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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

CÂMARA MUNICIPAL DE MARABÁ – Garpa pede apoio do poder público para tratamento de Lúpus. Médica Diana Melquys explica quadro dos pacientes




















Anderson Damasceno

Através de um pedido da vereadora Cristina Mutran, representantes do Grupo de Apoio aos Pacientes Reumáticos do Sul e Sudeste do Pará (Garpa) estiveram nesta quarta-feira, 30 de outubro, na Câmara Municipal, para falar um pouco sobre os trabalhos realizados pela entidade durante o ano de 2019 em Marabá. A jovem Lorena Gomes do Nascimento, presidente do Garpa, usou a tribuna e falou do diagnóstico do Lúpus, que é difícil de detectar e os resultados dos exames que os médicos solicitam demoram.

Ela disse que descobriu a doença em 2016 e falou que em Marabá é difícil diagnosticar o problema, pela demora no resultado dos exames e que muitos sintomas acabam desgastando os pacientes por conta disso.
Lorena revelou que foi para o Piauí e começou a ser tratada lá. Esclareceu que a doença afeta homens, mulheres e crianças e que as pessoas que foram diagnosticadas com ela em Marabá começam a se organizar via WhatsApp.

“Peço apoio nas consultas para diminuírem o tempo de atendimento. Alguns exames nunca consegui fazer, como o do punho, por ser caro e nunca ter sido ofertado pelo SUS”, finalizou a jovem marabaense.

A médica Diana Melquys Borges da Silva, que atende no Centro de Especialidades e no Hospital Municipal de Marabá (HMM), falou um pouco sobre a doença Lúpus. Ela explicou que esta é uma doença crônica que o paciente terá de tratar pelo resto da vida. “O Lúpus, por vezes, não aparece por completo e demora o diagnóstico. Tem de ter pré-disposição genética para a doença e ela ataca mais mulheres que homens”, destacou a médica.

Diana Melquys colocou em relevo que as atitudes dos pacientes podem melhorar ou piorar o quadro da doença, principalmente as pessoas que descuidam da fotoproteção. “Há algumas coisas que nós fazemos e podem piorar a doença, por exemplo, nossos hábitos de fotoexposição. Nós aqui, no Pará, temos o sol intenso de janeiro a janeiro. A gente tem chuva com sol e sol de chuva. Então, é fundamental que as mulheres usem fotoprotetores o tempo inteiro”, alertou.

A médica Diana Melquys também explicou ainda que o Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. "Em casos mais graves, se não tratada adequadamente, pode matar. Para fechar o diagnóstico de Lúpus é complicado", disse, completando que a maioria dos pacientes apresenta lesão de pele e que “as pessoas descobrem a doença com uma mancha vermelha na bochecha”.

Alecio Stringari lembrou que qualquer ajuda de pessoas que queiram fazer a diferença é importante e parabenizou o Garpa pelo trabalho que vem realizando. Ele se dispôs ajudar o Grupo, indo com o secretário ou ajudando em politicas que ajudem a população de uma maneira geral, visto que a doença não escolha as pessoas, e quando menos se espera o problema aparece. “A Casa e esse vereador sempre estarão dispostos a ajudar”.

O vereador Miguel Gomes Filho observou que todo ajuda possível deve ser dada aos pacientes dessa doença e aos membros do Garpa, destacando a necessidade de maior celeridade no atendimento e entrega dos resultados de exames.

(Informações da Câmara Municipal de Marabá)














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