CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR

CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR
O Congresso Estadual Setorizado de Jovens "Mais de Deus" está chegando para transformar corações nos dias 18 e 19 de julho de 2025. O evento, organizado pela Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), campos 158 e 337, será realizado na região e contará com uma programação especial.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

CRIANÇA - Trânsito de Marabá leva embora mais um pequeno sonho sem fim

Que choque de tristezas. Eu li junto com alunos do ensino médio dois contos tratando da “infância”, durante aula nesta quarta-feira (21). E na tarde de ontem (22), fiquei estarrecido ao saber e ver foto de um garoto que foi atropelado, no Bairro Cidade Nova. Um acidente trágico divulgado pelas redes sociais.
Um dia antes, estava feliz por levar jovens a percorrer a vida com os olhos daquelas duas crianças. Ótimas e intrigantes personagens. Os secundaristas ficaram até emocionados, despertos. Afinal, os textos literários eram de autoria de grandes prosadores brasileiros. De Clarice Lispector, lemos O primeiro beijo, e, de João Guimarães Rosa, As margens da alegria.
É difícil estar diante de realidades tão diferentes em tão pouco tempo. A vida na arte e a vida na vida.
Numa hora você permite a si e a outros enxergar o universo da criança, com os óculos da poesia.
No texto de Lispector, o adolescente conta uma viagem de excursão escolar – tipo de experiência que todos adultos guardam como uma memória bem quentinha –; e dá um beijo “sem querer”, pois, ao procurar água que mate a sede, encontra o líquido vindo de uma fonte. Esta escultura era a de uma mulher. Ali, ele se acorda como hominho.
Na narrativa de Rosa, a criança é levada de avião do campo à cidade em construção. Levada pelos tios, conhece o que é viajar nos altos céus, brincar com animais cheios de cores. Mas, sofre por ver que a ação do homem vai fazendo fauna e flora padecerem. E assim, os duros sentimentos sofridos fazem da criança um perdedor de alegria – ou, um “vivenciador” de alegrias passageiras. Como o vagalume que aparece e breve breve desaparece dos olhos do menino, cena esta que finaliza o conto.
Contudo, o que dizer dessa criança que vinha da educação física e terminou marcada pelos pneus de um caminhão? Que história morreu ali? Sem dúvida perdemos um espetáculo.
Talvez alguém pense ser o fato de não ter visto o acidente o espetáculo aqui. Nunca esteve tão errado. O espetáculo que perdemos foi ver os dias desse garoto não continuarem. Ficamos mais pobres em Marabá, sempre que os raios do sol não podem mais banhar o límpido rosto desses meninos, que vem e vão para aulas. Foi um jogador de futebol que morreu? Foi mais. Foi fim de carreira de um jogador da vida. Vamos ficar muitas partidas sem comemorar os gols dele.  
Ontem, dormimos com algo pior que uma final de Copa do mundo, em zero a zero. Algo inexistente. Hoje, Marabá acorda desenriquecida! E isso existe!


Abaixo mostro alguns comentários no WhatsApp:
“Gente, alguém está sabendo de uma criança que foi atropelada agora pouco na cidade nova?”
“Eu não sei mais vou passar lá daqui a pouco”.
“Nossa que horror será que ele sobreviveu?”
“Sobreviver não”.
“Disseram que ele estava sem identificação”.
“Que o senhor o tenha em um bom lugar”.

“Cidade Nova... Ele vinha da educação física”.
“Cidade Nova... Não sei o local... exatamente...”
“Quem me mandou foi uma amiga pra divulgar. Ele estava sem identificação... divulga nos grupos...”

“Caminhão acabou de passar por cima dessa criança... Gente, coitada dessa mãe...”

