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segunda-feira, 19 de maio de 2014

CINE MARROCOS - Secretaria de Cultura publicou “Sob as luzes de Argos”, livro de poemas de Javier Santos


Autor-cantor Javier di Mar-y-abá presenteou marabaenses com esplendoroso concerto poético-musical






















Na última sexta-feira (17), o complexo teatral do Cine Marrocos, situado na Marabá Pioneira, recebeu o show “Argos: causos e cantos”, evento que marcou lançamento de livro assinado pelo cantor marabaense, Xavier Santos. A obra literária, “Sob as luzes de Argos”, classificada no gênero lírico, foi publicada pela editora da Secretaria Municipal de Cultura de Marabá (Secult) e veio ao mundo assistida por palmas e muita cantoria.
O autor-cantor, ou cantor-autor, assinou o livro como Javier di Mar-y-abá e abriu a programação com seção de autógrafos, seguida por recital poético.
A diretora da Escola Estadual Anísio Teixeira, Sinara Cangussu, e o professor de idiomas, Edney Almeida, acompanharam todo o recital ao lado das amigas, Aline Pinheiro e Érica Faustino, ambas formadas em Letras pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).  
Segundo Aline Pinheiro, a noite foi maravilhosa, desde o momento de autógrafos até o show do próprio Javier.
Antes do show, vários artistas e apreciadores da arte que pousa no colo de Xavier Santos declamaram versos do livro. A escritora, Vânia Andrade, os poeta, Ademir Bráz e Airton Souza, transformaram pulmões e poemas num grande concerto.
O evento terminou com show que reuniu cantores regionais, como Clauber Martins e Zeca Tocantins.
O encontro reuniu grandes nomes não apenas nas apresentações. A direção musical ficou com Sérvio de Dias e Jorge, a direção artística do espetáculo, por Eliane Soares, e a direção cênica por conta de Antonio Botelho, mais conhecido como Botelhinho.
De acordo com Érica Faustino, que dramatizou os versos como atriz, a cidade jamais viu noite semelhante.  
“Nunca vi nada parecido em Marabá. Os músicos estavam ótimos. O Xavier, com aquela voz de cantador, chorosa e doce, emocionou pra valer. Poesia, música, encontros de poetas... foi muito bom”, enfatizou.   


CASTANHEIRAS (Javier Di Mar-y-abá)

- Esperei-te séculos!
Ergui-me viçosa e bela...
Até que aparecestes
Com ares senhoriais.
Eu sempre pensei
Nosso sexo
Assim mesmo:
SEM NEXO,
Mas essa motosserra
Foi demais.

Foi demais! 

