CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR

CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR
O Congresso Estadual Setorizado de Jovens "Mais de Deus" está chegando para transformar corações nos dias 18 e 19 de julho de 2025. O evento, organizado pela Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), campos 158 e 337, será realizado na região e contará com uma programação especial.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

BIBLIOTECAS DE MARABÁ - Escola e leitores usam livro para mudar a cidade e sua gente

Em 2014, alunos produziram dois livros que incrementaram a biblioteca da escola
Raimundo José de Souza. Durante evento em novembro, a aluna Amanda Kathllen
da Silva (centro) explicou à comunidade como surgiu um dos livros a partir
do projeto Biografados. Ela, ao lado de Silvane Lima, passou exemplar
para regente da sala de leitura, Valderlene
 Costa Brito.

























A frequência com que os populares visitam as bibliotecas públicas em Marabá também é uma forma de avaliar o interesse do leitor local. Em cada núcleo da cidade, há salas reservadas ao público leitor, precisamente, nas escolas que dispõem de sala de leitura e um bom acervo.
Porém, as comunidades que se formam em torno dessas escolas não tem aproveitado esses espaços de leitura.
Um bom exemplo disso é a Escola Municipal Raimundo José de Souza, situada no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, que tem disponível salão repleto de obras que vão, entre as várias áreas, desde história e política à matemática e literatura paraense. Inclusive, dispondo de uma profissional para atender os leitores visitantes, Valderlene  Costa Brito, que é a regente da sala de leitura.
Segundo a diretora, Maria Arlete de Melo e Xavier, encontrar os estudantes e, por que não, os próprios pais nesses lugares significa que as bibliotecas estão funcionando, com mais qualidade. E, por isso, a comunidade é bem vinda.
Em 2014, alunos produziram dois livros que incrementaram a biblioteca da escola Raimundo José de Souza. Ambos produtos de projetos realizados pela professora, Silvane Lima, com turmas da educação infantil.
Além disso, a formação de leitores passa, sem sombra de dúvidas, pela ação e interação dos professores para com os alunos.
De acordo com Eliane Soares, professora de Linguística na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, ao longo da vida escolar, os educadores ensinam a ler, estimulam os educandos à leitura e promovem projetos literários.
“Na vida escolar e em meio à sociedade em geral, os estudantes ouvem sobre a importância da leitura, para o desenvolvimento da inteligência e para a aquisição de conhecimentos e, por consequência, o seu papel na formação do ser humano, do cidadão e do profissional. No entanto, a prática de leitura não é tão constante na vida da maioria deles. É o que demonstram as pesquisas”, observa.
Ainda faltam pessoas conscientes acerca do papel da leitura, seja para o desenvolvimento pessoal, seja para o dos jovens estudantes. E neste grupo estão políticos, empresários, juízes, inclusive professores. Mas, sobretudo os pais, demonstram imenso desconhecimento. Eles compram celulares e roupas de marca elitizada, e depois reclamam do preço quando um livro custa menos que um hambúrguer no shopping – e que dura muito mais se comparado àqueles objetos.
Contudo, colocar a mão no bolso com o interesse de comprar um título literário diz muito sobre o gosto e a consciência que o leitor tem. Ainda mais se o cidadão estiver investindo numa biblioteca pessoal.
É o caso da estudante do segundo ano médio, Esther Horsth, 15 anos, que resolveu iniciar a própria coleção. Apesar dos poucos livros, cerca de 30 títulos, ela já demonstra saber o quanto o hábito da leitura influencia em sua formação e planos futuros.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

SHOPPING PÁTIO MARABÁ - II Mostra de fotografia traz tema “A cidade e sua gente”





















O Shopping Pátio Marabá, situado ao longo da Rodovia Transamazônica (BR-230), fez parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e está promovendo, neste mês, a II Mostra de Fotografia das escolas da rede pública de Marabá. O projeto foi arquitetado pelo Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM).
Até o dia 31 de janeiro, os visitantes pode conferir de perto a exposição, que se encontra no Piso – L2.
De caráter histórico e cultural, o projeto faz parte das ações do NTM e tem por objetivo retratar o tema “A cidade e sua gente”.
Segundo os organizadores, com as telas pretende-se contribuir para o desenvolvimento de atividades que incentivem os alunos a registrarem o processo histórico, tanto de mudança urbana quanto cultural, por que passa o município de Marabá.