(Atualização às 18h15)

O fato que deu origem a esta postagem não ocorreu em Marabá, como foi divulgado nas redes sociais. E sim em Tailândia. Porém, a localidade não diminui o peso de casos como esse. Em Jacundá, recentemente, uma adolescente estudante veio a óbito por atropelamento, exatamente com ônibus da escola. E aqui também já houve tragédias semelhantes. Que essa mensagem sirva de reflexão a todos que atuam no trânsito local. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

SÃO PAULO - Marabaenses visitaram Itaquerão (Arena Corinthians), estádio de abertura da Copa do Mundo 2014

 



A estudante do ensino médio, Erika Mendes da Silva, fez viagem para São Paulo, capital, no último fim de semana, acompanhada pelos pais. Eles aproveitaram a estadia para conhecer o famoso estádio de futebol do Itaquerão, que vai receber o primeiro jogo de abertura da Copa do Mundo 2014, Brasil x Croácia, no dia 12 de junho. 
Erika e os pais, Cicero Antônio da Silva e Antonia Elizete Mendes, pegaram voo no Aeroporto de Marabá João Corrêa da Rocha, com mais uma família marabaense.

Os viajantes saíram de Marabá na última sexta-feira (16) e programam retornar nesta terça-feira (20), data que também marca o Dia do Pedagogo, mas não antes de visitar pontos turísticos muito cobiçados no sul do pais.
“Vai ser a abertura da copa aqui e, da casa onde eu estou, dá pra ir a pé pra lá”, pontua Erika Silva, em mensagem para o blog OA.
O Itaquerão é o estádio novo do Corinthians Futebol Clube, time que tem a segunda maior torcida do Brasil. “Assim, dizem que é!”, como brinca o diagramador do Jornal Opinião, Márcio Aquino – torcedor convicto do Flamengo.
Segundo o jornal Estadão, o Corinthians gastou R$ 650 mil para organizar só o jogo de inauguração.
“As despesas da primeira partida do Corinthians no Itaquerão, domingo (18), contra o Figueirense, pela 5ª. rodada do Campeonato Brasileiro, somaram R$ 649.887,48. Como a arrecadação com a venda de ingressos foi de R$ 3.029.801,70, o clube teve um lucro de R$ 2.379.914,22. Foi a maior renda registrada na história do Corinthians, superando os R$ 2,9 milhões da eliminação para o Flamengo nas oitavas de final da Libertadores de 2010, no Pacaembu”, trecho publicado no site em 19/05/2014, às 18:56:00.
Além de irem à Arena Corinthians, os viajantes desta terra relicária e graciosa visitaram o elemento que é considerado símbolo das hipercidades, o metrô.
“Hoje, vou tirar fotos do metrô mais tecnológico, o “linha amarela". Ele não tem maquinista, anda sozinho, freia sozinho...”, diz ansiosa.

Polêmica – Sem dúvida, no Brasil a população ama futebol. Só que, vale lembrar algumas críticas à política brasileira de construção dos estádios. Feitos às carreiras e passando por cima de prioridades que socorrem diretamente o povo, como educação e saúde pública, tudo custou dinheiro público, vindos dos bolsos dos mais de 200 milhões de brasileiros.

Os milhões aplicados no Itaquerão nunca vão resultar em melhorias de onde vieram. Os milhões que vão lucrar (e já estão lucrando) ficarão com os donos dos clubes de futebol.  








Ó, PORTUGAL! - Professora da UNIFESSPA apresenta obra de João Brasil ao povo de Lisboa


Durante estadia na capital de Portugal, poetisa Eliane Soares participa de congresso


















