O texto abaixo é a segunda parte da postagem: ESCOLA SEM PARTIDO – Pais e responsáveis perdemos filhos para a técnica do “CONFORMISMO”.
Anderson Damasceno
II
Vamos falar da
realidade comum, ordinária. Já que a experiência de Asch não apenas mostrou a tendência ao conformismo, e sim,
comprovou os efeitos da pressão de grupo
na modificação de julgamentos, podemos questionar se é possível reconhecer
essa tendência no dia a dia. E não somente em forma de experimento social de
laboratório.
Por um lado, sabe-se
que a realidade nunca é bem definida. Claramente definida. Ou seja, não é tão
simples e fácil fazer o link entre teoria e prática. Por outro, contudo, pra quem
é conservador ou pra quem se pauta nos valores judaico-cristãos, e que defenda
a democracia, pode parecer bastante fácil comprovar a presença do conformismo.
Quantas
pessoas já cederam à pressão do grupo para não serem chamados de careta,
retrógrado, crente ou conservador? Isso se vê numa pergunta simples sobre
maconha, aborto, prisão do Lula (rsrs) etc. a um grupo de adolescentes ou adultos,
que não sejam concordantes com drogas, assassínio de fetos e condenados pela
Justiça. Em outras palavras, basta você não ser adepto cegueta do
multiculturalismo ditatorial, que se instala no mundo ocidental, para ver o
quanto há grupos se valendo do conformismo alheio, seja para silenciar, seja
pra forçar a mudança de opinião.
No caso desse
texto, o objetivo é pontuar que o conformismo ocorre nas escolas, cursos,
grupos de estudos e universidades, podendo ser de maneira planejada ou não.
Bora falar de dois casos, a título de exemplos: i – Os GTs nas universidades e congressos; ii
– depoimentos de pais que perderam os filhos para ideologias progressistas.
Nos Grupos de
Trabalhos (GTs), realizados nas universidades e congressos, isso pode ocorrer
de maneira planejada, ou não, e será tão mais frequente nas situações em que a
pressão psicológica é sustentada por grupos militantes.
Veja só, por
exemplo, o vislumbre que os calouros sentem ao ingressar num curso superior. Muitas
vezes, eles se comportam de maneira inocente, desarmada, acreditando que na
faculdade não há perigo nenhum. É tudo um sonho! Essa fase de, vamos chamar de “maravilhamento”,
faz dos calouros alvos fáceis para os veteranos, sejam os que arquitetam o “trote”,
sejam os bolsistas queridinhos dos professores progressistas que mandam nos
grupos de pesquisas já cristalizados ali.
Os calouros,
geralmente, demoram para sacar que existe um status quo ali, que sustenta uma pressão psicológica, a qual vai se
manifestar em situações macro e micro. Quem não se rende ao conformismo, sofre
perseguição como mostra o caso Ana Caroline Campagnolo.
Antes do universitário conquistar uma vaga
pelo ENEM, já existe um status quo
imperando naquele espaço, onde ele passará 4, 5 ou mais anos de sua vida. Certas
opiniões, valores e comportamentos são rechaçados em detrimento de outros.
Tipo, se o universitário ler a bíblia no pátio, durante um intervalo, não
precisa ninguém se assustar ao aparecer alguém querendo impugnar, questionar,
problematizar que o estado é laico... et
cetera, et cetera. Isso, quando o
olhar não é condenatório e intolerante.
Pegando o que
ocorre com estudantes que vão para congresso, vale ressaltar um episódio muito
engraçado. Um colega do curso de Agronomia, na Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará (UNIFESSPA), viajou para Curitiba (Paraná), para participar do
59° Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia (Conea), realizado em 2014.
Segundo ele, que foi na caravana com mais de 20 graduandos de Marabá, o
congresso abordou mais engenharia social que engenharia agrônoma.
“Aqui estão abordando questões mais do campo
de humanas como conservadorismo, nesse momento que o país vive. Feminismo,
homofobia, ditadura, capitalismo entraram na pauta. Eles tentam inculcar nos
estudantes a ideologia deles, querem enfiar na cabeça meio que por osmose.
Ligam uma coisa a outra, tipo capitalismo e machismo como verdade absoluta”,
detalha.
Invés de
promover o debate sobre o campo e agricultura familiar, os palestrantes
estimulavam a anarquia. Recordo como se fosse hoje, ele explicando como
funciona os GTs. Muitos universitários modificavam seus julgamentos sobre os
assuntos como conservadorismo, ou se silenciavam, para não entrar em conflito
com aqueles que coordenavam os GTs.
Infelizmente,
ainda isso hoje acontece. Longe de ter
um função pedagógica, os grupos de trabalho funcionam como ferramentas de
patrulha ideológica, que precisam ser denunciados. Caso contrário, eles vão
comprometer o desenvolvimento da autonomia intelectual de muitos jovens e
adultos.
Nas escolas de
ensino médio, sobretudo públicas, o procedimento tem ocorrido de maneira
semelhante. Muitos jovens secundaristas já estão sendo arregimentados por
coletivos universitários e movimentos sociais de cunho esquerdista, progressista,
socialista, anarquista, humanista... e não dá mais pra acreditar que quem está
à frente desses movimentos, que realizas aqueles encontros, protestos, debates,
“festinhas”, desconhece a força de técnicas como o Conformismo, estudado por
Asch.
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