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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

OPERAÇÃO EIRENE - Objetivo é sustentar moralização do espaço público

Noite foi intensa. Veículos apreendidos e condutores autuados, bares fiscalizados e menores conduzidos aos lares
Às altas horas, menores desacompanhados pelos pais é hábito que preocupa órgãos


















Um braço da Operação Eirene atuou na sexta-feira última (21), efetuando blitz no encontro entre as Avenidas Paraíso e Adelina, situadas no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova. A ação arquitetada pelo comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Major Eduardo, contribui com a manutenção da tranquilidade no espaço público, e foi supervisionada via rede e rádio.
A missão envolveu também os órgãos de segurança de Marabá, SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), DMTU (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano), Guarda Municipal, Postura. Além disso, o GRAER (Grupamento aéreo) esteve dando suporte.  
Segundo o Tenente Teixeira, essa área, no passado, foi muito violenta, mas, conseguiram tirar das estatísticas como área vermelha.
“Hoje, a gente está dando apoio ao órgão municipal de trânsito, fizemos algumas apreensões. O DMTU vai fazer o recolhimento de nove motos até o pátio de retenção. Esta é uma das operações da missão Eirene”, pontua.
Ainda segundo a PM, a missão Eirene visa também a fiscalização de casas de show, boates e similares, a fim de colaborar com a moralização do espaço público.
“Nós verificamos na Praça da Liberdade alguns menores que não estão acompanhados pelos responsáveis. Todos os órgãos estão de mãos dadas com o único objetivo de dar tranquilidade à sociedade, principalmente neste núcleo”, observa Teixeira.
Em determinados pontos da cidade, várias barreiras estão sendo realizadas, chamada operação bloqueio de via, que tem a função educar os condutores.
“Alguns já estão sendo advertidos e sancionados com infrações. Já os que se encontram em situações mais críticas, conforme prevê a legislação, vão ter o veículo recolhido”, alerta.
Atualmente, a 26ª Área de Integração de Segurança Pública (AISP) está em novo endereço, à altura da Avenida Antônio Vilhena com a Travessa Pará, cerca de 300 metros do antigo ponto que a população estava acostumada a procurar, que era à frente da Praça da Liberdade.






terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

EFEITO DOMINÓ - Em Marabá, indígenas planejam reunir mais etnias e enrijecer protesto por causa da atitude de dirigente de Dsei


Reunião  na manhã de hoje (18) planejou fechamento das BR-153 e BR-222, 
além de bloqueios em vias próximas a aldeias de outras regiões
















Insatisfeitos com a falta de diálogo, na manhã desta terça-feira (18), lideranças de diversas etnias indígenas que ocupam o prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), situado na Folha 32 – núcleo Nova Marabá – decidiram que vão ampliar o protesto. Desde quarta-feira passada (12), eles manifestaram indignação contra as condições do polo que dá assistência médica em Marabá, e como não foram ouvidos, agora planejam bloquear rodovias do estado, como BR-153 e BR-222.
Nesta manhã, a reportagem acompanhou reunião realizada no pólo. O dirigente do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Guamá-Tocantins, Leone Rocha, veio ontem a Marabá e já retornou para Belém sem se encontrar e ouvir os representantes das 11 aldeias em protesto.
“A gente tentou resolver de várias maneiras. As pessoas começaram a querer quebrar o pólo, tocar fogo em carro, e a gente segurou para provar que estamos abertos para o diálogo”, recorda Elton Suruí.
Suruí reafirma que os manifestantes não querem destruir o patrimônio, mas sim conseguir melhorias e não acabar com o que eles têm.
“Usaram meu nome afirmando que eu teria colocado isso na cabeça do povo. A Imprensa pode registrar aqui que não tem nada quebrado”, defende.
Lixo está acumulando na enfermaria. Péssimas condições de trabalho
e falta de pagamento dos funcionários prejudicam funcionários 
Por causa da atitude de Leone Rocha, a comunidade indígena se sentiu desrespeitada. E não concordam que ele permaneça no cargo da Dsei.
As lideranças da manifestação tinham cedido à proposta do chefe do Dsei, que se sentia ameaçada e almejava que o diálogo fosse no prédio do Ministério Público (MP).
“Nós queríamos que a reunião fosse aqui. Mas, depois colocamos na mão dele. Podia ser no ministério, na FUNAI... Ele disse que ia marcar o horário com o pessoal da FUNAI. Porém, o vereador Ubirajara ligou pra nós informando que o Leone voltou para Belém, e vai pensar outra data de vim pra cá. Nós não vamos ficar aqui perdendo tempo e fechando algo que é nosso”, afirma o representante da tribo.
Via em área nobre na Folha 32 foi desobstruída pelos índios 
Novo protesto – Dessa reunião ficou decidido que o povo Chikrin vai permanecer no pólo. Enquanto isso, as comunidades de Tucuruí vão fazer manifestação a favor do pólo marabaense, bem como as famílias índines de Tomé-Açu e Capitão Poço vão apoiar o movimento.
“Nós vamos retornar para a BR-153, na terra dos índios Sororó, e fechar. Vamos conversar hoje se os Gaviões vão se unir com a gente, que nem foi feito no ano passado e tampar a BR deles também”, pontua Suruí.
Com isso, o protesto que já dura mais de sete dias visa chamar atenção do Governo do Estado. 
“Ninguém veio falar com a gente. E vamos bater de frente com todos que não estão dando ouvidos. Em pleno ano de Copa do Mundo, eleições pra presidente, o PT está massacrando as pessoas. Esse povo que está pisando em nós são todos coligados com o PT, nomeados por deputados e governador. Então, não queremos mais isso”, garante.
Pagamentos – Na ocasião, as comunidades manifestantes vão recorrer da decisão dada à empresa que fornece o serviço transporte.
Além disso, desde 2 de janeiro último, cerca de 30 profissionais que atuam no SESAI estão sem receber os pagamentos. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PROTESTO INDÍGENA - Receio quanto a própria segurança, fez representante do Distrito Sanitário Indígena desistir de encontro

