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quarta-feira, 18 de julho de 2018

ABORTO - Compilação de livros, palestras e entrevistas organizada por Anderson Damasceno


O bebê que está mudando o debate sobre o aborto. Aborto espontâneo,
com apenas 19 semanas de vida, Walter sobreviveu pouco tempo
fora do útero. O suficiente para gerar comoção e marcar vidas.



















A compilação abaixo foi organizada pelo autor deste blog (Anderson Damasceno*) e reproduzida através de live na fanpage Direita Marabá que você pode assistir aqui. O objetivo é ter alguns materiais que servem de fontes seguras para o pensamento conservador. A postagem se constitui de duas partes: a primeira, são as reflexões iniciais de um livro; a segunda, dicas de leitura para deseja aprofundar o saber acerca do tema. Acompanhe:

ABORTO – 1ª parte
                A maior parte dos apontamentos e reflexões adotada aqui estão no capítulo 6 (O Aborto), do livro Apologética para questões difíceis da vida[1], escrito por William Lane Craig, Doutor em Filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em Teologia pela Universidade de Munique, na Alemanha.
                Craig afirma que podemos esclarecer muito o nosso pensamento a respeito do aborto com duas reflexões, com duas preocupações centrais:
                1 – Os seres humanos possuem valor moral intrínseco?
                2 – O feto em desenvolvimento é um ser humano?        
                Sobre a primeira pergunta, alguma coisa tem valor intrínseco se ela é um fim em si mesma, em vez de ser um meio para algum fim. As pessoas não são valiosas como meio para algum fim. Por essa razão, dizia Agostinho, é que nós deveríamos amar pessoas e usar coisas, e não o contrário. 
                Vejamos dois documentos que também concebem o ser humano como possuidor de direitos inalienáveis:
           Na Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), a comunidade internacional reconhece o valor moral intrínseco dos seres humanos. Ou seja, independentemente de raça, classe, religião, faixa etária, as pessoas têm direitos, possuem um valor moral inerente. Na Declaração de Independência dos Estados Unidos, tem-se o reconhecimento de que todos os homens recebem certos direitos inalienáveis: direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
                Isso implica, na segunda pergunta, que se o feto em desenvolvimento é um ser humano, então ele é dotado de valor moral intrínseco e, portanto, possui direitos humanos inerentes.
                Um canadense favorável ao aborto, Henry Morgentaler, escreveu: “Se, de fato, há um ser humano presente desde a concepção, então interferir em seu crescimento ou removê-lo de seu sistema humano de apoio seria equivalente a matar um ser humano”[2]. Se para Henry o feto não é humano, para nós o é. Logo, o aborto é uma forma de homicídio, e contra tais ataques o feto inocente e indefeso tem todo direito à proteção da lei.
                É inegável que, em termos científicos e médicos, o feto seja um ser humano, só que passando por outros estágios de desenvolvimento. Afinal, o feto não vai se tornar um jacaré. A partir do momento da concepção já existe um organismo vivo. Por outro lado, nem o esperma nem o óvulo sozinhos constituem um ser humano: cada um é geneticamente incompleto. Já naquele momento da concepção, o indivíduo é homem ou mulher, dependendo do recebimento ou não do cromossomo X ou Y.
                A divisão tradicional da gravidez em três trimestres não tem base científica ou médica: é um instrumento de cálculo puramente arbitrário em nome da conveniência.  Contudo, para confundir o ser humano com o estágio do desenvolvimento humano, pessoas como Morgentaler procuram desumanizar o embrião.
                Porém, vejamos, o óvulo fecundado é praticamente uma explosão de vida.
Alguns fatos interessantes[3]: com 18 dias de gestação, o coração de um feto já começa a se formar; com 21 dias, já está batendo. O filósofo e teólogo cristão William Lane Craig nos lembra que a maioria dos abortos ocorre bem depois dessa fase. Isso quer dizer que quase todos os abortos interrompem o batimento de um coração. Um coração humano! Craig continua:
Além disso, depois de 30 dias o bebê já tem um cérebro e com 40 dias ondas cerebrais já podem ser medidas. [...] Na oitava semana (de existência do feto), mãos e pés já estão quase prontos. Na nona semana, já se podem ver as pequenas unhas das mãos e dos pés, e o feto pode até mesmo conseguir chupar o dedo. A essa altura, não estamos tratando de um agrupamento de células, mas de um bebê (essa palavra é inevitável), um bebê bem minúsculo com face e características, com pequenos braços e pernas, com pequeninos pés e mãos. Todos os órgãos do corpo já estão presentes, e os sistemas muscular e circulatório estão completos. Com dez semanas o bebê já tem delicadas impressões digitais e já está totalmente em movimento, chutando e se movendo, fechando suas pequenas mão (...). Inacreditavelmente, já a essa altura, as características faciais começam a se assemelhar a dos pais[4]

DICAS DE LEITURA

PALESTRA
Duas palestras dialogam com números que nós, conservadores de Marabá, consideramos honestos e mais seguros. A primeira, ocorrida em 05/05/2015, durante reunião da Comissão de Direitos Humanos (CDH), momento em que a então Especialista em Saúde Coletiva, Isabela Mantovani[5], apresenta números estatísticos a respeito do aborto no Brasil. A segunda, novamente Isabella Mantovani[6], a agora Doutora, trata do mesmo tema, durante mesa redonda realizada no dia 11/03/2017, no auditório da Casa Hope.

