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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ENEM 2013 - Dos mais de 7 milhões de inscritos cerca de 2 milhões faltaram às provas

Mais perto da Universidade
Na Escola Estadual Geraldo Veloso, o Cabo Eli e o soldado Jerry Adriane confirmaram calmaria toda a tarde 
Estudante Cristiane enfatiza valor das lições dos professores
A realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), durante as tardes sábado e domingo últimos, levou milhões de candidatos aos locais de provas distribuídos por todo o Brasil. Na edição 2013, dos mais de 7 milhões de inscritos cerca de 2 milhões faltaram às provas, gerando prejuízo acima dos 100 milhões de reais aos cofres públicos.
Contudo, as polêmicas e o vexame ficaram de fora. A possibilidade do vazamento dos cadernos de questões foi nula. No Pará, apesar da greve na rede pública, mais de 300 mil se inscreveram.
Segundo a representante do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CespeUnB), entidade responsável pela realização do ENEM no país, em Marabá os dois dias de provas ocorreram dentro da normalidade.
“Foi tudo tranquilo. Em conversa com os coordenadores locais vimos que não houve imprevistos. Aqui em Marabá, pouquíssimos foram eliminados. Em todas as escolas teve a vazão de alunos, mas foi razoável”, observa Maria Goreth Rodrigues Oliveira.
A opinião da maioria dos educadores é de que o exame também serve para mostrar a relevância do estudo para o alunado. Todos os estudantes que se dedicam à pesquisa dos conteúdos no ensino médio, naturalmente, tornam-se candidatos mais aptos a terem sucesso na prova.
O desleixo de quem não leva a sério as lições em sala de aula reflete na performance em face à prova. Quem perdeu tempo brincando durante a maior parte do ano, sem resolver as tarefas ou pesquisas em casa, se torna um candidato fraco.
Essa preocupação não foi sentida por Cristiane Silva, 18 anos, estudante do terceiro ano médio no Grupo Futuro Educacional. Para ela o ano de preparação exigiu esforço e, especialmente, atenção nas lições e dicas dadas pelos professores de cada disciplina.
Escola Acy Barros ficou tomada de carros dos
 participantes do ENEM, estacionados à frente do prédio
“Conversando com todos os meus amigos, vimos que a prova foi ótima. Estudamos muito. Deu pra abordar bem até o tema da redação”, acentua. 
Problemas – A organização dos participantes no ENEM 2013, por ordem alfabética, recebeu inúmeras críticas. Centenas de pessoas tiveram que se deslocar para bairros longínquos, a fim de encontrarem o local de provas. Aliás, muitos candidatos relatavam desconhecer onde os prédios das escolas e demais estabelecimentos ficavam.
Por causa desse critério de distribuição dos inscritos, a moradora da Travessa Pará, no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, Daniele Barros, precisou da ajuda de estranhos para descobrir a localização de uma escola na Nova Marabá. Do mesmo modo, Andressa Miranda e uma amiga que a acompanhava demoraram para encontrar a Escola Disneylândia, porque o único ponto de referência que tinham era a ponte que leva ao Bairro São Félix.
Grande parte desses contratempos ocorreu pelo atraso no envio dos cartões de inscrição, que cada participante recebe, contendo as informações sobre o ENEM. Edem Oliveira (27), residente na Avenida Adelina (Liberdade), disse que o cartão chegou na quinta-feira (24), perto da véspera da prova.
“Eu também não tenho o hábito de usar a internet. Nem sabia onde ia ser...” afirma, um tanto calmo porque tinha um colega que o levaria de moto à Escola Estadual Doutor Geraldo Veloso, situada no Novo Horizonte.
Menos obstáculos foram os dos irmãos Klebson Moura e Kleiciane Moura, moradores da Folha 33. Eles fizeram as provas na Escola Municipal Martinho Mota, localizada na Folha 27. No entanto, ambos afirmaram que preferiam fazer na própria escola (O Pequeno Príncipe) porque ficam mais perto de casa. 
Ainda conforme Maria Goreth Rodrigues Oliveira, essa padronização é feita em Brasília pela entidade responsável pela realização do ENEM.
“Eles organizam em ordem alfabética, e esse ano tivemos dificuldades de encontrar que estivessem preparadas para receber os candidatos. Ai, quem ficou em escolas em Morada Nova, por exemplo, achou ruim com a distância. A gente não acesso a isso”, pontua.

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