição de “outro” aqui tem a ver com outras culturas ou, quase sempre, significa qualquer ideia que seja oposta “a Igreja, Deus, heterossexual, capitalismo ou arrumar o quarto e lavar o banheiro todo dia”. Saca?
E, a caminho do encerramento desse tópico, é válido fazer um reconhecimento, um acordo, para que ninguém fique pensando que o justo agora é sair atacando as culturas alheias por ai. Não, seu mané! Tudo que foi dito tem o objetivo de mostrar a ilusão criada por um dos braços do politicamente correto.
“Evidente que conviver com o diferente é essencial numa sociedade como a nossa, assolada pelos movimentos geográfico humanos, mas daí a dizer que todo outro é lindo é falso”. Esta falsidade desvaloriza o próprio drama da convivência com o outro. Drama necessário para movimentar a vida. Deve ser muito chato conviver só com gente legal.

(Os próximos pontos serão abordados nas postagens seguintes do Blog OA)

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