ENTREVISTA
Também é válido parte de entrevista[7] para o programa da Chancelaria da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Dr. Augustus Nicodemus entrevista o Dr. Ives Gandra. Dentre diversos assuntos eles discutem sobre o aborto.

ARTIGOS
Também indicamos aqui três artigos do livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, escrito pelo professor Olavo de Carvalho: Desejo de matar[8], publicado no Jornal da Tarde, em 22 de janeiro de 1998; Lógica do abortismo[9], escrito para o Diário do Comércio, em 14 de outubro de 2010; e Conversa franca sobre o aborto[10], Rádio Imprensa, 4 de dezembro de 1996.

LAICIDADE
Quando o assunto é aborto, uma opinião comum entre o povo “Anti-feto, logo, anti-vida” é de que o estado é laico, portanto, a posição e o pensamento de pessoas religiosas não valem nada. Ou seja, é uma tentativa de da calar, silenciar e invizibilizar a opinião de pessoas religiosas. Para nós, conservadores, e para qualquer cidadão que vive numa democracia, a censura é um absurdo. É óbvio que tolher o exercício da cidadania é crime contra humanidade.
Sobre essa questão de laicidade e aborto, Luiz Felipe Pondé revela o quanto é hipócrita a opinião da esquerda. Em um dos ensaios do Guia politicamente incorreto da filosofia[11], Pondé mostra como os “animadores de torcida” progressistas, isto é, os intelectuais, atuam com dois pesos e duas medidas.
“O que você acharia se no Brasil o governo dissesse que a partir de hoje todas as leis levariam em conta o Velho Testamento? Dirão as cheerleaders que judeus e cristãos em seus países também levam em conta algumas leis bíblicas como parâmetro, o que é verdade, mas cada vez mais, em menos casos e sob fogo cerrado das cheeleaders. Mas o ponto aqui é que aqueles mesmos que criticam a proibição do aborto no Brasil, por exemplo, por ser coisa de “católico”, não criticariam abertamente a Tunísia ou o Egito por assumirem o Corão como limite de toda lei e de ter um partido islâmico no poder. E por quê? Porque é politicamente incorreto criticar o islamismo. Por isso digo que ser politicamente correto fere a inteligência ou revela mau caráter. Não conheço ninguém que adote o politicamente correto e não seja mau-caráter, fora aqueles que têm idade mental de 10 anos.
Grande parte do mundo islâmico trata mulher como animal de estimação e, acima de tudo, acha que, se você não é islâmico, é “menor”, quando não deve ser simplesmente eliminado. Há pouca noção de “respeito ao outro” no islamismo, essa coisa que faz bem de fato, nos limites do possível e sem a baboseira politicamente correta. Mas ninguém pode dizer isso (grande parte do islamismo não respeita o outro) porque é politicamente incorreto. E por que o islamismo em sua maioria permanece no que chamamos vagamente de “período Neolítico em política”?”[12]




*Anderson Damasceno Brito Miranda é natural de Marabá, Pará, nascido a 8 de julho de 1985. Em 2013, concluiu o curso de Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde hoje é o Campus I da UNIFESSPA. É pastor, poeta e leciona inglês, português, literatura e artes. Também atua como repórter, fotógrafo e blogueiro. 

[1] Craig, William Lane. Apologética para questões difíceis da vida. São Paulo: Vida Nova, 2010.
[2]  Henry Morgentaler, Abortion and Contraception. Nova York, Beaufort, 1982, p. 143.
[3] Trecho de postagem de Davi Caldas, blog Mundo Analista: http://www.mundoanalista.com/2013/06/consideracoes-sobre-o-aborto.html
[4] Craig, William Lane. Apologética para questões difíceis da vida. São Paulo: Vida Nova, 2010, pp. 127-128)
[5] 1ª palestra no Congresso Nacional: https://www.youtube.com/watch?v=7QI5ZN9jQKI
[6] 2ª Palestra no Parlatório Livre: https://www.youtube.com/watch?v=42nz39SRqWs
[7] Entrevista com Dr. Ives Gandra: https://www.youtube.com/watch?v=2V89PTzr6hQ
[12] Pondé, Luiz Felipe. Guia politicamente incorreto da Filosofia – Ensaios de Ironia. São Paulo: Editora Leya, p. 124


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