Quem fez viagem para Lisboa, capital de Portugal, na última quinta-feira (15), foi a doutora em Linguística e poetisa da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSPA), Eliana Pereira de Machado Soares. Em chão ibérico, ela participa de congresso em que vai apresentar a obra literária de João Brasil, um dos escritores pioneiros na região e também membro da ALSSPA.
Desde 2013, Soares elegeu a vasta produção artística do colega de academia como objeto de estudo.
O fruto desse trabalho é uma forma de reconhecer a dimensão amazônica que os textos de João Brasil carregam.
Eliane Soares tem realizado vários projetos e participado de movimentos artístico-culturais em Marabá. Entre estes, destacam-se os grupos de pesquisa na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), a parceria com o Programa Marabá Leitora, ao lado das professoras, Cláudia Borges e Marluce Caetano, além de ser uma das idealizadoras do Sarau da Lua Cheia, ao lado do poeta marabaense, Airton Souza.
Durante a estadia, acompanhada pelo esposo, Joseni Soares, a escritora fez visita a ilustres pontos turísticos, que tornam famosos a paisagem de Lisboa.
Na capital portuguesa, Soares se encontrou com amiga de longa data, Ediene Pena Ferreira, que reside no país. Juntas, elas fizeram um “sanduíche de Fernando Pessoa”. A escultura do grande poeta português recebeu um duplo beijo das amigas.
Quanto à culinária, o trio se deliciou com os pastéis de Belém.

Amigos da escritora encheram de comentários o perfil de Soares, numa grande rede social. Carmélia Oliveira disse “traz bacalhau pra mim”.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

CINE MARROCOS - Secretaria de Cultura publicou “Sob as luzes de Argos”, livro de poemas de Javier Santos


Autor-cantor Javier di Mar-y-abá presenteou marabaenses com esplendoroso concerto poético-musical






















Na última sexta-feira (17), o complexo teatral do Cine Marrocos, situado na Marabá Pioneira, recebeu o show “Argos: causos e cantos”, evento que marcou lançamento de livro assinado pelo cantor marabaense, Xavier Santos. A obra literária, “Sob as luzes de Argos”, classificada no gênero lírico, foi publicada pela editora da Secretaria Municipal de Cultura de Marabá (Secult) e veio ao mundo assistida por palmas e muita cantoria.
O autor-cantor, ou cantor-autor, assinou o livro como Javier di Mar-y-abá e abriu a programação com seção de autógrafos, seguida por recital poético.
A diretora da Escola Estadual Anísio Teixeira, Sinara Cangussu, e o professor de idiomas, Edney Almeida, acompanharam todo o recital ao lado das amigas, Aline Pinheiro e Érica Faustino, ambas formadas em Letras pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).  
Segundo Aline Pinheiro, a noite foi maravilhosa, desde o momento de autógrafos até o show do próprio Javier.
Antes do show, vários artistas e apreciadores da arte que pousa no colo de Xavier Santos declamaram versos do livro. A escritora, Vânia Andrade, os poeta, Ademir Bráz e Airton Souza, transformaram pulmões e poemas num grande concerto.
O evento terminou com show que reuniu cantores regionais, como Clauber Martins e Zeca Tocantins.
O encontro reuniu grandes nomes não apenas nas apresentações. A direção musical ficou com Sérvio de Dias e Jorge, a direção artística do espetáculo, por Eliane Soares, e a direção cênica por conta de Antonio Botelho, mais conhecido como Botelhinho.
De acordo com Érica Faustino, que dramatizou os versos como atriz, a cidade jamais viu noite semelhante.  
“Nunca vi nada parecido em Marabá. Os músicos estavam ótimos. O Xavier, com aquela voz de cantador, chorosa e doce, emocionou pra valer. Poesia, música, encontros de poetas... foi muito bom”, enfatizou.   


CASTANHEIRAS (Javier Di Mar-y-abá)

- Esperei-te séculos!
Ergui-me viçosa e bela...
Até que aparecestes
Com ares senhoriais.
Eu sempre pensei
Nosso sexo
Assim mesmo:
SEM NEXO,
Mas essa motosserra
Foi demais.

Foi demais! 