Além disso, os estudantes têm a oportunidade de demostrar talento, autoria, expressão e criatividade, através da leitura que eles fazem do cotidiano, do lugar onde vivem. 

PORNOFONIA INVADE A INFÂNCIA - Funk Proibidão é ferramenta sutil para exploração sexual de crianças e adolescentes

O que acontece em Marabá, cidade polo da região sudeste do Pará, não está distante das grandes cidades e capitais do Brasil. A moda do Funk Proibidão está fazendo vítimas desde a infância. As letras e danças - o conteúdo dessa linha do funk - têm funcionado como estratégia de ataque às mentes e aos corpos dos menores. Tem servido como ferramenta sutil, que favorece a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Isso ocorre porque surgem, em escala industrial, músicas que destacam a sexualidade exagerada e a covardia, de forma agressiva, que se vale do apelo à libido humana. E isso tem passado - aparentemente - sem nenhuma ou pouca preocupação ou regulação dos impactos que podem causar na mentalidade juvenil.  
O funk é um estilo musical oriundo das favelas do Rio de Janeiro, e se popularizou a partir dos anos 70, quando começaram a ser realizados bailes black, soul e funk. Pela notoriedade foi derrubando muitos preconceitos. Mas, com a fama, vieram também em peso as críticas. Especialmente à corrente do “Proibidão”, que ganhou repercussão no Brasil em meados dos anos 90 - década em que vivi boa parte da minha adolescência.  
Já é bastante conhecida a polêmica que o conteúdo desse tipo de música provoca, seja por fazer apologia ao crime organizado, seja por criar a utopia da ostentação. E mais. Era de se esperar que o tratamento de ridicularização da mulher, do corpo e valores femininos – por exemplo, vendida que nem objeto sexual –, fosse o ponto mais alto da polêmica, causada pelas letras do funk erotizador. 
No entanto, existe outro maior. A pornofonia, um termo simples encontrado no livro “O criminalista”, escrito por Vinicius Bitencourt, um advogado capixaba, que diferencia os palavrões proferidos em oposição à pornografia, que seriam palavrões escritos. Somadas aos palavrões, as músicas passaram a ser verdadeiros retratos de cenas de sexo explícito. Por consequência, o que era apelo à libido, agora se tornou uma cruel propaganda em favor da promiscuidade e da imoralidade, invadindo a menoridade.
Vale ressaltar que nem todos os músicos viram a linha do Funk Proibidão como “evolução técnica”. O próprio Dj Malboro, personalidade ilustre que contribuiu na divulgação funk por todo o país, considerou essa corrente distante do que ele faz enquanto artista.
As facilidades do mundo tecnológico como a internet (cujo contexto hoje é bem diferente do vivido pelas classes mais populares na década de 90), celulares e som automotivo potencializaram a divulgação da pornofonia numa escala ameaçadora. Qualquer pessoa passa a ter o contato ou possui o conteúdo musical do proibidão, a qualquer hora e em qualquer lugar. De fato, até as pessoas que não gostam ou sequer aprovam a força pornofônica acabam tendo que conviver com ela.
Na prática, esse contexto tem também todas as facilidades para que as crianças e adolescentes ouçam, cantem, até descobrir o sentido das músicas do Funk Proibidão. Nas ruas, nas escolas, nos lares, principalmente na solidão dos quartos, o material está sendo consumido.
Agora, a grande preocupação reside no que elas vão fazer conscientes do significado. Aliás, o problema maior é medir se elas terem conhecimento disso na menoridade, é saudável ou não, ou se coloca a meninada em condições de vulnerabilidade.
Deveria ser facílimo responder. Porque, juridicamente, conteúdo pornográfico é proibido para menores de 18 anos. Então, é consenso legal que a sociedade não quer os juvenis expostos antes de terem maturidade, antes de estarem minimamente preparados para tomar decisões referentes à própria sexualidade.    
O problema é que ninguém quer ser taxado de careta ou preconceituoso ao dizer não. Muito menos querem ser vistos como aqueles que estão censurando e roubando a liberdade dos juvenis. No entanto, todos tem o direito de dizer não. E direito, por exemplo, até de ser contra a indústria do sexo. Muito mais o direito de lutar contra as formas ilegais de sexualizar os juvenis.
É bem verdade que a culpa ou receio em relação a opinião alheia é uma das amarras da atualidade. As pessoas pouco percebem que estão sendo obrigadas a parar de pensar por si só. E são ensinadas ou acomodadas a acatar tudo que aparece na modernidade como sendo bom para o futuro. Não são poucos os pensadores, políticos e a imprensa que usam a bandeira da revolução cultural, para violar a mentalidade dos outros e transformar a democracia em alienação.  
A erotização das crianças no Brasil está ocorrendo em “nível nacional”. Parece até redundante a sentença anterior, só que, na verdade, ela só precisa ser esclarecida.
Fala-se em escala nacional não apenas no sentido de que os menores estão sendo alvo de sexualização precoce, em todos os estados brasileiros, porque os pais, a escola e sociedade ao invés de unirem forças para educá-los, pouco fazem contra aqueles que os tentam prostituir. Existe algo mais preocupante ainda.
A escala nacional tem a ver com a questão da legitimação, da legalidade. Isto é, os órgãos competentes, que deveriam proteger e garantir a qualidade na formação até os 12 anos, estão assistindo tudo com naturalidade. Em todo o Brasil, a sociedade presencia celebridades batendo palmas para a pornofonia. O pior é que muitas vezes exaltam aquilo que atropela a lei brasileira.
Um dos casos mais recentes é do MC Pedrinho, que para publicar o hit “Dom Dom Dom”, teve que criar uma “versão light”. Como se vê no trecho abaixo que é o começo da música:

