NACIONAL ENERGY

domingo, 24 de junho de 2012

Se eu fosse amigo do Neymar...


Como seria se o Neymar fosse meu amigo? O cara é tão conhecido que se quer há a necessidade de referendá-lo como, o jogador Neymar, do time de futebol Santos, lembra? Agora, tente fazer isso com meu nome por aí. A pergunta imediata seria: “Que Anderson?...” Você está rindo, né? Tb ñ precisa avacalhar! Alguém mais sensato explicando diria: “É o poder da mídia”; já uma tiete: “Ele é o cara!”, e, um santista, todo torcedor sabe... Amenidades.

Eu não digo assim amigo, tipo, de conhecido só, ou, porque tivesse alguém da família dele que fosse mais íntima de mim. Nem eu como parente dele, entende? Tô imaginando só como amigo, chegado! Ok? “Tendeu”? Pois bem, creio que a maioria das pessoas, por causa da atual fase na carreira desse camarada, ia me julgar privilegiado. E abusar de mim um pouquinho, tipo, “Mano, me arruma um autógrafo dele ou uma camisa, um chiclete mastigado, o pente...” Arre, chega! Que tristuras...

            Mas, e eu? Como eu me veria?

            Preocupado e um tanto esperançoso. Afinal, sou cristão e sei que futebol não salva a alma de ninguém. Pior, sei que esse esporte é uma deidade no meu país – e não apenas nele –, uma deidade tão maligna que ilude bem quem a vê como fonte da felicidade. Bullshit!

            Veria que seria preciso aproveitar qualquer oportunidade pra revelar-lhe o amor de Jesus. Pregar? Sim, pregar... anunciar o evangelho, de modo que Jesus Cristo se tornasse mais que uma fitinha amarrada na cabeça dele.

            Enfim, estaria eu agindo verdadeiramente como amigo. Realmente a palavra amizade não seria um discurso vazio, porque, quem é amigo de Deus Pai, faz assim. E bem feito!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Nas mãos do diabo (...)


“Nas mãos do diabo da lei!”, esta expressão existe e o estranhamento que ela causa, se dá em parte, pelo fato de a ideia mais comum de lei ser ligada ao senso do bem comum. Se algo é lei, é para o bem de todos, não é mesmo? Mas, desta vez, o incomum vem ao caso, detalhe, com um jugo nada suave.

Um amigo caiu nas maléficas mãos – vale dizer com obviedade que é um amigo meu – e entendo que em algum momento quis ele se auto indagar: “Meu Deus! Que diabos de lei é essa?

A situação é a seguinte. Ele, no papel de empregador, estava tentando manter um estabelecimento de trabalho, assegurado pelo alvará de funcionamento, em um ponto bem movimentado num dos bairros periféricos de Marabá. Conseguiu dar um ritmo de trabalho nos últimos meses, uns 4 ou cinco desde que adquiriu o ponto, e, por certo, esperava alavancar ainda mais o negócio.

Então, cadê as mãos do diabo nisso? Está na injustidade do direito trabalhista, precisamente, na interpretação que nossos magistrados fazem dele.

Ou seja, adiantando a segunda obviedade, o rigor das leis trabalhistas foi o buraco da queda. Nesse caso, o tal rigor não tem nada de angelical.

Isso porque a maior parte da mão de obra empregada no local era formada por rapazes na menoridade. 15, 16 e 17 anos. Apenas um com mais de 18. A multa que recebeu por operar nessas condições o fará fechar as portas, algo na casa dos R$ 10.000,00. E já está se vendo obrigado a isso.

Antes de qualquer juízo contra mim, juízo hostil, vejo necessário terminar esta palestra sendo bem ouvido, lido e compreendido. Afinal, se pararmos por aqui, tudo indica que sou a favor a exploração do trabalho infanto-juvenil.

E foi simples assim: servidores da Justiça do Trabalho e do Ministério Público, numa data inesperada, chegaram ao local e se depararam com a má dita cena dos juvenis. Todos no lava a jato efetuando o ofício. Não poucos veículos havia ali.

Resultado, crime contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ou, contra os Direitos Humanos, dá no mesmo.

Assim, segundo espera a justiça trabalhista, ele, até então otimista e dono, deverá arcar com multas e indenizações para com a família dos mancebos ali. Poderá pagar os menores que foram, na ótica do direito trabalhista, explorados, do jeito que ele tiver. E tudo indica que não há outro possível que não seja a venda do popular lava a jato.

Alguém pode aqui me corrigir defendendo que não tem nada de errado, afinal, a lei deve punir todo tipo de exploração imposta ou induzida aos infantes. Sobretudo, aquela mais comum, o abuso da força de trabalho que eles têm.