Indígenas mostram que manifestação é pacífica 













Via nobre na Folha 32 permanece bloqueada
A segunda-feira última (17) foi de esperança e longa espera para mais de uma centena de índios, ligados a diversas etnias, que ocuparam o prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), situado na Folha 32 – núcleo Nova Marabá. Desde quarta-feira passada (12), eles manifestaram indignação contra as condições do polo que dá assistência médica em Marabá. 
Falta infraestrutura na saúde, uma vez que recursos como medicamentos, médicos, enfermeiros, inclusive veículos, não estão atendendo as famílias índines.   
De manhã, a reportagem do Opinião foi averiguar se o representante do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Guamá-Tocantins, Leone Rocha, já estaria na unidade local.
A única informação que eles tinham é de que Rocha teria se hospedado num dos hotéis da cidade. Porém, nem isso foi confirmado oficialmente.  
Segundo Elton Suruí, que representa esse movimento indígena e estava acompanhado de Ubirajara Sompré, vereador pelo PPS, a reivindicação é legítima, porque todos precisam ouvir do próprio chefe do Dsei.
“A gente tenta ligar no telefone dele e só dá na caixa postal. E só ele pode dizer o que pode e o que não pode fazer aqui. Estamos há seis dias esperando”, diz.  
Suruí ressaltou o extremo cansaço que todo o protesto resultou. Além de preocupados com a saúde, que é algo urgente, as circunstâncias trazem muito estresse.
“A cada dia chega mais gente. Tivemos que redobrar a quantidade de alimentos”, detalhou.
Medo de que? – No período vespertino, a reportagem fez novamente contato com o movimento. Havia notícias extraoficiais revelando que o órgão, em Belém, garantiu que Leone Rocha estaria fazendo reunião em algumas aldeias, na região de Marabá.
“Não sabemos que aldeia é essa. Ninguém sabe. Tem três aldeias que não está participando aqui, mas ninguém sabe em qual dessas ele foi”, observou. 
Ainda conforme Suruí, em ligação oficial, Leone Rocha disse abertamente que não viria falar com as famílias, porque não estava com segurança.
“Disse que o procurador não acompanhava ele até aqui. E ele queria que fôssemos no Ministério Público, só que lá está tendo audiência hoje”, afirma, acrescentando que os funcionários locais estão trabalhando no prédio e não sofreram nenhuma ofensa.   
Questionado se os índios aceitariam fazer o encontro no MP, Suruí enfatizou que fica inviável para todo o grupo.
“Não, porque, estamos com crianças aqui, com idosos e adolescentes. E, principalmente, pessoas para conhecer a ele e ouvir. Ele tem que dizer para nós o que foi que aconteceu, já que tanto dinheiro foi dado, mas não está sendo gasto na saúde”, defendeu.  

ARTE NA PELE - Dois artistas brasileiros, recém-chegados da Venezuela, fazem ponto na Praça da Marabá Pioneira


Vivendo na filosofia Hippie, ambos têm na arte fonte de renda




















Dupla de hippies que trabalha com arte, entre coisas, artesanato e tatuagem de rena, está em Marabá após chegar de recente viagem à nação vizinha, Venezuela. A jovem, Larissa Pereira, e a amiga dela, Gessiane, estudantes do curso de Administração na Faculdade Metropolitana de Marabá, avistaram os artistas quando passearam na Praça Duque de Caxias, situada na Marabá Pioneira, durante a última semana.
Elas fizeram registros ao se deparar com a dupla, bem como aproveitaram a ocasião para ver o artesanato produzido.
Larissa Pereira se interessou pela técnica de tatuar conhecida como rena (hena), a qual não é permanente, durando cerca de duas semanas na pele. Ela escolheu o símbolo de nota musical a fim de que o tatuador, que se apresentou pelo nome “Beka”, desenhasse em região próxima ao tornozelo. 
Como cortesia, as estudantes ganharam de um dos artistas plásticos os próprios nomes, modelados em material maleável semelhante ao alumínio.  
Segunda elas, a dupla de hippies sobrevive mais da arte que do comum estereótipo atribuído a eles. Isto é, antes de conhecer as pessoas julgam puros desordeiros ou drogaditos.
Pereira confessou-se curiosa e questionou se de fato eles também vendem drogas para sobreviver. A resposta foi negativa, no entanto, revelaram serem usuários de maconha. Contudo, as jovens declararam que eles defendem a filosofia Hippie, e ambos enfatizaram que mais usam artesanato e tatoos como fonte de renda.  
Fatos ou boatos? – Atualmente, a Venezuela é palco de gigantes controvérsias.
Por um lado, recebe duras críticas porque tem uma política não democrática e um povo alienado pelo sistema político, que foi liderado por Hugo Chávez, enquanto presidente desde 1999 até a morte em 2013.
Por outro, há milhares de políticos e ideólogos aliados ao chavismo e que cultuam os bons resultados alcançados pelo país, apesar dos conflitos adquiridos, haja vista que Chávez desafiou as nações poderosas – principalmente os líderes do povo estadunidense.  
 
