CONFERÊNCIA CRESCIMENTO SOBRENATURAL

CONFERÊNCIA CRESCIMENTO SOBRENATURAL
No próximo sábado (26), a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) do Bairro Independência, sede da Região 337 em Marabá, será palco da Conferência Crescimento Sobrenatural, um evento que promete reunir fiéis e líderes religiosos em uma programação especial.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

PONTE DO GELADINHO

Secretaria de Obras iniciou construção de desvio até que nova ponte de trilhos substitua ponte de madeira
Acordo vai atender demandas da população 
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (2), na Secretaria de Viação e Obras Públicas (SEVOP), situada ao longo da Transamazônica (BR-230), no núcleo Nova Marabá, o secretário Antônio de Pádua deu detalhes sobre os trabalhos iniciados na “Ponte do Geladinho”, localizada no São Félix. Cerca de 400 famílias necessitam diariamente dessa ponte para sua mobilidade.   
Durante a entrevista, o secretário e o vereador do PPS, Pedro Souza, esclareceram pontos do acordo feito com os moradores daquele espaço, ainda na manhã desta terça-feira.
Segundo Pádua, os vereadores, Pedro Souza e João Iran, acompanharam a conversa com a comunidade e representantes desta, até o momento em que todos entraram em consenso.
A melhor alternativa foi a construção de uma ponte provisória, numa abertura que já está sendo feita ao lado da atual. O que na verdade é um desvio, até que se resolva a construção de uma nova ponte no lugar da original – cuja madeira está deteriorada.
Um dos impasses resolvidos com os moradores era se estas obras iam afetar aos banhistas e a quem usa o local para trabalhar. Além disso, o terreno por onde parte da obra provisória está passando pertence a um trabalhador conhecido como Paraguaçu.
“Estão perguntando se isso vai atrapalhar o banho. Não, não vai. No terreno dele, na parte da praia, o acordo é que a secretaria vai limpar uma parte para ampliar um pouco mais o terreno”, observa o secretário.
De acordo com Pedro Souza, são cerca de três vias que dependem disso, São Pedro, Nossa Senhora Aparecida e Geladinho.
O desvio vai ajudar, enquanto o processo licitatório da construção da nova ponte, que substituirá a atual feita de madeira, vai sendo encaminhado.
“Até o momento, temos um convênio assinado com a Vale, que vai nos doar uns trilhos. E a Vale deve estar passando esses trilhos pra gente por volta de 45 ou 60 dias. Então, nos próximos quinze dias, vamos restabelecer o trânsito com a ponte provisória, e, até 60 dias, iniciarmos a elaboração da nova, que será feita de trilhos e vai durar por gerações”, acentua Pádua, enfatizando que a Secretária Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) também está a par da situação.
Finalizando essa questão, o secretário e o vereador confirmam que a harmonia voltou a residir com os populares dali. Isso, porque, conforme foi noticiado pela mídia local, um dos vereadores teria dito que o igarapé seria aterrado bem como o desvio ia tomar o espaço dos banhistas e trabalhadores.
“O João Iran conversou conosco. Ele disse que nunca mencionou em aterrar o igarapé, até porque não tem como aterrá-lo por causa do volume de água. Na verdade, tudo não passou de um mal entendido. Quando chegamos lá, cada um falava uma coisa diferente. Nós fomos conversar com o Paraguaçu e com a comunidade, e todos aceitaram”, relata Pedro Souza.
Mais obras – Ainda na entrevista coletiva, Antonio de Pádua tratou de outras obras em execução e o planejamento, noutros núcleos da cidade. O material doado pela mineradora ainda vai ser utilizado para a edificação de mais 19 pontes, além daquela no Geladinho.   
Há também a previsão de que na semana que vem seja reiniciada a pavimentação da Folha 23, com recursos provenientes de convênio com a Caixa Econômica Federal.
“Esse convênio já estava licitado, só que parou há mais de um ano, por causa da falta de prestação de conta sobre a Folha 23. A questão burocrática está resolvida. Esse recurso é de mais de um milhão de reais, e já fomos em Brasília e em Belém resolver isso, juntamente com o representante da Caixa, Floriano Krully. Então, estaremos reiniciando a pavimentação da Folha 23”, adianta o secretário.  
Acerca dos R$ 50 milhões, aprovados pelos vereadores da Câmara Municipal de Marabá (CMM), Pádua situa que esse outro projeto já passou pela comissão técnica do Ministério das Cidades e pela engenharia da Caixa Econômica.
“As obras do PAC quem fiscaliza oficialmente é a Caixa. E, como se trata de um empréstimo, fez-se a análise de risco do município, coisa que só podia ser feita pelo Poder Legislativo. Todos os vereadores entenderam a importância desse empréstimo para Marabá. Será pavimentado cerca de 70 quilômetros, com drenagem. Quero lembrar que é um asfalto em CBOQ e não em TSD, ou seja, não é um asfalto a frio, mas é a quente, de alta qualidade”, detalha.
No projeto consta que o asfaltamento das vias principais será diferenciado, em virtude do fluxo de veículos. Com 6 centímetros de espessura nas principais e 4 centímetros na secundárias.
Enquanto isso, em inúmeros pontos da cidade a operação tapa buracos opera para melhor as condições de transporte nas vias.  
“Hoje, há duas equipes da prefeitura responsáveis por tapar buracos nas vias. E, na semana passada, fizemos uma licitação de 26 milhões para tapar buracos. Além das duas equipes da prefeitura, vamos ter agora uma empresa que vai entrar com uma ou duas equipes, para estar fazendo a manutenção por alguns anos. Já estamos arrumando algumas vias principais, mas vamos fazer um mutirão e estender aos bairros e folhas”, afirma o secretário.
Quanto ao problema dos bueiros e tubulações abertas, está ocorrendo uma ação nesse sentido.
“Para se ter uma idéia, há uma demanda de mais de 1000 tampas em toda a Marabá, das quais mais 300 foram feitas, sobretudo no núcleo Cidade Nova. Vale observar que essas novas tampas de bueiro são reforçadas, para que, no caso de passar carro em cima, elas possam resistir”, garante.



