Melquiades Justiniano discursa em defesa de uma política mais consistente de valorização dos artistas de Marabá |
Anderson Damasceno
Vereador pastor Ronisteu Araújo, membro da Comissão de Orçamento e Finanças, endossou discurso de Melquiades Justiniano em favor da Cultura de Marabá |
Apesar da pouca participação popular, na manhã desta
terça-feira (27), momento que a Câmara Municipal de Marabá (CMM) reservou para
a realizar Audiência Pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2018, ainda
foi possível reverberar o discurso de Melquiades Justiniano, em defesa de uma política
mais consistente de valorização dos artistas de Marabá.
Menor que a presença de representantes da sociedade civil
organizada, foi só a total ausência de entidades ligadas aos movimentos artísticos
da cidade. Contudo, bastou Justiniano, que conhece com propriedade a cultura de
local e regional, para colocar em relevo o valor que nenhum governo pode deixar
de atribuir à arte e cultura.
“É muito importante que tenhamos uma política clara de
valorização aos artistas da terra. Precisamos tirar do nosso vocabulário a
ideia de que a nossa cultura seja só de eventos. A cultura é para promover a
arte, o talento, o humano e valorização das pessoas acima de tudo”, defendeu.
Melquiades centrou sua fala nos bens imateriais e simbólicos
que os moradores precisam salvaguardar.
“Eu quero falar aqui na questão da cultura, da memória, da
expressão artística marabaenses, e que nós não abrimos mão. Quando você lembra
que Marabá já teve grandes eventos dinâmicos, percebe-se que ainda existe uma
timidez para se falar nos eventos da cultura”, alertou.
Da tribuna, Melquiades apontou que o serviço público exige
dois cuidados para poder funcionar.
“Para que se leve a efeito as políticas públicas essenciais
à vida dos cidadãos, precisamos, primeiro, ter orçamento. Segundo, nós temos
que ter o financeiro. Sem eles, ficamos inviabilizados de praticar os serviços
públicos”, afirmou.
Criticou ainda que não se pode apequenar o papel da cultura de
maneira equivocada.
“Mas, quando sentamos para pensar a parte orçamentária da
saúde, da educação, da assistência social, nós pensamos, majoritariamente,
naquelas secretarias maiores, que na concepção de muita gente é o diferencial”,
observa.
Por fim, em seu discurso, embora reconheça que existe um
quadro de inércia instalado na cultura de Marabá, nos últimos meses, Justiniano
defendeu que a cidade já está bem melhor das pernas.
“Nós estamos esperançosos de que todas essas ações que estão
no espaço da cultura serão reconduzidas com austeridade e firmeza. Contudo, já
temos alguns sinais de melhora. O festejo junino 2017 já é uma mostra disso”,
nota.
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