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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

ONDE TUDO COMEÇOU - 24º Sarau da Lua Cheia na ARMA. São 2 anos do maior movimento literário de Marabá



Desde 2013, os encontros são promovidos a cada mês,
pelo Coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia
O adolescente, Hesíodo Cirqueira, aproveitou a 
oportunidade de cantar com Reinaldo Braia. 








































Alixa Santos, professor da Universidade Federal do
Sul e  Sudeste do Pará, leu poema da obra
“Mulheres”, de Eduardo Galeano
Na última sexta-feira (13), o aniversário de 2 anos do maior movimento literário de Marabá, conhecido como Sarau da Lua Cheia, aconteceu exatamente no lugar onde tudo começou, o garboso prédio da Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará (ARMA), situado na Rua Aquilino Sanches, Bairro Novo Horizonte. A noite da 24ª edição foi de fortes emoções para o singelo grupo, que desde o início só possuía de grande a paixão pela arte poética.
Hoje, aquela pequena roda de bate-papo entre leitores, constituída por professores e poetas, se tornou um evento artístico-cultural genuinamente marabaense, além de ser agregador dos artistas e profissionais de várias esferas da sociedade.
Desde 2013, os encontros são promovidos a cada mês pelo Coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, que se reúne, geralmente, em lugares públicos como praças, escolas, galerias de artes, biblioteca e universidades.
O ambiente democrático, a liberdade de expressão poética, o caráter itinerante do encontro, a promoção do livro bem como o destaque para os artistas e leitores tanto de Marabá quanto da região sudeste se tornaram princípios básicos dos sarauistas, que são mantidos pelos idealizadores do evento, Airton Souza e Eliane Soares. Embora a dupla de escritores nunca tenha parado para registrar qual seria o “DNA”, esses elementos já estão no código genético do movimento literário.
Contudo, Souza e Soares acreditam na tese do caos criativo, isto é, de que a natureza do sarau não foi necessariamente aleatória, nem podia ser outra. O conjunto de características representa, na verdade, uma postura face ao mundo ou filosofia de vida comum nos poetas. Faz parte do estado e anseio de criação que a poesia gera no íntimo de quem a experimenta.  

A FESTA
Durante a noite de parabéns e homenagens, não faltaram declamações de belos poemas e cantoria de violeiros locais. Na ocasião, o repórter Ederson de Oliveira foi o anfitrião do aniversário. Além de grande incentivador dos artistas da cidade, Ederson é bastante reconhecido pelos projetos que desenvolve através da ARMA. 
O adolescente, Hesíodo Cirqueira, aproveitou a oportunidade de cantar com Reinaldo Braia.
O cantor Xavier Santos, mais conhecido por que Javier da Mar-y-abá, é um dos fundadores do movimento sarauista. Atualmente, mesmo em fase de recuperação no que tange a saúde física, o artista que é reverenciado como mestre recebeu o carinho do público.  
Félix Urano, também conhecido como “Tibirica”, recitou poemas do cantor antes que ele fosse embora. Tibirica continuou o recital com textos artísticos de autores de Marabá.
Alixa Santos, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, leu poema da obra “Mulheres”, de Eduardo Galeano.
Foi também com o professor que os participantes tiverem um dos melhores momentos do encontro natalício. Ele narrou partes de um texto epistolar de Rainer Maria Rilke, saudoso escritor da República Checa, que escrevia em língua alemã. Rilke é autor de “Cartas a um jovem poeta”, obra que clareia o sentimentos e pensamentos de quem se vê atraído pela arte literária.
Estimulada pela leitura de Alixa Santos, Katiucia Oliveira contou o importante papel que o Sarau, na figura de Airton Souza e Eliane, teve na vida dos escritores de Marabá.
Alguns dos visitantes que vieram pela primeira vez ao bate-papo leram poemas do livro “Oscilações poéticas”, escrito por Adão Almeida.
Eliane Soares e Creusa Salame contaram histórias de quando eram iniciantes na poesia e sobre como despertou o gosto, o interesse pela arte.
Na parte de crítica do encontro, a poetisa Eliane falou das políticas públicas que chegam ao sul e sudeste serem, praticamente, inexistentes. “Edital apenas para a zona metropolitana de Belém ganhar não é justo. Tem que ser regional”, acentua.
A noite terminou com a brincadeira do “Amigo Livro” e com a novidade traga pelo secretário de cultura, Genival Crescêncio. A cidade em breve vai sediar um congresso regional de poesia, que faz parte do Projeto do Congresso Amazônico de Literatura.






















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