Trechos da Marabá Pioneira interditados nos fins de semana, durante o mês de julho


TRÂNSITO SEGURO NO VERANEIO 2013

DMTU organiza tráfego na Orla e promove campanha de educação
Vias interditadas favorecem
 fluxo de pedestres

A partir de hoje (6), o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) inicia o projeto operacional que modifica as principais vias de acesso à orla do Rio Tocantins, na Marabá Pioneira. A medida faz parte da programação para o Veraneio 2013 e otimiza o fluxo dos milhares de pedestres, que vão curtir o lazer na Praia do Tucunaré.
Além disso, a campanha educativa “Bebida e Direção: deixe essa mistura fora do verão!” será promovida pelo DMTU através da Coordenação de Educação para o Trânsito, nesse período.
Segundo o coordenador de Educação para o Trânsito, Agente Gilvan, durante os quatro fins de semana do mês de julho, a Avenida Marechal Deodoro (via que corresponde à orla municipal), a Travessa Santa Teresinha e Avenida Getúlio Vargas permanecerão interditadas, evitando assim o tráfego e acúmulo de veículos nesse perímetro.
“O acesso da população será pela Santa Teresinha e o retorno pela Getúlio Vargas. Essas vias ficarão fechadas. Como o movimento de pessoas aumenta não dá pra circular carro nesse espaço”, afirma o coordenador, enfatizando que os marabaenses podem colaborar evitando vir apenas uma pessoa por carro de passeio.
Cerca de 18 agentes atuarão nas datas, distribuídos em três turnos. O objetivo é prevenir a ocorrência de incidentes, uma vez que crianças e adolescentes vem com suas famílias, o que acaba tomando muito espaço.  
Ainda de acordo com o coordenador, os condutores poderão estacionar seus carros nos trechos de circulação livre, que são próximos das vias bloqueadas pelo DMTU.
“O horário de fechamento inicia ao meio-dia de sábado, e até por volta de meia-noite é liberado. No dia seguinte, fecha-se novamente bem cedo. Caso o movimento aumente nas sextas-feiras, também iremos interditar para facilitar a passagem dos pedestres”, pontua.
Após o corrente mês, os mesmo trabalho será efetuado na Praia do Geladinho.
Campanha – Uma parceria entre o DMTU, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) levará por toda a Marabá, paralelamente ao trabalho de interdição das vias, orientações à respeito da lei 12.760 – conhecida como Lei seca.
Conforme a coordenação do DMTU, foi elaborado um material para conscientização da campanha “Bebida e Direção: deixe essa mistura fora do verão!”.
“A campanha vai se estender por todo o verão, já que nesse período há o consumo de muita bebida alcoólica. Por isso, estaremos lá incentivando os veranistas a praticarem o amigo da vez, um cara que vai se abster do álcool. A lei não impede que ninguém beba, mas é bom ter aquele que vai beber só água ou refrigerante, sabendo que vai dirigir depois para deixar os amigos em casa”, detalha o Agente Gilvan.
O coordenador orienta que, atualmente, existe até jogos digitais sendo utilizados para sortear quem vai ser o “amigo da vez”. E Outdoors, ônibus coletivo e a frota de táxi locais estarão divulgando a mensagem.
Os condutores que descumprirem essa lei, e forem pegos, estão sujeitos à multa de R$ 1.915,40, bem como a apreensão da Carteira da Habilitação Nacional pelo período de um ano e a retenção do veículo no local do ato. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

