Eu conheço pouco a sua história,
Não entendo bem os seus valores,
A sua moral não é a minha,
Vivemos neste mundo de dores.
Respeito a sua inteligência,
E o modo que você deseja pensar,
Mesmo as diferenças não sendo pequenas,
Sei que podemos nos ajudar.
Existem muitos mais sofrimentos,
Coisas que podem se acumular,
Se não importar o que temos cá dentro,
Pior este tempo há de ficar.
Não é uma cana de braço,
Não é um jogo de quem é mais nobre,
Só é difícil levar a vida
Odiando quem não tem nossa sorte.
Se te dou um prato de comida
E quando preciso você estende mão,
Se teu olhar enxerga minha vida
E a minha vida proporciona perdão...
A existência fica bem mais bonita,
Conseguimos até andar em paz,
Não matamos quem é diferente
Abençoamos todos os mortais.
Mas se noto que você me ama
Do jeito que quero te obrigar,
E tua mente sempre se inflama
Com o meu jeito duro de falar,
Quando não olho por cima do muro,
E não enxergarmos a melhor razão,
Faço teu sonhos morrerem no duro
E amargoso vale de emoção.
Quem carregará toda essa culpa?
Só depois de a muitos matar?
Quem virá com as maiores desculpas?
Do fogo vindouro se livrará?
Anderson Damasceno
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