Agora, é imparcial e definitivo assim: qualquer adolescente exercendo um trabalho é exploração? Bem, sabemos que hoje há uma concessão entre o governo e as empresas quanto a condição de menor aprendiz. Só que isso ocorre em empresas grandes.

 Como fica, então, as pessoas que começam do zero e não possuem uma empresa capaz de dar esse amparo aos jovens? Ser patrão é coisa de rico mesmo, ham?

Será que algum dia passado essas macro empresas não usufruíram dos nossos avós quando adolescentes?  E não estou falando de trabalho de risco ou degradante. Estes nem adulto merece.

Todos os pais e mães cientes de que seus filhos trabalham antes do que a lei preconiza são bem abastados? Aceitam só porque acreditam piamente que o trabalho dignifica o homem exclusivamente?

Não sou contra a aplicação da lei que protege as crianças e adolescentes de qualquer tipo de exploração.

Sou avesso a problemas que foram deixados de fora.

Um deles. Sou contra o uso dos bodes expiatórios. Isto é, este empregador, um passo atrás do que seria uma microempresa, foi pesado com um rigor exacerbado – como se tivesse punindo todos os empregadores que possuem jovens nessas condições.

Outro. A maior parte, senão a totalidade, dos jovens na menoridade em busca de dinheiro se encontra assim porque não são amparados por políticas públicas. Nunca vi adolescente da classe A e B trabalhando irregularmente em níveis de trabalho similares ao exposto aqui. Picolé, chope, vídeo-game...

O pior. Nossa sociedade não reconhece o valor elementar do tempo escolar. Não há de fato uma relação harmoniosa entre estudo, trabalho e esporte para se alcançar condições dignas de vida. Nossa política capital faz delas alternativas quase independentes.

Se neste caso, os jovens encontrados não podiam atuar em nada mais que o estudo escolar, até que chegue o tempo certo para se empregarem, a escola pagaria para que eles estudassem. Absurdo? Não... Hipocrisia e indiferença dos governantes.

Resguardo a identidade do proprietário, porém, sabemos que não são poucos os casos parecidos com esse em Marabá. E cada um deve ser avaliado conforme as variantes que existem em cada um.

Erradicar o trabalho infantil com medidas indiferentes e homogêneas não dá conta da atual realidade. Algumas medidas rígidas e imediatas não possuem a extensão e o amparo para dar conta de resolver realmente o problema de cada um.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Caixa Econômica, cadê o guichê?

A nova agência da Caixa Econômica Federal, na direitura da rotatória da Nova Marabá, ali ladeada pela City Lar, foi um tanto antipática hoje. O lugar todo não, mas a parte do atendimento de caixa deixou muito a desejar.
Vi muita gente veaca!
Como falta o guichê eletrônico que anuncia as senhas chamadas, todos tinham que ficar atentos aos "gritos" dos atendentes. E aí de quem não ouvisse! Perderia horas de seu dia esperando se alguém passasse na frente...
Vale lembrar que qualquer um pode enrouquecer - se não enlouquecer antes, ham? - depois de um expediente assim.
Estive lá por volta das doze horas - 16 de maio - e passar o horário de almoço da minha quarta feira naquele lugar só teria um motivo imediato. O PIS-PASEP saiu, oras... Melhor, ele chegou e foi mais quem bem vindo.
Outra antipatia, pelo menos ao meu ver, é o fato de quem está esperando não ter nadinha pra se entreter ali... Que ambiente enlanguecedor! Aliás, todos ficam de frente para um "paredão cinzento", digo, uma divisória que impede que vejamos quem está lá na fila, sendo atendido, ou o que quer que se faça lá...
Cinza, meu amigo! Esse negócio pelo menos é terapêutico?
Paia mesmo é quando chamam as senhas fora de ordem. Se ao menos fossem as preferênciais, tudo bem; só que ninguém estava a entender aquilo.
Eu tinha em mãos a senha: CC062, e antes de mim, chamaram primeiramente senhas: 50, 52 e 54; só após isso, eles retornaram para a 40, e, seguiu-se até que chegasse a minha.
Contudo, houve um momento cômico sim.
Como não havia assentos para todos, algumas pessoas, além de tomadas pela curiosidade do que poderia haver no além paredão cinzento, acabaram se conjuntando perto da entrada dos caixas.
Ao que tudo indica, um dos seguranças saiu de seu posto e foi lá pedir para as pessoas irem circulando das proximidades... Afinal, estava tapando a entrada do caixa!
E olha que quando percebi que ele conversava no comunicador, seria por algo do tipo: "Tem uma figura suspeita, logo ali", ou, qualquer outra coisa que não faça deles estátuas, bustos da autoridade privada.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"Úmido", obra poética recebe as boas vindas na UFPA



Na companhia de Clei, Turma de Letras 2008, outra não há tão sedenta por arte assim!
“Úmido”, livro de poemas campeão do concurso estadual Dalcídio Jurandir, estreou na sexta feira última, 04 de maio, sob os aplausos de alunos e professores presentes no Campus I da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O autor, nosso honorável – n’outrora pródigo – maestro das letras, Prof. Clei de Souza, é natural de Capanema, e, desde de sua vinda para o Campus universitário de Marabá, tem cultivado amigos em meio aos bem vindos atropelos da vida acadêmica.

