Má distribuição de ônibus coletivo tem afetado, principalmente, os funcionários de empresas que cumprem o turno da noite, saindo ás 21h. |
Ônibus lotado, passageira não consegue entrar e voltar pra casa |
Trabalhadores
que dependem do transporte coletivo, para retornar às casas, questionam a
demora e o número de ônibus que fazem trajeto em Marabá. A má distribuição tem afetado,
principalmente, os funcionários que cumprem o turno da noite e saem do serviço
depois de 21h.
A
reportagem foi acionada por alguns funcionários que utilizam uma
parada de ônibus, situada na Avenida VP 8, às proximidades do Banco HSBC na
Folha 27.
A
atendente de farmácia, Nilzete Alves, que trabalha há mais de três meses no
núcleo Nova Marabá e reside no Bairro Liberdade (núcleo Cidade Nova), afirma
que, quase todos os dias, a espera por ônibus coletivo é abusiva.
“Ontem
mesmo, cheguei aqui na parada umas 21h35 e só saí quase 23h. Passou o coletivo
Boa Esperança, mas, como fica muito longe da minha casa, eu não peguei. Depois,
passou um Antônio Vilhena, assim, umas 22h30, porém, estava tão lotado que o
motorista nem parou”, relata.
Alves
explica que há períodos em que a empresa modifica a escala dos funcionários.
“Eles revezam. Tem uma amiga que vem comigo, só que dessa vez ela está pela
manhã”, pontua.
Quem
confirma e padece o mesmo descaso é o colega de trabalho dela, Josué da Costa
Vieira. Ele é fiscal e sofre com as horas que perde do seu dia por causa disso.
“Eu
saio nesse horário, 21h40 ou 22h. E demoro mais de uma hora para pegar
coletivo. Ontem, quando cheguei em casa, faltava uns cinco minutos para
meia-noite. A sorte é quando os amigos de trabalho, que tem veículo próprio,
moram mais próximo e me levam. Agora, quem depende do ônibus tá...”, afirma
Vieira, deixando o comentário em aberto.
A
dupla percebe que, nesse horário, a Rede de Transporte Coletivo de Marabá
(RTCM), tem disponibilizado maior número de ônibus para cumprir itinerário do
núcleo Morada Nova à Marabá Pioneira.
“O
que acho errado é passar quatro ou cinco ônibus para Marabá Pioneira, e passar
um Liberdade. Por que eles não mudam essa escala de ônibus e tentam rever? Antigamente,
não tinha tanto problema com ônibus pra Liberdade. Essa distribuição está
ruim”, a atendente enfatiza novamente.
Nossa
reportagem acompanhou a passagem do coletivo rumo ao núcleo Liberdade, com
passagem pela Avenida Antônio Vilhena. Era por volta de 22h, porém, os
entrevistados não conseguiram entrar porque sentem um tratamento desumano, haja vista que estava lotado.
Até quando? – Em outubro de 2001, a edição 647 do
Jornal Opinião já trazia relatos de usuários de ônibus coletivo indignados com
a má prestação do serviço. A reportagem publicada deu voz a Alfrázeo, que
sofria com a falta de coletivos para o Bairro Novo Horizonte, sempre que
tentava sair da Marabá Pioneira para o lar, por causa das escalas noturnas.
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