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sábado, 19 de março de 2016

UNIFESSPA - Sem equipe médica para avaliar alunos "especiais"



Apesar dos contraempos, Taísa Campos, da PROEG, e Lucélia Rabelo, do 
NAIA, estão otimistas com entrada calouros especiais na UNIFESSPA



















Em 2016, a Universidade Federal do Pará do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) recebeu, entre os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ano passado, 20 pessoas portadoras de necessidades especiais, sendo 19 delas residentes em Marabá e a outra em Rondon. Foram 40 vagas ofertadas – duas por curso –, fato que coloca a UNIFESSPA entre as faculdades brasileiras que mais promovem a inclusão desse público ao ensino superior.
Porém, para os candidatos realizarem a matrícula e se tornarem, de fato, calouros, é necessário passar por uma perícia médica, que ainda não foi agendada pela instituição.
A situação já preocupa quem conquistou vaga porque, em 2015, ingressaram 16 calouros portadores de alguma deficiência, que perderam o primeiro semestre de aulas, pois, não tiveram a avaliação médica em tempo hábil.
Na segunda-feira última (29), houve reunião na UNIFESSPA, entre os membros do Centro de Controle Acadêmico (CRCA), da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (NAIA), a fim de solucionar o caso, tendo em vista que as aulas iniciam em maio.
Segundo Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo, coordenadora do NAIA, a data prevista para a efetuação da perícia ficou entre os dias 7 e 18 deste mês, mas, ainda falta conseguir uma equipe médica para avaliar os novos acadêmicos.
“A universidade realizou concurso público para esse cargo, também no ano passado, mas ninguém passou. Outra medida foi abrir edital para as clínicas particulares da cidade se habilitarem na prestação desse serviço. Nenhuma delas atendeu aos quesitos”, afirma.
Ainda segundo a coordenadora do NAIA, este ano, a UNIFESSPA entrou com ofício pedindo a colaboração de órgãos públicos federais, estaduais e municipais como Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Instituto Médico Legal (IML) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Até o momento, apenas o IML respondeu, oficialmente, que não pode ceder os médicos da equipe.
“É muito difícil encontrar profissionais disponíveis nas repartições públicas.  Contudo, é importante ressaltar que a UNIFESSPA está dando um salto histórico na democratização do acesso ao ensino superior, para estudantes com deficiência”, observa, enfatizando que há a possibilidade de empresas privadas realizarem a perícia.

PROEG E NAIA DESTACAM CONQUISTAS EM FAVOR DO PÚBLICO COM DEFICIÊNCIA
De acordo com Taísa Campos, Diretora de Ensino na PROEG, apesar do desafio estrutural que a UNIFESSPA passa por ser uma universidade nova, pois ganhou autonomia a partir de 2014, os resultados são positivos.
“Este é o segundo ano que a PROEG aplica essa política afirmativa, para incluir na universidade os deficientes, bem como os indígenas e quilombolas. Grupos sociais que sempre foram deixados de fora, mas agora poderão ter uma formação superior”, pontua.
Campos relatou o fato de muitas pessoas, que não possuem deficiência, terem atrapalhado o processo de chamada, por exemplo, nos cursos de Agronomia, Engenharia de Minas e Materiais, Administração, para os campi de Marabá, e as Licenciaturas em Letras, no campus do Xingu, e História, em Xinguara.
“Elas prestaram o vestibular usando de má fé. No entanto, o quadro de universitários especiais ainda vai aumentar”, relata, acrescentando que até o dia 11 de março sai a 3ª Chamada do Sistema de Seleção Unificado (SISU), quando aquelas 20 vagas para deficientes serão preenchidas.
Além disso, Taísa Campos e Lucélia Cardoso detalharam mais benefícios para esse segmento social. Por meio do Programa de Monitoria de Apoio aos Discentes com Deficiência, um grupo de seis bolsistas recebeu capacitação para atuar junto aos universitários especiais.
“Eles estarão monitorando e dando assistência durante a formação aos alunos com deficiência física, auditiva, visual e intelectual”, nota Campos.   
Outra questão importante é que os próprios professores da UNIFESSPA vão receber capacitação para assistir o novo grupo de alunos.
“Há um fórum de coordenadores dos núcleos de acessibilidade em todo o Brasil. Na verdade, todo o país ainda está avançando. Por exemplo, ainda é recente essa formação continuada dos docentes no nível superior. Mesmo eles sendo mestres ou doutores em suas respectivas áreas, precisam aprender uma didática para trabalhar com os deficientes”, considera Rabelo.

(Atualização em 19/03)


UNIMED faz perícia médica de deficientes
Na próxima semana, UNIFESSPA divulga datas e horários da perícia médica para calouros portadores de necessidades especiais

Em 2016, a Universidade Federal do Pará do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) recebeu, entre os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ano passado, 20 pessoas portadoras de necessidades especiais, sendo 19 delas residentes em Marabá e a outra em Rondon. E, na próxima segunda-feira (21), a universidade publica edital divulgando datas e horários da perícia médica para esses calouros.
Foram 40 vagas ofertadas – duas por curso –, fato que coloca a UNIFESSPA entre as faculdades brasileiras que mais promovem a inclusão desse público ao ensino superior.
Para os candidatos poderem realizar a matrícula e se tornarem, de fato, calouros, é necessário passar pela avaliação médica, que ainda não tinha sido agendada pela universidade.
O Centro de Controle Acadêmico (CRCA), a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (NAIA) estavam articulando a fim de solucionar o caso, tendo em vista que as aulas iniciam em maio.
Segundo Edson dos Anjos, chefe de divisão e regulação da PROEG, os novos alunos começam a ser atendidos na próxima semana.
“Os calouros vão ser convocados através de edital. A UNIFESSPA conseguiu ser atendida sem ônus por profissionais da UNIMED. O doutor Jorge Bichara foi o colaborador nessa ação”, afirma.
Taísa Campos, da PROEG, e Lucélia Rabelo, do NAIA, estão otimistas com entrada de calouros especiais. Elas atuaram na busca por colaboradores.
Desde o início do ano, UNIFESSPA entrou com ofício pedindo a colaboração de órgãos públicos federais, estaduais e municipais como Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Instituto Médico Legal (IML) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Mas nenhum havia cedido seus médicos.  

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