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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

HIP HOP BOLSONARO – BATALHAS DE RIMA (A)TRAEM A DIREITA

Essa batalha entre Baueb e Jaya, no ano de 2019, ilustra bem alguns reflexões
que trarei, apontando como as batalhas de rima (a)traem a direita



Anderson Damasceno

            LINGUISTAS DE DIREITA DE OLHO NAS BATALHAS

Este texto vai para os meus amigos linguistas conservadores e de direita ou centro-direita. Vamos colocar a Análise do Discurso (AD) mais a serviço dos fatos. E da ciência de verdade. Pois, a serviço da agenda esquerdista, com Foucault, Althusser e Marx, ela já anda há décadas. Quase que de forma embrionária! E monopolista.

            E, para colocarmos a ciência nos eixos, faz-se necessário mandar um papo reto e brabo igual o do Jhony MC. Beirando à violência argumentativa.

Vejamos...

            ...Infelizmente, no Brasil e no mundo, quem é formado em Letras geralmente não percebe logo de cara o quanto esse curso superior pode acabar se tornando um teste de submissão ideológica. Pior, se o cara ficar panguando, o curso superior nas faculdades brasileiras, invés de ser um sonho profissional e uma digna realização, pode ser comparado “facinho, tranquilinho” e xamuelicamente a um gulag acadêmico, destinado à covarde formação de universiOtários.

Em outras palavras, conforme demonstra o livro Maquiavel Pedagogo, de Pascal Bernardin, existe o interesse e o financiamento da formação de idiotas úteis, de militantes a serviço de agendas como a Lulo-petista ou a georgessorista. Um cenário que impede, muitas vezes, os estudantes conservadores de superarem o status quo interessado em favorecer pesquisas e certas “produções científicas” que são validadoras apenas da visão marxista do mundo. É praticamente uma ditadura no formato do “academês”.

 

FENÔMENO: POR QUE AS BATALHAS DE RIMA ATRAEM A DIREITA?

            Eu estava ouvindo por aí, pra ser mais preciso: tava lendo por aí, nos comentários de YouTube, desabafos e críticas de pessoas julgando que as “batalhas de rima estão cada vez mais encostando na DIREITA”. Atualmente, há certas batalhas e rodas de RAP em que o conteúdo das rimas e as ideologias que elas encarnam acabam consubstanciando o cenário político polarizado, ora em andamento no Brasil.

A visão passada nas batalhas, por muitos MCs, aponta nitidamente que o embate de visões políticos é poderoso, feito de carne, osso, sangue e “dentes brilhosos”.

E isso não é coisa só de 2023, de governo Lula 3 não.

Dizendo de outra forma, há muita gente acreditando: as batalhas de rima – que ao meu ver são, hoje em dia, um dos pontos altos da “Cultura de Rua” – estariam atraindo as pessoas do espectro político de Direita. Atraindo especialmente os jovens, que têm uma visão de mundo mais “à direita” e estão cansados da lacração vitimista, estão entediados com o politicamente correto e enxergam rappers da lacrosfera uma postura totalitária.

Tudo isso não passa de características claras da mentalidade esquerdista – que muita vez está enfurnada no meio dos amantes da cultura Hip Hop, manifestada através das rodas de RAP nas ruas de grandes cidades. Mas, como havia dito, o fogo no parquinho começou bem antes de Bolsonaro se candidatar, ser eleito e ser derrotado pela Suprema Corte, digo, ser vencido democraticamente pelos amigos do Lula.

E, penso eu, esse fogo está bem longe de ter suas chamas debeladas definitivamente. Se é que isso é cogitável! Talvez só pela galera do “paredón” cubano.

Em síntese, as batalhas de rima representam é o cenário ideal das tretas na atualidade. A violência artística, filosófica e argumentativa configura o DNA das batalhas de rima. Se dependesse só do pessoal que abraça a lagoa Rodrigo de Freitas, as batalhas de rima nunca existiriam com a mesma beleza de hostilidade que vemos e ouvimos hoje.     

E eu, como apreciador da Batalha da Aldeia desde o tempo que o Kant mandava as “rima quente” contra o bigode fino do Salvador e o Tavin mirim detonava o Suco de Fruta e o Drizzy na mesma noite, não poderia fingir que não vejo essa ATRAÇÃO. Enxergo as manifestações da cultura de rua – corporificadas nas batalhas de rima – como um dos ambientes mais interessantes do momento. The internet's biggest sensation!

É muito massa ver a capacidade e estilo de cada MC ao fazer suas rimas improvisadas, construções e punchlines, modulando o uso de efeitos estético-filosóficos. Porém, o embate de ideologias e visões de mundo é vulcânico em cada batalha, em cada round. E é dinamicamente imprevisível.

No entanto, vou buscar nesta pesquisa comprovar a existência de algumas tensões. Por exemplo, a influência da visão política direita dentro das batalhas de rima passa por tensão entre ATRAÇÃO e TRAIÇÃO. Digo, se por um lado há uma forte necessidade da DIREITA sustentar tanto a natureza quanto a identidade das batalhas de rima, por outro, há uma traição extremamente desonesta e segregadora em andamento.

Não dá pra viver no conto de fadas da esquerda brasileira. A direita é responsável por jogar luz nas insanidades teóricas que influenciam as batalhas de rima. E disso falarei mais adiante.

 

BOLSONARO PRESENTE NAS BATALHAS DE RIMA

Apesar das polêmicas em torno de seu suicídio, o hit do saudoso MC Reaça é um sucesso inquestionável até hoje. De 2018 a 2023, sua canção mais famosa é uma verdadeira epopeia política. 

Seus versos estão na boca de milhões de brasileiros. Linhas como: “Bolsonaro casou com cinderela” e a sequência provocativa:

“Dou pra CUT, pão com mortadela

E pras feministas, ração na tigela

As mina de direita, são as top mais bela

Enquanto as de esquerda tem mais pelo que cadela.”?

É de longe a “diss” política mais emblemática da recente história do Brasil, pós constituição de 1988. Nem os bate-bocas do Collor ou do Brizola são mais sensacionais que o som do MC Reaça.

Como é largamente conhecido, a expressão “Diss”, nas batalhas de rima, é uma abreviação de “disrespect” (desrespeito). Na linguagem hip-hop, é justamente a “materialização” da treta: uma música em que um ou mais rappers atacam um ou mais rappers. Aqui no Brasil não se traduziu o termo. Trata-se de uma brincadeira para treta, “beef”, cujo significado literal é carne (bife).

MC Reaça segue presente no cenário político brasileiro. Contudo, não é somente essa paródia de “Baile de favela” que aponta para a forte presença da visão política direitista, em grandes hits da cultura hip-hop. Veremos...

 

ANÁLISE DE BATALHAS

Nas próximas postagens, vou atualizar o conteúdo desta pesquisa e apresentar análises pertinentes ao tema. 

Enquanto isso, que tal você sugerir nos comentários alguns links de vídeos em que as batalhas de RAP brasileiras apresentam esse cenário de brigas político-ideológicas conflagrado?

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