89 anos sem Kafka

3 de Julho, entrei no Google e vi um logo com características do conto A metamorfose. Pensei, “o que deve ser? Morte?”; exatamente. São 89 anos sem um dos mestres da “Estética do absurdo”. Todo leitor que ama a Literatura jamais será leitor sem experimentar seus textos, que nos levam numa “atmosfera do inconcebível viver”. Quem é ele? 
Franz Kafka (Praga, 3 de julho de 1883 — Klosterneuburg, 3 de junho de 1924) foi um dos maiores escritores de ficção do século XX. Kafka era de origem judaica, nasceu em Praga, Áustria-Hungria (atual República Checa), e escrevia em língua alemã. O conjunto de seus textos — na maioria incompletos e publicados postumamente — situa-se entre os mais influentes da literatura ocidental.
Em obras como a novela A Metamorfose (1915) e romances como O Processo (1925) e O Castelo (1926), retratam indivíduos preocupados com um pesadelo de um mundo impessoal e burocrático. Quem quiser conhecer mais leva só mais alguns minutos no link do Wikipédia.
Preferi colocar aqui duas passagens, saborosas e fastidiosas, do conto: 
A Metamorfose
I
Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos.
Que me aconteceu? - pensou. Não era um sonho. O quarto, um vulgar quarto humano, apenas bastante acanhado, ali estava, como de costume, entre as quatro paredes que lhe eram familiares. Por cima da mesa, onde estava deitado, desembrulhada e em completa desordem, uma série de amostras de roupas: Samsa era caixeiro-viajante, estava pendurada a fotografia que recentemente recortara de uma revista ilustrada e colocara numa bonita moldura dourada.
Mostrava uma senhora, de chapéu e estola de peles, rigidamente sentada, a estender ao espectador um enorme regalo de peles, onde o antebraço sumia!
[...]
Olhou para o despertador, que fazia tique-taque na cômoda. Pai do Céu! - pensou. Eram seis e meia e os ponteiros moviam-se em silêncio, até passava da meia hora, era quase um quarto para as sete. O despertador não teria tocado? Da cama, via-se que estava corretamente regulado para as quatro; claro que devia ter tocado. Sim, mas seria possível dormir sossegadamente no meio daquele barulho que trespassava os ouvidos? Bem, ele não tinha dormido sossegadamente; no entanto, aparentemente, se assim era, ainda devia ter sentido mais o barulho. Mas que faria agora? O próximo trem saía às sete; para apanhá-lo tinha de correr como um doido, as amostras ainda não estavam embrulhadas e ele próprio não se sentia particularmente fresco e ativo. E, mesmo que apanhasse o trem, não conseguiria evitar uma reprimenda do chefe, visto que o porteiro da firma havia de ter esperado o trem das cinco e há muito teria comunicado a sua ausência. O porteiro era um instrumento do patrão, invertebrado e idiota. Bem, suponhamos que dizia que estava doente? Mas isso seria muito desagradável e pareceria suspeito, porque, durante cinco anos de emprego, nunca tinha estado doente. O próprio patrão certamente iria lá a casa com o médico da Previdência, repreenderia os pais pela preguiça do filho e poria de parte todas as desculpas, recorrendo ao médico da Previdência, que, evidentemente, considerava toda a humanidade um bando de falsos doentes perfeitamente saudáveis. E enganaria assim tanto desta vez? Efetivamente, Gregor sentia-se bastante bem, à parte uma sonolência que era perfeitamente supérflua depois de um tão longo sono, e sentia-se mesmo esfomeado.
À medida que tudo isto lhe passava pela mente a toda a velocidade, sem ser capaz de resolver a deixar a cama - o despertador acabava de indicar quinze para as sete -, ouviram-se pancadas cautelosas na porta que ficava por detrás da cabeceira da cama.
- Gregor - disse uma voz, que era a da mãe -, é um quarto para as sete. Não tem de apanhar o trem?
Aquela voz suave! Gregor teve um choque ao ouvir a sua própria voz responder-lhe, inequivocamente a sua voz, é certo, mas com um horrível e persistente guincho chilreante como fundo sonoro, que apenas conservava a forma distinta das palavras no primeiro momento, após o que subia de tom, ecoando em torno delas, até destruir-lhes o sentido, de tal modo que não podia ter-se a certeza de tê-las ouvido corretamente. Gregor queria dar uma resposta longa, explicando tudo, mas, em tais circunstâncias, limitou-se a dizer:
- Sim, sim, obrigado, mãe, já vou levantar.



