Poema – Poeta sem palavra
(Anderson Damasceno*)
Gente que mente,
E usa a poesia,
Que fala muito,
Com pouca valia,
Cheio de versos,
De mínima serventia.
São poetas locais,
Que até estufam o peito,
Difundindo versos,
Repletos de desrespeito,
Repassando enganos,
A torto e a direito.
Com escritos insanos,
Eles se passam por santos.
Criticam a população,
Travestidos de indignação.
Culpam o povo parado,
Mas não mexem o rabo.
São escritores que culpam outros
atores.
Adoram bater em todos os
legisladores.
Falam bonito a solução de todas
as dores.
Se sentem sempre corretos, por
trás dos computadores.
De economia a limpeza, se acham
melhores que os gestores.
Só que na gerencia da própria
vida, um show grátis de horrores.
Conclamam a população,
A valorizar o próprio voto,
Argumentam com razão,
Porém, fingem não ter voto,
Dizem que agem de coração,
Escondendo um terremoto,
Apoiaram seus amigos,
Barganhando posição,
Eram eles interessados,
Ávidos por poder na mão,
No entanto, enxotados,
O povo não deu mole não.
O papo até é bonito,
Tentam ganhar no grito:
“Bandidos, tudo maldito”,
Xingando todo político,
“Tá tudim ficando rico”,
Mentir faz parte do circo.
*Anderson Damasceno Brito Miranda
é natural de Marabá, Pará, nascido a 8 de julho de 1985. Mas, residiu por
longos anos em outros municípios do estado como Altamira e Goianésia do Pará.
Retornou para a cidade natal em 2004, onde passou a morar, novamente, com a
família. Aos 19 anos, fez confissão de fé em Cristo. Em 2005, ingressou para o
curso de Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde
hoje é o Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
O poeta leciona inglês,
português, redação, artes e literatura. Também é repórter, fotógrafo e
blogueiro.
Participou do Concurso de Poesia
Professor(a) Poeta(isa) na sua última edição, realizada em 2011, em que
alcançou o segundo lugar. E participa, ativamente, do concurso anual realizado
pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio Inglês
de Sousa, em que logrou a primeira colocação no gênero poesia, durante a edição
do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Instituto
de Ensino A+, Preparatório de Medicina Everest. Além disso, é assessor
parlamentar e assina o blog Olhar do Alto (OA).
Até outubro de 2016, o literato
fez parte do coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, sendo um dos
co-fundadores do movimento, ao lado de Airton Souza, Eliane Soares e Xavier
Santos. O Sarau da Lua Cheia é um evento artístico e cultural que iniciou em
março de 2013, de caráter itinerante, que acontece em Marabá, uma vez por mês,
promovendo a leitura, o livro e a divulgação das obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da
Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por
discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da
instituição, após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder
por quase 14 anos, isto é, 14 anos que foram, sem sombra de dúvidas, um dos
piores projetos de poder e o maior escândalo de corrupção que o mundo já
conheceu.
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