SHOPPING PÁTIO MARABÁ - Chove denúncias de trabalhadores contra lojas

















Três funcionários fizeram denúncias relacionadas às condições de trabalho, em certas lojas alocadas no Shopping Pátio Marabá, situado na Rodovia Transamazônica (BR-230), em frente à Faculdade Metropolitana de Marabá. O trio pediu que a identidade fosse preservada. Na maioria dos casos, os trabalhadores enfatizam que mais funcionários até pretendem delatar mais abusos.
Porém, eles temem ser descobertos por conta de represálias dos patrões. Em cada um dos casos, vemos que os empregados tomam atitudes diferentes.
Para uma funcionária do ramo de calçados, todos passam a mesma situação. Quando os funcionários chegam, às 16h, tem que assinar a entrada e a saída, que deveria ser às 22h. No entanto, eles são liberados bem mais tarde.
Ela pergunta por que o sindicado dos trabalhadores não faz vistorias nas lojas, com frequência.
“Pois, devido à falta de efetivas vistorias, em relação ao funcionamento das lojas, acaba ocasionando o descumprimento de algumas normas”, diz a trabalhadora.
Questionada sobre quanto tempo está trabalhando nessa situação, sem receber o pagamento de hora-extra e adicional noturno, a profissional responde que já completou um ano. Mas, não são todos os dias que os funcionários saem muito além do horário.
Novamente questionada sobre qual loja está cometendo esse abuso e se há mais pessoas, além dela, padecendo isso, ela resolve manter sigilo.
“Se você for se informar no shopping, é só perguntar qual é uma das últimas lojas a fechar e o pessoal ir embora... Eles vão confirmar. Só que, no momento que falar o nome, os donos da empresa vão saber os que foram denunciar”, observa.  
No segundo caso, uma trabalhadora decidiu arrolar a empresa na Justiça do Trabalho.
“Pensei muito e coloquei. Trabalhei demais, saia de madrugada. Durante três meses, eu trabalhei das dez a dez. Fiquei lá por sete meses, de maio a novembro. Nós saíamos às 4h da manhã, uma e meia. Não tinha horário pra sair”, recorda a pesada rotina.
Ela também enfatiza que se alguém do sindicato fosse lá, e cumprisse o papel de fiscalizar, iam saber que, na hora que os empregados entram, tem que assinar a saída e entrada.
“Já ouvi falar que o sindicato faz vista grossa com os empresários. Agora, só não sei se é verdade”, ressalta.
No terceiro, o funcionário de uma loja pediu demissão porque, além do tratamento ser antiprofissional, não havia hora para ir embora.
É uma história deprimente. Uma training pegava no meu pé, dos funcionários, e humilhava os novatos. Ficava pressionando, se eles não conseguissem mostrar serviço, iriam embora. Ela humilhou um homossexual que trabalha lá, novato também. Ai, eu não aguentei. Chamei a gerente e falei tudo que estava engasgado”, pontua o funcionário, que até buscou resolver o clima de inimizade entre os colaboradores.
“Dois meses assim. Tinha dia que eu saia às 4h da manhã e falavam pra eu não bater o ponto. Nunca saia no horário certo. Ai, no último mês, não aguentei mais e pedi conta”, relata.
SINDECOMAR – De acordo com o secretário geral  do Sindicato dos Empregados no Comércio de Marabá (Sindecomar), Ismael Veloso de Castro, a entidade não tem o poder de fiscalizar diretamente. E está de portas abertas para atender a queixas do empregado, referente aos empregadores de qualquer área do comércio marabaense.
Castro explica que o empregado tem que trazer essas denúncias para o sindicato. A partir disso, o sindicato toma as providências junto ao Ministério do Trabalho. E explica como funciona.
“Se nós tivéssemos o poder de entrar na empresa e fiscalizar, multar, assim seria feito. Quem tem esse poder de averiguar, pedir a documentação, é o Ministério do Trabalho. O sindicato pode notificar e tentar resolver com os patrões. Só que, muitas vezes, a empresa não vem, ela se recusa mandar um representante no sindicato. Aí, nós passamos para o Ministério do Trabalho”, pontua.   
O secretário orienta que cada funcionário pode relatar os abusos com a garantia de que a identidade será preservada. Basta indicar o nome e o CNPJ da empresa para as notificações seja encaminhadas. 


sexta-feira, 16 de maio de 2014

XV SARAU DA LUA CHEIA - Seminário Pacto pela Leitura encerrou com roda poética

Teatro foi destaque na UNIFESSPA. Faculdade virou palco de grandes apresentações no campo da Dramaturgia  
Autores convidados posam pra foto durante sarau













Clei dramatizou poema clássico de Vinícius de Moraes, “O operário em construção”.













