I Encontro de Profissionais da EJA |
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Anderson Damasceno
Na noite de quinta-feira última (30), houve a realização do 1º Encontro de Profissionais da EJA, em Marabá, realizado pela Escola Tereza Donato de Araújo, no auditório da Universidade do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), campus I, situado na Nova Marabá, entidade que foi parceira da programação. O evento foi marcado pela publicação da primeira “Revista do EJA”, que narra a história deste sistema de ensino e como acontece o funcionamento no dia a dia de aulas.
A Escola Tereza Donato de Araújo atende cerca de 2000 alunos e é especializada na modalidade EJA, atuando diretamente nos dois ciclos, que correspondem aos níveis fundamental e médio.
Segundo a gestora, Katia Maria Pereira de Oliveira, o objetivo do encontro é divulgar o trabalho do EJA e, com a revista circulando no sul e sudeste do Pará, conscientizar a população acerca do valor da educação.
“Sabemos que a Educação de jovens e Adultos, por anos, se arrasta em discriminação. Porém, nós educadores percebemos um grande avanço e vemos muitos alunos inseridos no mercado de trabalho, nas universidades, enfim, alcançando uma expectativa de vida maior”, pontua.
O poeta, Adão Almeida, 44 anos e ex-aluno do EJA, participou de um bate-papo com o público, contando como a vida dele melhorou ao ter se matriculado na escola.
“Ainda lembro quando meu professor pegou uma escrita minha e disse que era poesia. Até então eu não pensava que aqueles textos eram isso”, recorda.
De acordo com o professor de História, Raimundo Nonato, a programação foi um sucesso porque reuniu professores, alunos e a comunidade em torno do mesmo propósito, manter uma educação de qualidade e geradora de resultados positivos.
A experiência do escritor carimbou o encontro com a marca do resultado comprovado.
O estudante, Flávio Monteiro Torres, 39 anos, também concluiu o ensino médio em um ano e seis meses. Ele é um exemplo do trabalho que o EJA realiza com milhares de alunos.
“É fundamental a questão da educacional. A dificuldade hoje é a concorrência no mercado de trabalho. Sou eletricista e operador de máquinas pesadas, e acredito que novas portas vão se abrir”, afirma.
Torres relata que, atualmente, está desempregado e perdeu muitas oportunidades por uma questão de formação escolar.
Estudante Flávio Torres (centro) concluiu o ensino médio em um ano e seis meses, exemplo do trabalho que o EJA realiza com milhares de alunos |
Professor Raimundo Nonato ao lado de Adão Almeida, poeta e ex-aluno do EJA, divulgam Revista |
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