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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

MARABÁ - Centro de cirurgias eletivas pode ser plano B para prédio da UPA




















O assunto “UPA Marabá” tomou os noticiários e redes sociais nos últimos meses. A busca por fazer acontecer essa antiga promessa feita ao povo marabaense não chegou ao fim, mas já é possível visualizar os benefícios que essa discussão - feita de forma tão aguerrida pelos vereadores - trouxe para os rumos da saúde em Marabá.
O prefeito Tião Miranda e sua gestão, desde o início, deixaram claro que não tinham interesse em fazer com que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) entrasse em funcionamento, mesmo com seu prédio finalizado. Um grupo de vereadores, inicialmente formado pelos vereadores:  Irismar Melo, Pr. Ronisteu, Ilker Moraes e Marcelo Alves, logo comprou a briga para entender os motivos para uma decisão tão radical, uma vez que a necessidade por atendimentos de urgência para desafogar o Hospital Municipal de Marabá (HMM) é perceptível por todos.
O motivo alegado era a falta de recursos para manutenção e material para equipar o prédio. Pois bem, uma comitiva  formada pelos vereadores Irismar Melo, Pr. Ronisteu, Ilker Moraes, Marcelo Alves, Gilson Dias e Dra. Cristina Mutran foi à Brasília e conseguiu acordar com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, recursos mensais de R$ 650 mil. 
A partir daí, as alegações do governo municipal passaram a ser as mais variadas, desde a alocação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para reforma do prédio próprio, até a implantação de um centro de oncologia no prédio da UPA. Até o momento, nenhum dado concreto para devolução da verba federal, que se aproxima de R$ 2 milhões, foi apresentado, para comprovar a inviabilidade da UPA. E o que fica de saldo positivo dessa discussão, já que o Executivo parece determinado a devolver este montante e até já conseguiu aprovação do Conselho Municipal de Saúde (CMS)?
Na sessão de ontem, 1º de agosto, na Câmara Municipal, a Dra. Cristina Mutran apresentou a proposta de que, caso a UPA realmente não se comprove viável, o prédio comporte um Centro de Cirurgias Eletivas, desafogando o HMM e fazendo do hospital uma grande UPA para o município. A ideia da parlamentar, apesar de não ser o plano A, se demonstra um excelente plano B para o caso da inviabilidade da Unidade de Pronto Atendimento.
Portanto, caso seja comprovada a inviabilidade orçamentária, que ele seja utilizado da maneira como sugeriu a colega parlamentar. 
Entendemos que a UPA é importante, mas essencial é a melhoria da saúde de Marabá de um modo geral, dando dignidade a todos que urgentemente precisam de atendimento e aos que diariamente veem sua espera aumentar por uma cirurgia ortopédica, retirada de útero, laqueadura, hérnia e tantas outras que se acumulam no Hospital Municipal de Marabá, ultrapassando a preocupante marca de 8 mil pessoas à espera de cirurgia eletiva.
Portanto, continuamos defendendo a implantação da UPA com os recursos disponibilizados pelo Governo Federal e com um pouco de esforço por parte do Executivo Municipal, também substanciados por recursos estaduais. Mas, se comprovada por meio de números a inviabilidade da mesma, que o prédio não se perca e muito menos a saúde continue sendo sucateada, por que isso nem a UPA, nem qualquer outro equipamento público poderá resolver, senão a vontade dos gestores municipais de fazer o que é correto para o cidadão de Marabá.

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