Anderson Damasceno
Através de um pedido da vereadora Cristina Mutran,
representantes do Grupo de Apoio aos Pacientes Reumáticos do Sul e Sudeste do
Pará (Garpa) estiveram nesta quarta-feira, 30 de outubro, na Câmara Municipal,
para falar um pouco sobre os trabalhos realizados pela entidade durante o ano
de 2019 em Marabá. A jovem Lorena Gomes do Nascimento, presidente do Garpa,
usou a tribuna e falou do diagnóstico do Lúpus, que é difícil de detectar e os
resultados dos exames que os médicos solicitam demoram.
Ela disse que descobriu a doença em 2016 e falou que em
Marabá é difícil diagnosticar o problema, pela demora no resultado dos exames e
que muitos sintomas acabam desgastando os pacientes por conta disso.
Lorena revelou que foi para o Piauí e começou a ser tratada
lá. Esclareceu que a doença afeta homens, mulheres e crianças e que as pessoas
que foram diagnosticadas com ela em Marabá começam a se organizar via WhatsApp.
“Peço apoio nas consultas para diminuírem o tempo de
atendimento. Alguns exames nunca consegui fazer, como o do punho, por ser caro
e nunca ter sido ofertado pelo SUS”, finalizou a jovem marabaense.
A médica Diana Melquys Borges da Silva, que atende no Centro
de Especialidades e no Hospital Municipal de Marabá (HMM), falou um pouco sobre
a doença Lúpus. Ela explicou que esta é uma doença crônica que o paciente terá
de tratar pelo resto da vida. “O Lúpus, por vezes, não aparece por completo e
demora o diagnóstico. Tem de ter pré-disposição genética para a doença e ela
ataca mais mulheres que homens”, destacou a médica.
Diana Melquys colocou em relevo que as atitudes dos pacientes
podem melhorar ou piorar o quadro da doença, principalmente as pessoas que
descuidam da fotoproteção. “Há algumas coisas que nós fazemos e podem piorar a
doença, por exemplo, nossos hábitos de fotoexposição. Nós aqui, no Pará, temos
o sol intenso de janeiro a janeiro. A gente tem chuva com sol e sol de chuva.
Então, é fundamental que as mulheres usem fotoprotetores o tempo inteiro”,
alertou.
A médica Diana Melquys também explicou ainda que o Lúpus é
uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos,
como pele, articulações, rins e cérebro. "Em casos mais graves, se não
tratada adequadamente, pode matar. Para fechar o diagnóstico de Lúpus é
complicado", disse, completando que a maioria dos pacientes apresenta
lesão de pele e que “as pessoas descobrem a doença com uma mancha vermelha na
bochecha”.
Alecio Stringari lembrou que qualquer ajuda de pessoas que
queiram fazer a diferença é importante e parabenizou o Garpa pelo trabalho que
vem realizando. Ele se dispôs ajudar o Grupo, indo com o secretário ou ajudando
em politicas que ajudem a população de uma maneira geral, visto que a doença
não escolha as pessoas, e quando menos se espera o problema aparece. “A Casa e
esse vereador sempre estarão dispostos a ajudar”.
O vereador Miguel Gomes Filho observou que todo ajuda
possível deve ser dada aos pacientes dessa doença e aos membros do Garpa,
destacando a necessidade de maior celeridade no atendimento e entrega dos
resultados de exames.
(Informações da Câmara Municipal de Marabá)
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