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sábado, 27 de janeiro de 2018

POEMA – Poeta sem palavra (Anderson Damasceno)

Poema – Poeta sem palavra (Anderson Damasceno*)

Gente que mente,
E usa a poesia,
Que fala muito,
Com pouca valia,
Cheio de versos,
De mínima serventia.

São poetas locais,
Que até estufam o peito,
Difundindo versos,
Repletos de desrespeito,
Repassando enganos,
A torto e a direito.

Com escritos insanos,
Eles se passam por santos.
Criticam a população,
Travestidos de indignação.
Culpam o povo parado,
Mas não mexem o rabo.

São escritores que culpam outros atores.
Adoram bater em todos os legisladores.
Falam bonito a solução de todas as dores.
Se sentem sempre corretos, por trás dos computadores.
De economia a limpeza, se acham melhores que os gestores.
Só que na gerencia da própria vida, um show grátis de horrores.

Conclamam a população,
A valorizar o próprio voto,
Argumentam com razão,
Porém, fingem não ter voto,
Dizem que agem de coração,
Escondendo um terremoto,

Apoiaram seus amigos,
Barganhando posição,
Eram eles interessados,
Ávidos por poder na mão,
No entanto, enxotados,
O povo não deu mole não.

O papo até é bonito,
Tentam ganhar no grito:
“Bandidos, tudo maldito”,
Xingando todo político,
“Tá tudim ficando rico”,
Mentir faz parte do circo.


*Anderson Damasceno Brito Miranda é natural de Marabá, Pará, nascido a 8 de julho de 1985. Mas, residiu por longos anos em outros municípios do estado como Altamira e Goianésia do Pará. Retornou para a cidade natal em 2004, onde passou a morar, novamente, com a família. Aos 19 anos, fez confissão de fé em Cristo. Em 2005, ingressou para o curso de Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde hoje é o Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
O poeta leciona inglês, português, redação, artes e literatura. Também é repórter, fotógrafo e blogueiro.
Participou do Concurso de Poesia Professor(a) Poeta(isa) na sua última edição, realizada em 2011, em que alcançou o segundo lugar. E participa, ativamente, do concurso anual realizado pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio Inglês de Sousa, em que logrou a primeira colocação no gênero poesia, durante a edição do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Instituto de Ensino A+, Preparatório de Medicina Everest. Além disso, é assessor parlamentar e assina o blog Olhar do Alto (OA).
Até outubro de 2016, o literato fez parte do coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, sendo um dos co-fundadores do movimento, ao lado de Airton Souza, Eliane Soares e Xavier Santos. O Sarau da Lua Cheia é um evento artístico e cultural que iniciou em março de 2013, de caráter itinerante, que acontece em Marabá, uma vez por mês, promovendo a leitura, o livro e a divulgação das obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da instituição, após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder por quase 14 anos, isto é, 14 anos que foram, sem sombra de dúvidas, um dos piores projetos de poder e o maior escândalo de corrupção que o mundo já conheceu.

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