E eu que passei minha graduação em Letras (UFPA) e mestrado (UNIFESSPA),
faltando menos de três meses para defesa da dissertação, refletindo sobre
preconceito linguístico, entro na internet e vejo o “povo do amor”
relativizando esse preconceito, um dos mais sagazes vale dizer. Pior, quase
justificando o preconceito linguístico, que também é o mais cometido e o menos
combatido.
Pra não pirar, respiro e penso... Respeito realmente é pra
pessoas inteligentes de verdade.
Entender que os falantes da língua materna – ou de
estrangeira, why not? – não podem ser apequenados, inferiorizados por seus usos
linguísticos é coisa rara. Tem gente que parece não querer entender. Olha, "ImpreCionante" existe! Quer vocês queiram, quer não. E mais, quem grafar
a palavra assim não significa nem nunca haverá de significar que a pessoa é
menos sábia, competente e humana. Muito menos ser considerado que seus falantes/escreventes sejam menos inteligentes.
“Mas, como não, An-di-ssu?!”
Pois bem, hoje, vi justo o povo esquerdopata praticando em
escala amazônica o preconceito linguístico contra Abraham Weintraub. Deve ser
de praxe, esquerdistas relativizam tudo, lei, liberdade expressão, vilipêndio à
fé e, agora, PRECONCEITO LINGUÍSTICO... basta que o alvo sejam os conservadores. Aí,
pronto, pode tudo contra eles.
E olha que a canalhice vem até daqueles que mais cobram
respeito. Um dos maiores livros sobre preconceito linguístico é do Marcos
Bagno, que, por mais paradoxal que seja, É UM DOS CARAS MAIS VIOLENTOS QUE
EXISTE NA CLASSE "PENSANTE" BRASILEIRA quando está falando de conservadores.
Falar Bolsonaro perto dele é inFARTo na hora. O bicho se peida rapidinho.
Vi uma galera hoje na live do MEC pelo Facebook iradinha. E
ainda à noite vejo nas redes a lacrosfera dando chilique, vomitando deboche
como quem não vê as próprias misérias e ignorâncias, atacando o ministro da
educação porque escreveu "impreCionante".
Onde as pessoas veem erro, geralmente, há um fenômeno
linguístico. Sírio Possenti, outro esquerdoso, dedica a vida a explicar isso e
nem assim essa galera aprende.
Se uma pessoa se diz inteligente e, ok, em sendo de esquerda
e exercendo seu direito democrático de criticar o ministro, TECNICAMENTE,
escorrega numa dessa – igual a ignorante do Arthur do Val, direitista do “Mamãe
eu devia ficar calado pois não entendo de linguística –, de querer usar
SUBJETIVIDADE, afetação, sentimentinho de vergonha, se sentindo ofendidinho,
ecoando as dores da geração snowflake e ainda por cima achando que o deslize,
ou a inadequação cometida por Weintraub, significa qualquer coisa ou tem algum
peso na crítica técnica, EEERAS! TU NEM BURRO ÉS. Pois, nem dá pra aquilatar
inteligência aí, fii. E a
Se mesmo você reunindo os deslizes e as atividades linguageiras
do ministro Weintraub, ao longo do tempo (num tem o que fazer, né, vagabundo? Kkk),
como as citadas, repito, pelo direitoso aí que não sabe ficar calado na hora de
falar acerca do que desconhece, e não saca que existe um fenômeno linguístico
semelhante na forma de grafar dessas palavras: “antessessores", “paralização”
e “imprecionante". Caraca! Faça um curso de fonética e fonologia, zé! Estuda sociolinguística. Assim tu não reproduzes esse preconceito, nem reverberas essa ignorância. Viu, que chique!
Às vezes, até eu penso em dar razão pros gregos! Tem hora que parece mesmo que cada pessoa nasceu com certa dose de recursos naturais, então, se o cara é feio, burro é. Aff!
Às vezes, até eu penso em dar razão pros gregos! Tem hora que parece mesmo que cada pessoa nasceu com certa dose de recursos naturais, então, se o cara é feio, burro é. Aff!
E mais, essa é antiga, tipos de “erros” são diferentes de
número de “erros”. É Geraaaaldi, mané! É o teu primeiro mês da aula, avoado!
E não para por aí. As leis da fala e as leis da escrita não
são as mesmas. Marcuschi, lembra? A ESCRITA NEM É INATA AO SER HUMANO, ora
bolas. Nem leu aquela potroca da filosofia (kkkk) da Chauí, man! Mas é uma besta
lavada mesmo, como dizia minha mãe. E eu pensava, pelo menos tá tomado banho.
Sabe, gosto mesmo é do Rubem Fonseca. QUANDO CRITICADO
QUANDO ELE ESCREVIA "ERRADO", ou sem seguir a ortografia, ou as
regras da sintaxe. Ele só respondia aos repórteres que se acham sumidade no
assunto: "Sou escritor e não corretor".
Enfim, para não tomar mais tempo, vou encerrar com essa...
QUEM NUNCA ERROU QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA. E que as palavras continuem vagabundeando
na ponta da língua, seja lá quem foi o poeta que falou isso. É isso mesmo. Do
contrário, seríamos seres impiedosos diante da poesia de gente como Patativa do
Assaré ou de nossos amigos repentistas.
Depois corriGo essa potroca!
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