SHOPPING PÁTIO MARABÁ - Chove denúncias de trabalhadores contra lojas

















Três funcionários fizeram denúncias relacionadas às condições de trabalho, em certas lojas alocadas no Shopping Pátio Marabá, situado na Rodovia Transamazônica (BR-230), em frente à Faculdade Metropolitana de Marabá. O trio pediu que a identidade fosse preservada. Na maioria dos casos, os trabalhadores enfatizam que mais funcionários até pretendem delatar mais abusos.
Porém, eles temem ser descobertos por conta de represálias dos patrões. Em cada um dos casos, vemos que os empregados tomam atitudes diferentes.
Para uma funcionária do ramo de calçados, todos passam a mesma situação. Quando os funcionários chegam, às 16h, tem que assinar a entrada e a saída, que deveria ser às 22h. No entanto, eles são liberados bem mais tarde.
Ela pergunta por que o sindicado dos trabalhadores não faz vistorias nas lojas, com frequência.
“Pois, devido à falta de efetivas vistorias, em relação ao funcionamento das lojas, acaba ocasionando o descumprimento de algumas normas”, diz a trabalhadora.
Questionada sobre quanto tempo está trabalhando nessa situação, sem receber o pagamento de hora-extra e adicional noturno, a profissional responde que já completou um ano. Mas, não são todos os dias que os funcionários saem muito além do horário.
Novamente questionada sobre qual loja está cometendo esse abuso e se há mais pessoas, além dela, padecendo isso, ela resolve manter sigilo.
“Se você for se informar no shopping, é só perguntar qual é uma das últimas lojas a fechar e o pessoal ir embora... Eles vão confirmar. Só que, no momento que falar o nome, os donos da empresa vão saber os que foram denunciar”, observa.  
No segundo caso, uma trabalhadora decidiu arrolar a empresa na Justiça do Trabalho.
“Pensei muito e coloquei. Trabalhei demais, saia de madrugada. Durante três meses, eu trabalhei das dez a dez. Fiquei lá por sete meses, de maio a novembro. Nós saíamos às 4h da manhã, uma e meia. Não tinha horário pra sair”, recorda a pesada rotina.
Ela também enfatiza que se alguém do sindicato fosse lá, e cumprisse o papel de fiscalizar, iam saber que, na hora que os empregados entram, tem que assinar a saída e entrada.
“Já ouvi falar que o sindicato faz vista grossa com os empresários. Agora, só não sei se é verdade”, ressalta.
No terceiro, o funcionário de uma loja pediu demissão porque, além do tratamento ser antiprofissional, não havia hora para ir embora.
É uma história deprimente. Uma training pegava no meu pé, dos funcionários, e humilhava os novatos. Ficava pressionando, se eles não conseguissem mostrar serviço, iriam embora. Ela humilhou um homossexual que trabalha lá, novato também. Ai, eu não aguentei. Chamei a gerente e falei tudo que estava engasgado”, pontua o funcionário, que até buscou resolver o clima de inimizade entre os colaboradores.
“Dois meses assim. Tinha dia que eu saia às 4h da manhã e falavam pra eu não bater o ponto. Nunca saia no horário certo. Ai, no último mês, não aguentei mais e pedi conta”, relata.
SINDECOMAR – De acordo com o secretário geral  do Sindicato dos Empregados no Comércio de Marabá (Sindecomar), Ismael Veloso de Castro, a entidade não tem o poder de fiscalizar diretamente. E está de portas abertas para atender a queixas do empregado, referente aos empregadores de qualquer área do comércio marabaense.
Castro explica que o empregado tem que trazer essas denúncias para o sindicato. A partir disso, o sindicato toma as providências junto ao Ministério do Trabalho. E explica como funciona.
“Se nós tivéssemos o poder de entrar na empresa e fiscalizar, multar, assim seria feito. Quem tem esse poder de averiguar, pedir a documentação, é o Ministério do Trabalho. O sindicato pode notificar e tentar resolver com os patrões. Só que, muitas vezes, a empresa não vem, ela se recusa mandar um representante no sindicato. Aí, nós passamos para o Ministério do Trabalho”, pontua.   
O secretário orienta que cada funcionário pode relatar os abusos com a garantia de que a identidade será preservada. Basta indicar o nome e o CNPJ da empresa para as notificações seja encaminhadas.