Anderson Damasceno
Samira (centro) acompanha por Tatiane e Evilângela |
Segundo Lima, a programação faz parte da "Semana da
Negritude", organizada pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult).
Na ocasião, Samira Prata apresentou modelos e cores. Em
seguida, arquitetou diversos formatos de turbante com a mãe, Tatiane Lima, que
não perdeu tempo e já foi praticar na própria filha, Isabelly Lima Santos, de
12 anos.
“Samira é muito talentosa. Foi um prazer participar dessa
oficina”, comentou Tatiane Lima, no perfil da fanpage Negritude Marabá.
Durante entrevista para o SBT, Samira anunciou que, para
2020, o Negritude Marabá vai estender seu projeto de educacional e conscientização
cidadã para as escolas da cidade. “Temos uma agenda fechada até março. Mas
todos os professores que tiverem interesse podem entrar em contato através da
nossa página no Facebook ou perfil no Instagram”, detalhou.
Antes do encerramento, o poeta Adão Almeida compartilhou um
de seus textos poéticos em alusão ao mês da Consciência Negra. Veja o poema:
Mesmice, estrado da ganância.
A arrogância comprimia gritos mil.
Clamores, nódulos sentidos,
Entre silêncios e gemidos,
Meu grito ninguém ouviu!
Sou cédula, sou dinheiro,
Fardo do navio negreiro,
Horrenda era a dor.
Suportei aos delinquentes
E a estupidez da corrente
Por causa da minha cor.
Minha casa era a senzala,
Despertado ao som da bala,
Meu café era o chicote!
Sem dignidade, sem dote,
Sou eco dos gritos mil.
Só pude ser feliz,
Quando a corrente se partiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário