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quarta-feira, 4 de julho de 2018

O QUE BOLSONARO VAI ACHAR EM MARABÁ? De um lado, um partido (PSL) fraco e sem fôlego, do outro, fortes movimentos conservadores como Direita Marabá e Endireita Marabá...




Anderson Damasceno

Sobre a vinda do presidenciável, Jair Messias Bolsonaro, à cidade de Marabá, confirmada pela FCM na tarde de ontem (3), sabe-se que Marabá é a metrópole do Carajás, situada na região sudeste do Pará, o que torna muito mais interessante e viável a passagem do pré-candidato pela “cidade relicária graciosa”. No dia seguinte (13), uma sexta-feira, Jair segue para o município de Parauapebas.
É mais interessante não apenas pelo número de eleitores marabaenses – cerca de 160 mil, em 2016, podendo chegar a 200 mil até 2020, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) –, mas pela infraestrutura: espaço do aeroporto e rodovias que dão acesso aos vários cantos do país.
Contudo, existe um importante questionamento que vale a pena ser feito agora: “Afinal, o que Bolsonaro encontrará em Marabá no dia 12?
Uma resposta segura é, “Duas coisas”. De um lado, o presidenciável encontrará um partido (PSL) fraco e sem fôlego, do outro, fortes movimentos conservadores, como Direita Marabá e Endireita Marabá – com ativistas políticos que já atuam há muitos anos, contra as bandeiras do progressismo autoritário e contra a engenharia social.
Até onde se viu, quando Bolsonaro assumiu a vanguarda do Partido Social Liberal (PSL) – 17, toda a direção deste partido em Marabá comunicou à imprensa local e à sociedade o abandono. Deixaram o partido como forma de protesto. No meio dessa direção estava, inclusive, o ex-vereador Pedro Souza, de postura extremamente anti-bolsonaro. 
De lá pra cá, ouviu-se que um dos ex-candidatos a prefeito de Marabá teria assumido a presidência do PSL. Mas nunca tiveram fôlego pra falar do nome Bolsonaro. Não imprimiram um panfleto, nem implantaram um outdoor, sequer um encontro para falar das propostas do pré-candidato. Até o bonecão que trouxeram foi um fiasco.     
Mas, no cômputo geral, pouco importa as intempéries que assolaram ou não o PSL. A grande verdade é que quem atuou regular e organicamente foram os membros da Frente Conservadora de Marabá (FCM). Só se ouviu falar das propostas de Bolsonaro, com constância em Marabá, por causa das atividades dos grupos conservadores.
Como foi amplamente divulgado nas redes, integram a Frente Conservadora de Marabá os movimentos Direita Marabá, EnDireita Marabá, Renova Pará (Jimmyson Pacheco), AMEI (Amigos Marabaenses contra Erotização Infantil) e PACO (Partido Conservador). E foi graças ao trabalho de longa data desses movimentos, através de Fórum Conservador de Marabá, Encontro de Profissionais Conservadores, Adesivaços – Além de 3 outdoors vandalizados por gente que se diz “antifa”, mas a praxe é de anti-democratas –, fanpages etc, que as propostas do Conservadorismo, bem como a voz de Bolsonaro, ganharam maior expressividade no espaço local. Aliás, membros da coordenação da FCM estiveram em Brasília, no dia 20 de fevereiro, para dar start e afinar o diálogo com Jair e com Eduardo Bolsonaro.
Ai sim, de lá pra cá, universitários, profissionais liberais, jornalistas e empreendedores locais também se dispuseram a engrossar o movimento.
Talvez, o grande erro da administração do PSL, no Pará, nesse tempo todo, foi não criar laços com os conservadores da cidade, e ouvi-los antes de nomear cargos. Errou mais ainda ao colocar pessoas que não têm dimensão da luta cultural em vigência no país. E agora, neste mês, correm a todo custo para tentar fazer um evento de sucesso.
Agora, sem sombra de dúvidas, a grande verdade é que se não existisse o trabalho da FCM, a realidade de Marabá seria bem mais hostil para Bolsonaro.  

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