Francisco Gregório, autor convidado do Rio de Janeiro,
e as artistas marabaenses, Lara Borges e Nilva Burjack,
realizaram dramatização que arrancou aplausos do público
Na noite de quarta-feira última (14), aconteceu a 15ª edição do Sarau da Lua Cheia como encerramento do Seminário Pacto pela Leitura – evento realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) – nas dependências do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), situada na Folha 31. Durante dois dias, mais de 500 profissionais comprometidos com a educação participaram de palestras e oficinas com autores de renome nacional, voltadas para atividades que fomentam a leitura e a formação cidadã.
Na ocasião, os participantes foram convidados a conhecer um encontro do movimento sarauista, que reúne poetas, músicos e artistas, mensalmente, num dos núcleos Marabá. A ornamentação transformou o Tapiri – espaço de alimentação da faculdade – num cenário memorável.
O poema de abertura foi declamado em homenagem às organizadores do programa Marabá Leitura, Cláudia Borges, Marluce Caetano e Eliane Soares. Airton Souza, poeta marabaense, deu voz aos versos de "Estante", poema de Lila Maia, em reconhecimento ao trabalho delas. 
Nilva Burjack, que cantou em momentos da abertura, leu o texto "Marabá", de Frederico Morbach, que faz parte do livro Antologia Tocantina, organizado pelo advogado e poeta, Ademir Brás.
Mais artistas aparecem a cada edição. Marisol Nascimento, produtora cultural da Toca do Manduquinha, pela segunda vez trovejou versos. A repórter marabaense, Fabiane Barbosa, expressou pela palavra poética parte das razões que a inspiram.
"Quero" foi poema de autoria do universitário, Dalvinus Costa, que cursa a turma de Letras 2011.
Dramaturgia – Sem sombra de dúvidas, o destaque dessa edição foram as dramatizações. Monólogos, poemas dramatizados e encenações de improviso foram aclamados pelo público.  
Rariel, do município de Nova Ipixuna, apresentou um poema dramatizado sobre as mãos. Enquanto ele recitava, gesticulava como que narrando a história, sendo repetida pelo público.
O poeta de Belém, Josiclei Souza, dedicou à Andréa Cozzi – autora convidada para o seminário – alguns versos, incluindo de Paulo Leminiski. Em seguida, o professor Clei – nome pelo qual é mais conhecido na universidade – dramatizou um poema clássico de Vinícius de Moraes, “O operário em construção”.
Também na linha da dramatização, Claudimar Santos representou "Amor de mãe".
A participação mais aclamada, entre os dramaturgos, ficou por conta do improviso realizado pelo trio Francisco Gregório, autor convidado do Rio de Janeiro, e as artistas marabaenses, Lara Borges e Nilva Burjack. Eles representaram o texto de Adelia Prado. A longa performance dirigida por Gregório arrancou aplausos, por várias vezes, durante apresentação.
Arte engajada – Na linha da poesia sociopolítica, o professor do Instituto de Geologia, Marcos Mascarenhas, e o presidente do sindicato dos professores da UNIFESSPA, Wanderley Padilha, declamaram textos do próprio punho.
Mascarenhas deu voz ao poema intitulado “O Rio Tocaiado”. Em seguida, o "aspirante a poeta" Padilha, como ele próprio se alcunhou, tratou dos projetos. O “Pedral do Lourenço” foi alvo de duras críticas, desfazendo a lógica dos grandes projetos.
Honra poética – Homenagens não faltaram. Eliane fez poema chamado “Demiurgo” em reconhecimento a Francisco Gregório, por causa da palestra promovida em outubro de 2012, pelo Proler.
O professor, Raimundo Nonato Barros, leu versos do lançamento de Javier Santos, chamado "Sob as luzes de Argos", livro que teve noite de autógrafos nesta sexta-feira (16), no Cine Marrocos.
Patrícia Holanda leu poesia de Creusa Salame. Esta, em seguida, explicou que a filha Alicia foi inspiração para tal.
Voz e viola – O cantador, Clauber Martins, trouxe novidades. Ele apresentou uma composição com a qual vai enfrentar concurso no “Festival Cantalão”, na cidade de Catalão (Goiás), e enfatizou que está aberto a patrocínio.   
Javier Santos reforçou convite ao lançamento do livro e aproveitou para fazer dupla com voz e viola ao lado do amigo cantador.  












quarta-feira, 14 de maio de 2014

MARABÁ LEITORA - Seminário Pacto pela Leitura recebe cerca de 500 profissionais da educação

Seminário lota auditório do Campus I e permite debate com palestrantes de renome nacional 














