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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PROTESTO PELA INFRAERO - Ontem à tarde, manifestantes marcharam pela Rodovia Transamazônica


Mais um protesto marcou a tarde da última terça-feira(10), quando populares fizeram longa caminhada, ocupando a Rodovia Transamazônica (BR-230), em direção ao Fórum de Justiça de Marabá, localizado às proximidades da ponte do Rio Itacaiunas. Eles reivindicaram a outra parte do Bairro conhecido como “Invasão da Infraero” – situado no núcleo Cidade Nova –, seguindo um carro de som, de onde os representantes do movimento discursavam.
Desde o dia 17 deste agosto, mais de 200 pessoas avançaram na ocupação da terra, ao lado do muro que ainda está em construção, na área da Piçarreira do Aeroporto.
De lá pra cá, inúmeros atritos tem ocorrido entre aquela comunidade e os interesses da empresa de aviação, Infraero, e a União.
Conforme a direção do protesto, uma audiência estava marcada por volta das 18h30, a fim de se discutir a causa da moradia.
“Esta manifestação é pacífica, formada por um povo sofredor, e esse povo está mostrando a sua cara a todos. Isso é para que a sociedade marabaense saiba que a gente precisa de um teto... Enquanto a empresa Infraero precisa de área pra vigiar, este povo precisa de um teto para morar”, destacou um dos representantes.
Boa parte dos manifestantes carrega cartazes com dizeres de luta em favor dessa causa. Muitos deles questionavam a responsabilidade social das empresas e do governo, que em situações como esta é um discurso esquecido.
Eles agradeceram, por mais de duas vezes, à compreensão dos condutores marabaenses. No entanto, isso não evitou que alguns buzinassem excessivamente, reclamando a liberação da rodovia.
Um dos representantes da associação de moradores, Valdemir Pereira Matos, enfatizou que o povo não agüenta mais ver seus direitos desrespeitados. O direito de ir e vir das mais de 6 mil famílias, que residem nos bairros vizinhos à nova ocupação, está suspendido por causa do muro.
De acordo com as informações do movimento, durante a audiência não houve consenso. Contudo, a possibilidade de dar certo não foi descartada, diz Adaildo Barros, morador daquela localidade que se solidariza com a causa dessa parcela da população local.
Recordando – Ainda na manhã (26) de agosto, ocorreu um dos momentos de maior atrito na saga dos “sem-teto”. Naquela ocasião, oficiais da Polícia Militar (PM), sob a direção do Major, Marcio Raiol, tentaram conversar com os ocupantes a fim de informar que a medida de desocupação, que havia sido expedida pelo juiz federal, Heitor Mauro Nunes, ia ser cumprida.

A reação dos populares foi na contramão dessa decisão. Centenas de pessoas resolveram bloquear a Transamazônica, gerando um congestionamento nos dois sentidos, entre Marabá e Itupiranga.  

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