POEMA – Um tratado de Hamlet do
Pará go (to) Minas (Anderson Damasceno*)
Um telefonema sobre os irmãos
Karamázov
Vozes sobre o espírito das leis e
o direito
As teorias do estado e a
distância
Um tapa na cara como desespero
Desespero um tapa na cara
Uma louca boca fala beijos
E um novo hiato se abre...
Os esquecimentos que se
materializam no tempo
Do sonho
Alimentos psíquicos
intransigentes
Vorazes viajam a despeito de seu
dono-hospedeiro
Inconcretudes da boca que falou beijos ao literário ouvido
Pará, Oh, meu Pará!
Pará go! Minas!
I will remember when this blow over...
Tentarei agora um veto nesse novo
parágrafo
Da vida
Descriminando todos os incisos
peitoris
Ardis
Que sabotam o hospedeiro.
Num quarto o ouvido silencia-se
Comunica pra si o barulho que se
rebenta no peito pretérito
O sabor das gargalhadas
compartilhadas numa minuta de amizade
A hora era escura pra mim mas...
Clara em algum lugar.
Onde está vendo sendo escrita
nobilitante culpa do réu-hospedeiro?
Nas páginas da fantasia poderá
alguém encontrar.
Ali também foi desaguado o alheio
Algemado
O algoz tão culpado quanto
Hamlet,
Com o peito ofegante, se
autodespunindo em face de Polônio.
Nela a anestesia injetada no
sangue era hormonal
A serotonina
No hospedeiro era a catarse
A regressão
O peito hemofílico, de anos, só
jorrada com as questões da ansiedade
Da fome
Da ansiedade muscular
De um certo tremor de artérias
Mas sem impudicícia que se vê nos
matos
Ou mesmo a de Matos.
A musa esmeraldada estava no jogo
do Mega Man X2
Na luta de Alucard
Na sinfonia da noite
No código de Samus Aran
No cérebro do Metroid
Na princesa protegida do Mario
World
Será que alguém há de se levantar
para jogar com essa nova senha?
Ainda tramita na cruz
Que as madeixas cor de ouro canta
na PIB 32
Enquanto o Produto Interno Bruto
do outro lado da linha...
Espera...
Nunca acabar...
Mais aquela...
Fonação:
*Anderson Damasceno Brito Miranda
é natural de Marabá, Pará, nascido a 8 de julho de 1985. Mas, residiu por
longos anos em outros municípios do estado como Altamira e Goianésia do Pará.
Retornou para a cidade natal em 2004, onde passou a morar, novamente, com a
família. Aos 19 anos, fez confissão de fé em Cristo. Em 2005, ingressou para o
curso de Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde
hoje é o Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
O poeta leciona inglês,
português, redação, artes e literatura. Também é repórter, fotógrafo e
blogueiro.
Participou do Concurso de Poesia
Professor(a) Poeta(isa) na sua última edição, realizada em 2011, em que
alcançou o segundo lugar. E participa, ativamente, do concurso anual realizado
pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio
Inglês de Sousa, em que logrou a primeira colocação no gênero poesia, durante a
edição do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Instituto
de Ensino A+, Preparatório de Medicina Everest. Além disso, é assessor
parlamentar e assina o blog Olhar do Alto (OA).
Até outubro de 2016, o literato
fez parte do coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, sendo um dos
co-fundadores do movimento, ao lado de Airton Souza, Eliane Soares e Xavier Santos.
O Sarau da Lua Cheia é um evento artístico e cultural que iniciou em março de
2013, de caráter itinerante, que acontece em Marabá, uma vez por mês,
promovendo a leitura, o livro e a divulgação das obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da
Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por
discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da
instituição, após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder
por quase 14 anos, isto é, 14 anos que foram, sem sombra de dúvidas, um dos
piores projetos de poder e o maior escândalo de corrupção que o mundo já
conheceu.
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