Daniel Munduruku sintetiza visão educacional
O seminário “Pacto pela Leitura – Marabá: rios, histórias e livros” iniciou na manhã desta terça-feira (13), no auditório do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), localizado na Folha 31, e dura até à noite desta quarta-feira (14). Cerca de 500 profissionais da educação estão participando. O público alvo do evento são os regentes de salas de leituras, gestores escolares e professores da rede municipal vinculados ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).
A Secretaria Municipal de Educação (SEMED) convidou palestrantes e escritores de renome nacional. Entre eles estão Celinha Nascimento (São Paulo), Andréa Cozzi (Belém), Daniel Munduruku (São Paulo) e Francisco Gregário (Rio de Janeiro), que chegaram ao Aeroporto de Marabá João Corrêa da Rocha na tarde de segunda-feira (12).  
Esse seminário faz parte do programa arquitetado pelas professoras, Cláudia Borges e Marluce Caetano, intitulado Marabá Leitora, realizado pela SEMED por meio da Diretoria de Ensino, um setor que promove, entre outras coisas, atividades de fomento à leitura.
Segundo a coordenadora da Diretoria de Ensino, Floripes Amaral, o programa tem parceira com a UNIFESSPA mediante a ação da Doutora em Linguística, Eliane Soares, que trabalha com o projeto de extensão “Leitura e Escrita na Amazônia: modos de ser e de fazer”, com a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e a Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), através do projeto Proler.
“São cerca de 500 profissionais participando. O objetivo maior é fomentar a leitura dentro das escolas e fora delas, isto é, nas comunidades. Então, uma das atividades é o seminário, que vai contar várias oficinas, palestras e rodas de conversas nesses dois dias. A Vale está sendo uma de nossas patrocinadoras”, acentua.  
Programação – Na abertura do evento ocorreu a apresentação do Programa Marabá Leitora, com mesa formada pela Professora Doutora Eliane Soares (UNIFESSPA), bem como a apresentação do Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, pela Profª Lúcia Batista, da SEMED.
Em seguida, os convidados, Doutor Gilson Penalva (UNIFESSPA), a Professora Mestre Celinha Nascimento e Francisco Gregório, da Fundação Biblioteca Nacional, formaram mesa para debater “A importância da leitura e a formação do cidadão”. Daniel Munduruku, autor indígena, detalha a leitura como meio de compreender as culturas enquanto construções dinâmicas de sujeitos e comunidades. 
Para encerrar a manhã, uma exposição sobre as “Políticas públicas de incentivo à leitura: o que temos e o que queremos” fica por conta do professor da SEMED, Walmir Gomes, Noé Von Atzingen, do Comitê Proler-Marabá e Lucia Cristina Santos, da UNIFESSPA.  
Durante a tarde, uma série de oficinas foram distribuídas nas salas de aulas do Campus I.  

terça-feira, 13 de maio de 2014

INFRAERO - Reforma do aeroporto deixa desportistas de fora

Equipamentos da área de lazer não foram contemplados 
no projeto de ampliação do João Corrêa da Rocha



















Amigos mostram sacrifício para se alongar com o que resta.
O Aeroporto de Marabá João Corrêa da Rocha passa por obras de reforma e ampliação do prédio, situado ao longo da Rodovia Transamazônica (BR-230), no núcleo Cidade Nova. Um investimento que custa cerca de R$ 6 milhões, previsto para ser concluído no segundo semestre deste ano. Conforme o projeto, a construção vai potencializar a dinâmica de voos, uma vez que dois aviões poderão ser despachados simultaneamente.      
Porém, um dos setores que forma o espaço de lazer do aeroporto se encontra em péssimas condições. Trata-se da área ao lado do estacionamento, que todo dia recebe centenas de cidadãos desportistas.
Para os usuários daquele espaço, Nilton Ferreira Junior, técnico de refrigeração, e Janderis Airton, encanador, essa situação diminuiu as possibilidades de exercícios, haja vista que boa parte dos equipamentos está quebrado ou em alto estado de defasagem.
Eles tentam manter a disciplina. Ir três vezes por semana, geralmente, encarando uma hora e meia de exercícios à noite.
Na última quinta-feira (8), a dupla disse ainda que aguarda boas notícias após essas obras, ou seja, que o projeto venha contemplar os equipamentos em falta.
“Agora está tarde, mas, mais cedo, vem de galera aqui. Está faltando também uma barra quadrada, que serve para você fazer flexão no ar”, comenta Junior.
O amigos, Jadenilson Silva e Edem Souza, também sentiram na pele o sacrifício para fazer um alongamento, com a estrutura que restou.
Segundo Jair Labres, gerente da Seidurb, se a prefeitura for reformar ali, teria que fazer um convênio com o Governo Federal.
“Para fazer isso, a prefeitura teria que fazer um projeto e assinar um termo de cooperação técnica e levar à Infraero. Mas, de fato, deveria pertencer ao projeto da Infraero as ações de reforma e manutenção daquele espaço, porque se trata de uma área que pertence à União”, considera.  
Infraero – De acordo com o superintendente da Infraero em Marabá, Enos Domingues Lima, o atual projeto de construção não contempla a manutenção do espaço que os esportistas gostam. Isso porque este ponto ainda está em estudo.
Ainda conforme Enos Lima, as obras do prédio podem se estender até aquela área e, se a Infraero fizer manutenção agora, tudo pode virar um desperdício em poucos meses.