Links para uma breve compreensão dessa guerras de possíveis verdades:

Link de problemas na Venezuela (civis sendo retaliados):

Link do Eduardo Galeano defendendo Chávez:

Professor Olavo detona os dois fanáticos: Chávez e Obama.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

XII Sarau da Lua Cheia - UNIFESSPA sediou festa de um ano de encontros poéticos








Ontem à noite (14), o evento artistico-cultural Sarau da Lua Cheia marcou a vida de quase 100 participantes que vieram à edição comemorativa de um ano. Realizado no Tapiri da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), o encontro foi repletos de homenagens, felicitações e, especialmente, apresentações poéticas em nome desses dozes meses de "noites enluaradas". 
O escritor da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Parà, Jorge Washington, leu versos de Crisalida, livros no gênero lírico da poetisa e professora na UNIFESPA, Eliane soares. 
Claudia Borges fez registro ao ler um poema do livro de Creusa Salame, Contos e crônicas, porque sentiu na pele semelhante experiência. Borges se formou em Letras na UFPA e atualmente desenvolve educacionais pela Secretaria de Educação de Marabá.
Creusa Salame, que além de escritora é bastante conhecida do público em razão das exposições em artes plásticas, assistiu maravilhada a leitura. Na última quinta-feira (13), ela abriu a exposição "Cá com meus botões" na Galeria Vitória Barros, situada na Bairro Novo Horizonte. 
A poetisa Eliane Soares arquitetou grande homenagem ao poeta que juntamente a ela idealizou o sarau, Airton Souza. A professora Eliane fez um "break" nas apresentações e convidou o escritor de Castanhal e dono da Editora Literacidade, Abílio Pacheco, a fim de parabenizar Airton Souza pela vitória no prêmio Dalcídio Jurandir - o mais importante para o escritores do estado, que avalia livros inéditos em cada edição.
Souza venceu em primeiríssimo lugar no gênero poesia, tendo concorrido com mais de 200 escritores. O artista tinha recebido a notícia no dia anterior e contou como tem sido digerir tamanha realização.
"Eu passei a noite em claro. Minha esposa ali do meu lado", detalhou, e durante os agradecimentos foi impedido de discursar mais por causa das lágrimas. 
Novamente com as encenações poéticas, Boiúna de aço ganhou vida na voz do geógrafo, Marcos Mascarenhas, que explicou a relação das estrofes lidas com a realidade local.
Ele aproveitou para criticar a política de desenvolvimento industrial para essa região.  
"Mais de 15 mil pescadores desconsiderados nesses projetos", defende. 
Javier declamou "olho de tapioca" de Jessier Quirino. Apesar da marcante comicidade nos versos quirinianos, não lhes faltam o apelo social e a denúncia de mazelas vivencidas pelas classes subalternas no nordeste do país.
Claudio Cardoso divulgou o convite para os artistas que desejam divulgar as obras durante a Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, cuja 18¤ edição inicia em 30 de maio de 2014. 
Cardoso pretende agora ir a Altamira. "A feira é uma grande vitrine aos escritores das demais regiões do Pará", ressalta.
O primeiro Álefe - pelo buraco do assoalho - é o nome do texto apresentado pelo doutorando Narciso Soares. Ele baseou a obra em cima das próprias memórias. Um caso peculiar é que Narciso Soares leciona matemática desde longa data na UFPA, que é a faculdade em processo interiorização (Unifesspa). 
Nilva burjack, cantora reconhecida em Marabá e região, tanto pelo talento quanto pelas vitórias em concursos de música, recitou texto de Maria Martins Bastos.
Ela revelou livro de crônicas, o primeiro sendo preparado - Contos da vovó -  que expressam memórias poetizadas e contadas.
Cláudio Feitosa, secretário de cultura de Marabá, assistiu empolgado as diversas encenações.
Marquinhos Poeta, adolescente cujas composições musicais têm marcado os saraus desde as primeiras edições, tocou ao lado de Nilva Burjack. Isso devido a falta de um suporte para o microfone. A ajudinha veio a calhar e resultou em notas e cantos deleitosos aos sarauistas em aniversário. 
A formanda em Letras, Érica Faustino, e a membro da ALSSPA, Vânia Ribeiro, também fizeram homenagens aos idealizadores do movimento sarauista.