CONFERÊNCIA CRESCIMENTO SOBRENATURAL

CONFERÊNCIA CRESCIMENTO SOBRENATURAL
No próximo sábado (26), a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) do Bairro Independência, sede da Região 337 em Marabá, será palco da Conferência Crescimento Sobrenatural, um evento que promete reunir fiéis e líderes religiosos em uma programação especial.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

INCONTIGÊNCIAS DA CRIAÇÃO

 

“Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade.”

Paul Valéry

 

Do pêndulo a sombra

Oscila às extremidades.

Movimento evanescente...

O meio ser da realidade.

O mesmo ser que ora é,

Ora não é, sem finalidade.

 

O que foi criado para medir

Criou nova possibilidade.

Compreendendo o tempo,

Espraia sombra de imensidade,

Ganha contornos de geografia

E filosofias que buscam a claridade.

 

O limite que foi estabelecido

Denuncia fronteiras ou liberdades.

O homem de gesso, ou de vazio,

Saberá da prisão e sentirá o desejo.

Corpo parado, corpo a mil...

Ambos sinais do (não) interpretado.

 

Os olhos, de quem dei direção,

Viram mais do que foi diretado.

O caminho que apontei, por ilusão,

Partiu de mim, o ilusionado,

Quem ironicamente direcionou

Caiu na ironia do que foi diretado.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

A DIREITA COMEMORA O ANIVERSÁRIO DE MARABÁ


A DIREITA COMEMORA O ANIVERSÁRIO DE MARABÁ

As lideranças políticas mais competentes de Marabá sabem muito bem disso. Esquerda, Centro, Direita e raios... podem dizer, sem medo de ser felizes (pra esquerda, infelizes), que é a primeira vez. Marabá é governada pelo maior partido de Direita do Brasil, o PL (Partido Liberal).

Celebrável! Ter o prefeito Toni Cunha como porta-voz de Bolsonaro nos 112 anos de Marabá.

 

TIÃO-BOLSONARO

Fazendo jus! Não vou negar que, na pauta econômica, muitas vezes, o discurso de Tião Miranda em favor do empresariado é uma superposição do discurso do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Mas, não era o suficiente para as Direitas locais celebrarem como agora.

 

TONI CUNHA EXPÕE A VIOLÊNCIA POLÍTICA DA ESQUERDA

            É impossível não comparar. O que o presidente Bolsonaro padeceu nas mãos da Extrema-Imprensa e dos políticos profissionais da Esquerda muito se assemelha ao que vemos em Marabá.

O povo conhece os problemas históricos na saúde, no transporte e na politicagem local. Porém, muitos políticos e grande parte dos profissionais do jornalismo fingem que não lucravam ficando calados. Qualééé?!

 

OLAVO TEM RAZÃO #1

            Ou a gente prende os comunistas pelos crimes que eles cometeram, ou eles vão nos prender pelos crimes que não cometemos.

Toni Cunha assumiu uma missão. O desmame local é um flashback do desmame nacional. As consequências também. Por isso, a Esquerda usa a estratégia de assassinato de reputação. Baixa, inescrupulosa e cínica. A chuva de Fake News em 1º abril comprova isso.

 

OLAVO TEM RAZÃO #2

            “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você!”, eis o método leninista tantas vezes denunciado pelo professor Olavo de Carvalho. Por isso, as chances de existirem críticas justas e análises honestas em relação aos governantes de direita são quase nulas.

            Em Marabá, por exemplo, o Gabinete do Ódio Esquerdopata existe. Já está muito bem desenhado. Há os coletivos de universiOtários militantes, os políticos profissionais, a Extrema-Imprensa e os desmamados sem portaria. São quase nulas as chances dessa gente largar o hábito da mentira, o desejo por censura e a mentalidade totalitária. E provo. Escreveu “Sem Anistia!”? "Bozo preso!"? Prego batido, ponta virada.


E POR QUE A ESQUERDA CRESCE EM GOVERNOS DE DIREITA?

Fica pra próxima!

terça-feira, 1 de abril de 2025

A FELICIDADE FOI AO AR

"Não remova os marcos antigos."

Provérbios         


Construindo-se de muitas pequenezas, com dores ainda por passar, vindas de futuras cicatrizes que provam suas travessias por marfim e morfina, a Felicidade resolveu aparecer. Tão esbelta, atraente, porém, perambuladora... Esquecida, de repente, de que sua construção só terminaria quando, pra si, parassem todos os relógios.

Ela está, agora, de pés calçados bem. Sem perceber que a sola gasta na jornada do tempo era o que dava sentido a seus pés. Cada passo era a bem-aventurança. A Felicidade conseguia ser bem feliz no meio do caminho.

Houve tempos de desgraça, em que feminina conduzia sua solidão e fome. Seu rosto era limpo pelas próprias lágrimas. Poucos davam alguma palavra a ela. Racionavam olhar, negavam esmola. E só seguia. Fazia de tudo para que o nada não consumisse sua pureza e devoção. Virtudes, herdades da fé dos que a deixaram.

Ela atravessou a sombra até chegar em tempos escuros. Naquela época, a família pouca. Só dois. Sem pai, sem mãe. Parentes distantes. A vida adulta batendo à porta e sabe-se lá, oh Deus, de onde a Felicidade tirava aquilo, fibra e sonho, coisas que só se procuram com olhos tidos por aqueles que não significam nada.

Como pode? A resignação e a persistência ao sonho de quem tem pouco para sobreviver guardarem em si uma tênue linha fronteiriça com o show business.