terça-feira, 2 de julho de 2013

Um equívoco bem vindo. Minha primeira análise de um poema de Cora Coralina.

POEMINHA AMOROSO (Cora Coralina) 


Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."

UM BREVE OLHAR DESILUDIDO E CAPICIOSO SOBRE O POEMA ACIMA:

A única tensão presente neste poema – e por que não chama-la conflito do belo – é a premissa de que o poema oferecido fará com que a amada possa “entender o amor” desse eu amoroso. E aqui me atenho a duas questões – que apesar das considerações feitas a seguir, logo se tornam obsoletas diante de uma terceira. Penso que esta acaba com todo o interesse desse poema infelizmente.
Primeiramente, trabalhar a ideia de que o amor da relação homem-mulher é algo “intendível”, inteligível, abalizado pela razão, realmente nos leva a um confronto prazeroso. Sobretudo, porque crê-se que não é só a ideia de amor, mas de que uma atitude objetiva resulta na compreensão de que se é amado por outrem. Ou seja, um fato material que toma corpo através do ato de um ser amoroso produzir o poema amoroso, que elogia e cultua a mulher, levando esta a sentir o amor. Parabéns por tratar disso.
Mas, vamos a mais um apontamento. O clima do confronto e do alto nível estético que paira no poema é alavancado pela possibilidade. Digo, o poema que a mulher recebe “pode” ou é feito para que ela “possa entender o amor. Estamos pisando então no terreno da não garantia, da excitante possibilidade de realizar algo apoteótico com a verdade, sentimento ou objeto de troca entre os seres a que chamamos amor.
Enfim, sendo sucinto e já me sentindo deleitado pelo caminho que esse poeminha amoroso toma (parte dele, é claro), caio aqui no abismo da decepção absoluta.
O terceiro ponto é, pondo em relevo o verso: “te deixará pasmo, surpreso, perplexo...”, entendemos o eu-lírico não é de um homem para uma mulher. Trata-se do contrário. Ou, então, infere-se que seja uma relação homossexual. Obviamente esta.
Só que a perdição que me rouba o gozo neste poema não são sequer estas inversões... Nadinha disso. Isso é merdinha!
A perdição que sentencia a todos os leitores está no fato de que, no fim de contas, o eu lírico ajuíza que “não importa”. Isso mesmo. Eis a defenestração de todo prazer de quem o lê. Sim, o ser que cultua e ama no desencaminha para o lado de que não importa que o outro “entenda o amor” ou que “possa entender o amor”.
E, pra cagar de vez com o já sensabor passo que o leitor-fruidor deu na queda dramática, apontada nos dois pontos iniciais desta crítica, o eu lírico transpõe a realização do amor – que indubitavelmente necessita do outro, do ser amado para se realizar – para a simples dimensão do versos no papel. Nem vou entrar no arrependimento meia-boca que aparece nos últimos três versos, porque, o cara que lê morre muito antes de chegar lá. Aff! Que saco! Morra diabo!
Isso foi só uma possível interpretação. Ok, gente?! kkkk 
(Chamo equívoco bem vindo porque encontrei esse poema sem a autoria em um cyber e deixei minhas reflexões perquiri-lo. Só depois descobri que pertencia à renomada Cora Coralina. Fazer o quê!? Deu nisso aí! Aliás, ainda teve o equívoco de eu interpretar como se o eu lírico fosse masculino! kkk)