“Dom, dom, dom, dom, dom, dom
Eu tava aqui no baile, escutando aquele som
Dom dom dom, dom dom dom
Vi logo uma novinha descendo até o chão”.

O que na verdade é uma adaptação feita para burlar as regras do YouTube e do Código Penal Brasileiro. A letra desse mesmo hit, que se espalhou pelo país, tem notadamente um conteúdo pornofônico, como se vê abaixo na parte que começa a música "heavy":

“Dom, dom, dom, dom, dom, dom, dom
Tava aqui no baile, escutando aquele som
Dom, dom dom, dom dom dom, dom
Ajoelha, se prepara e faz um boquete bom".

Enfim, já estão aceitando com naturalidade a ponto de se perder qualquer impacto ou perplexidade perante os vídeos de crianças dançando seminuas. As pessoas compartilham nas redes sociais sem criticar muitas vezes como se fosse tudo normal.
Se aos 12 anos, MC Pedrinho começou cantando a versão mais pesada do funk, imagine o que virá nesse ritmo de sociedade.
Vale lembrar que, recentemente, ele resolveu mudar o estilo para conseguir ser melhor aceito em todas as idades. Em entrevista ao R7, o garoto diz que preferiu mudar por conta de sua pouca idade. Na versão proibida de “Dom Dom Dom”, que acabamos de ver, ele fala de sexo oral. Já na permitida para menores, ele elogia o rebolado da novinha no baile. E assim ele pretende fazer com seu repertório.
Agora, tendo uma média de 30 shows por mês e faturando cerca de R$ 150 mil, será que MC Pedrinho vai parar? Na verdade, esta questão é a que menos importa aqui. Sabe por quê? A questão mais inacreditável e importante do momento é outra. Como pode um país ser tão hipócrita assim, a ponto de termos uma lei de proteção à crianças e adolescentes que firma algo, e na vida real, ninguém vê as autoridades fazendo nada contra?