Aline Pinheiro, a senhorita tiéte das letras, não perdeu o pouso na noite de autógrafos

 Clei nomina sua poesia de i-moldada e de “ossatura incerta”, e foi com esse presente que ele escolheu Marabá para o lançamento de sua obra.


Com o imensurável prazer de NÃO ser lido pelo crivo dos críticos da literatura digestiva e estrogonóficamente insalubre, Clei vê desde o parto sua arte ser recebida nas “mãos de mãe” que só o alunado universitário tem.
E assim o faremos, como mãe: que sua poética seja ninada, caia em carícias; e não menos que ou só isso, que ela também apanhe e receba castigo e punição. Seja nossa criança, e que das mães que recebe o pão para ter vida – nós quando a lermos – sofra o tapa da correção – o ódio por ter algo nela que é  prazer – bem como o pontapé afável para sair de casa em sua maioridade – leitores maduros seremos.  



sábado, 5 de maio de 2012

Arte dá($) dúvida($)!

Skrik, 1893 - Edvard Munch

A obra "O Grito", de Edvard Munch, foi vendida em um leilão nesta quarta-feira (2) por US$ 120 milhões --ultrapassando, assim, os US$ 106,5 milhões de "Nu, Folhas Verdes e Busto" de Pablo Picasso, o máximo alcançado até agora por um quadro em um leilão.

Especialistas previam que a pintura, uma das quatro versões produzidas pelo artista escandinavo e a única de propriedade privada, pudesse arrecadar até US$ 150 milhões.

"Acho que chegará aos US$ 150 milhões", disse o especialista Nicolai Frahm, da Frahm Ltd. Outros especialistas independentes sugeriram que o preço final fosse ficar em torno de US$ 125 milhões.

"Esta é a primeira vez que temos uma obra tão icônica à venda", disse Frahm. "Essa pintura é muito mais famosa do que o artista jamais foi."
Fonte: Folha.com

 
Tão alto é o preço, só que não mais que as muitas dúvidas ao seu respeito.

O valor da Arte não está ou está em seus milhões? O valor dela está na fama que uma de suas obras atinge ou por tornar seu respectivo autor uma celebridade? São esses os critérios capazes de validar a riqueza e a importância da Arte para o gênero humano?

Se assim for é porque transportamos às coisas produzidas pelo homem, no campo universal da Arte, o status de ser humano. Penso que esse transporte não é algoz somente das Belas Artes. São as pessoas que julgam seu valor pela fama que atingem bem como pela conta bancária que movimentam.

O meio ideal e mais seguro para se avaliar a Arte pode ser outro que não o leilão? Um leilão de uma peça artística dá conta de solidificar um valor de mercado para a dimensão poética que nela trafega?

Tenho motivos para descrer dessa meta capitalista como sinônimo de reconhecimento da honra e do preço atribuído à Arte.

Entendo que a história social da arte pode nos dizer que não é de hoje que os fins puramente financeiros atuam como os mais fortes motivadores dela. A produção das obras em cada gênero artístico foi algo comum em muitas sociedades que também as comercializavam.

Todavia, o que é fundamental na Arte vem dos fenômenos que ela possibilita, do que ela tem de não-homem e reumanizante. Daqui parte sua fidedignidade.

Finanças e fama são tanto valores quanto práticas de vida que tentam competir com a obra de Arte. Esta promove fenômenos atemporais, sensíveis e espirituais com ou sem o homem existindo agora. Já aquelas por si só jamais alcançarão sua vida não-comensal, sem o parasitismo que as marca.
A Arte fora do homem continua tendo sua função – a autotelia que Kant enxergou –; porém, fora do homem dinheiro e fama não têm glória! Hauser diria que ela se subjuga mais à natureza desde os seus primórdios.  

Enfim, somente quando deixarmos de festejar os milhões em leilões para festejarmos que a necessidade humana não é só de pão e circo, encontraremos o caminho verdadeiro do apreço à Arte. Aí, nesse momento, sabendo ou não o valor dela seremos mais humanos.