Sua história de interrompida. Tantas formas de privação viraram coisa de cinema. Queriam enlatar e podiam. Isso era pra ser bom. Até que enfim podia chegar em todos os lugares que fora impedida de ir. No regular das vezes – como o é para a maioria –, os chãos que Felicidade tentava caminhar possuíam barricadas, sujas de um vinil tocador de velhos males: exploração, luxúria e diminuição da mulher. As miseráveis!

Contudo, os holofotes finalmente...

Luzes tão fortes. A cegueira.

Finalmente, estava no ar. Aparecendo para todos na propaganda, nos canais nobres, nos shows de renome. Contratos por anos que talvez atravessariam os de suas cicatrizes. Grandezas que criavam nela um novo senso de si como em Divertidamente 2. Não é justo que deixar Felicidade ir ao ar a faria em pedaços. Que para uma nova adolescência perdida regrediria. Ela estava em todas as TVs do país. Novelizando... podendo até reclamar dos seguidores de Jesus como fez a Bruna Marquezine.

Sua nova história feliz foi também interrompida. Explodiu. Menosprezou sua pequenez de valor. Não defendeu as lições daqueles olhos que um dia teve. Estava no ar e no imenso nada. Esqueceu-se que era menor que o vento. Evaporada, pra gente não mais enxergar. 

Quem diria que Marcelo D2, com João e Maria, cheios de regalia, teriam algo a ensinar? Coisa que se ouvia no Winning Eleven, do Play 2.


segunda-feira, 31 de março de 2025

SONHOS DO DISTANTE

            Não vou morrer sem dizer que os lugares por onde mais andei não tinham chão. Eram caminhos de vento e meus pés sujos. Ora tinham forma, enredo de sonhos, ora eu simplesmente os esquecia... sem saber o porquê.

Acho que eram lugares que se moviam. Que também tinham pés. Partiam como se fossem compor enredos dentro de algum esquecido nunca-mais. Dentro de outras crianças e adultos, mais testemunhas de seus esquecidos nunca-mais.

Eu esquecia, talvez, acreditando que em algum momento eles voltariam a me visitar. Seria gostoso andar por eles de novo. Afinal, eram meus. Eram eus. Na verdade, eu é quem seria quem os novamente poria os pés. Faria novas andanças, sujaria ainda mais os pés.

            Ledo engano... Depois que as fantasias aportam em nosso cais e zarpam, segue-se diante delas uma mar de esquecimento.

            Mas, recordo que fui fondo... Viajei por novos lugares, pelas sombras do imaginado. Caminhei em fantasias de videogame, em arquétipos de filmes e até em ficções da TV aberta. Mas as grandes viagens não foram essas de produtos de massa. Salve a elas. Mas não foram.

Os caminhos mais intermináveis pelos quais percorri nunca tiveram fim. Não dado por mim. Porém, tiveram seus pontos finais das mais variadas formas. Para atender alguém no videogame, vida de trabalhador, ou para atender ao chamamento de alguém da família.

Quantas vezes eu estava brincando de pensar, miguilineando, e o corte do sonho veio, abrupto, até por um pássaro que o olhar pegava, involuntário, impressionável. E devo isso a mim. Contemplado de pássaros. Devo lembrar que muitas vezes esses bichos de asas foram os pontos finais de algum bicho-sonho que me instava.

Tiveram muitos buracos que foram abertos, entradas para algum tipo de nunca-saberei, que só lembro de ter neles caído. Não importava o lugar: durante a aula no ensino médio ou faculdade, trocando um CD no Play 1, chegando em casa de um evangelismo ou aguardando que copiassem a lição de Filosofia da Arte no quadro. Eu... tudo, dando certo ou errado. Sentado, rodeado de barulhos, ouvindo os silêncios de uma nova queda.

Talvez, eu escreva essas linhas na esperança de nunca me permitir não lembrar. Devo a mim lembrar: que todas as vezes que dei saltos no imaginado solitário, voluntarioso, eu estava abrindo ali os sonhos do distante. Como alma que procura vida... com uma vida procura a alma.

E como procura. Desde a criança no fliperama ao servidor público que ama sua fé, a caminhada segue sua quilometragem. Eu me tive pelos caminhos do imaginado. Vivi as travessias dos sonhos de quem dorme acordado. Quem sabe ficaram tatuadas na tábua do coração. Contudo, perdoem-me o prefixo, inxergáveis são. Acho que, embora perdidas de mim, um dia foram minhas: suas geografias, suas histórias, suas filosofias, todas as linguagens do onde-não-se-andei.

Fato é! Foi pensado, logo, foi sentido! Não contei suas horas, não escrevi as tantas fantasias que me levavam embora, longínquas, mas todas tão dentro de mim, entijolando a mente. A todas elas que nunca dei nome, saibam: elas foram embora, contudo, foram elas que me levaram pra mais perto de mim.

domingo, 30 de março de 2025

PEDRA EM CARNE

 

A luta para mudar o coração...

Quando há outro sentimento,

Outra razão.

Quando não basta mais, e mais,

Dizer um não.

Pedra em carne...

Carne por pedra.

As faces dos sentimentos,

As mudanças expectadas da janela

E os sonhos do distante.

Salvem-se da esquizofrenia...

Dos dias dúbios de alimentos,

Uma sinfonia:

Com os esforços que te me contorcem

E as forças que te me barroqueiam.

Numa amplidão de desenganos,

Por lugares que os sangues pulsam,

Seja por vida,

Seja por morte,

Somente o próprio Dono é quem pode esquadrinhar.

É o coração que pede mudança...

Se não pela dor das feridas,

Assistidas,

É pela consciência das próprias mentiras

A quem se há de amar.