Só pode haver uma resposta para tamanha hipocrisia. A indústria do sexo, seja a legal ou a criminosa, está bancando muita gente para que esqueçam o tamanho da responsabilidade que é ter olhos, quando os outros os perderam. 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

VOLTAS ÀS AULAS - Após recesso, Escolas Estaduais ficam sem professores

Escolas Estaduais ainda estão na 4ª Unidade Letiva de 2014


Em outubro de 2013, quando Escola Anísio Teixeira funcionava em prédio
da Igreja Católica, SINTEPP já culpava governador Jatene pela greve




















Na próxima semana, o Ministério da Educação (MEC) já programa a lista com resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Enquanto isso, nesta segunda-feira (5), agora que foi dia de volta às aulas nas escolas estaduais em Marabá. Por causa da última greve, os estudantes ainda estão cumprindo a 4ª unidade letiva de 2014. Porém, o clima de ano novo parece ter segurado muitos professores em casa, uma vez que eles não compareceram nos locais de trabalho. Turmas inteiras voltaram para casa bem cedinho, muito antes do horário regular.
Segundo Marcelo Alves, que estuda o terceiro ano médio na Escola Estadual Liberdade – que atende público dos Bairros Jardim União, Liberdade e Independência –, a classe recebeu apenas duas aulas da disciplina Língua Portuguesa e, em seguida, todos foram embora.
“Foi informado que amanhã (6), vai ter aula normal. E vamos até o final desse mês pra quem conseguir passar direto”, afirma.
Se, por um lado, os professores não perceberam que o recesso terminou, por outro, o alunado não vê a hora de encerrar a caminhada que, forçosamente, não foi vencida no ano passado. 
De acordo com Ruan Santiago, estudante do segundo ano médio na Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada no Bairro Cidade Nova, as aulas duraram até às 10h.
“Só teve aula de Matemática Financeira e Português. Duas de cada. Eu espero que até dia 16 eu já tenha passado direto”, detalha.
Conforme Darah Eduarda, também aluna do Anísio Teixeira, só que no nível fundamental, o retorno das aulas está programado para 20 de janeiro.
Para Geice Mirla Dourado, aluna ultimoanista do colégio O Pequeno Príncipe, situado na Folha 32, houve apenas duas aulas de língua materna.  
Apesar do retorno um tanto capenga, o que se sabe com segurança é que esse calendário precisa ser normalizado até dia 2 de março. Isso caso não haja nova greve, semelhante a do ano passado, provocando novamente tanto atropelo e descompasso na vida do jovem alunado.


SARAU DA LUA CHEIA - Biblioteca Municipal recebe 23º edição no próximo sábado (10)

Ao longo dos anos de 2013 e 2014, evento tem reunido comunidade e artistas de Marabá e região























Ocorre na noite de sábado próximo (10), a 23ª edição do Sarau da Lua Cheia, na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira. O evento tem caráter artístico e cultural e é realizado uma vez por mês, geralmente em espaços públicos como praças, escolas e galerias, e se destaca por ser aberto às mais diversas manifestações artísticas, entre elas, literatura, dança, teatro e música.
O encontro tem reunido, ao longo dos anos de 2013 e 2014, tanto a comunidade dos bairros onde acontece quanto os artistas de Marabá e região.
A dupla de escritores, Airton Souza e Elianes Soares, foram os criadores do Sarau, que no mês de fevereiro completa de 2 anos.
A cada reunião, as pessoas têm não só a oportunidade de conhecer personalidades, que atuam com vários gêneros de arte, mas sim, de se mostrar aquilo que gostam ou mesmo apresentar as próprias obras.  
Um coletivo de poetas, cantores, pintores, dramaturgos e profissionais de diversas áreas movimentam e dão ao corpo ao movimento sarauista, que já ganhou notoriedade.  

De acordo com os idealizadores, ao longo de dois anos, o movimento não recebe patrocínio de empresas ou grupos políticos, consagrando-se como uma expressão puramente popular, fortalecida pela necessidade que o ser humano tem de poesia.