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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

RESOLVENDO MAUS RELACIONAMENTOS

Qualquer pessoa que fala em “lidar bem” com situações de rejeição, abandono e traição, possivelmente teve um duro tempo de experiência com tais situações. Teve sua vida temperada muitas vezes com esses sabores nada agradáveis. 

Qualquer pessoa que diz ser “resolvidona”, em tooodos os seus relacionamentos, passou pela escola da vida. Teve lições que maltrataram sua mente e seu coração. Talvez, os maus tratos foram bem além disso. Talvez, algumas marcas ficaram na própria carne.

Contudo, sobreviveram. E podem hoje arrogar para si certa confiança. Segura confiança. Podem arrogar para si certa sabedoria e compartilhar tal sabedoria. Podem agora usufruir de um norrau, de boas técnicas e conhecimento, para seguir muito bem vivos.

Caso contrário, falar por aí que lida bem mas seguir não lidando, dizer que é resolvidão sem nunca ter resolvido nada, seria mentira, falseamento, fruto de uma  soberba, de um ressentimento mascarado que se apresenta como equilíbrio. Eu diria que isso não passa de um bom sinal para a megalomania.




Com certeza, hoje em dia, vivemos num tempo em que sobra mais que o narcisismo necessário parar gerar homens e mulheres, adultos, capazes de subirem na montanha do ressentimento e da amargura, cantando que possuem saúde mental pra dar e vender. Intacta!

Seguir com essa megalomania por aí, sem sombra de dúvidas, é muito mais perigoso – uma bomba relógio(?) – do que parar para buscar ajuda profissional. Há pessoas capacitadas profissionalmente para propor caminhos e a possibilidade mais honesta de ser alguém melhor. Se há doentes, há também quem os possa ajudar na cura.

Ou, mesmo antes de buscar ajuda profissional, que tal se olhar no espelho? E parar para reconhecer a própria falta de habilidade em solucionar os problemas emocionais – e que vieram se acumulando ao longo da vida. Isso seria bem menos perigoso. Ou, que tal o ato de confessar? Confessar para alguém, que tenha como ajudar, que você viveu e passou pela rejeição, pelo abandono, pela traição, sem contanto resolver os prejuízos emocionais, familiares e até financeiros que surgiram.

A vida não vem nem tem manual de instruções para tudo. Ninguém nasce com todas as habilidades e dons dados por Deus para resolver toda e qualquer coisa ao longo da própria existência.

Todo ser humano tem o direito de dizer que não está bem, que não se sente bem, e de reconhecer alguma fraqueza. Até quem coloca para si o desafio de ser forte e o mais forte, o tempo todo, ainda que isso me pareça um absurdo intelectual e fisiológico, eu pessoalmente não condeno tal sujeito. A alma humana, da forma que eu a compreendo, sempre tem o desejo de buscar mais força e não o de ser a mais fraca.

Contudo, enquanto prevalecer a negação da própria saúde mental e da inabilidade para resolver entraves emocionais, a única afirmação que podemos fazer agora é que o contador da bomba relógio segue. Mesmo que não saibamos quando ela vai explodir. Nem na mão de quem.

Por isso, que tal dar mais crédito para si e mais crédito para vida?

Se há formas de darmos mais crédito certamente serão: a gente parando e a gente sabendo ouvir, com humildade, quem já atravessou o que atravessamos, quem já sabe lidar com o que por ora lidamos. Damos crédito sabendo entender que o tempero na vida de quem já sofreu, e realmente tudo resolveu, só agora tem o gosto do saber viver bem, e melhor, por muitos anos. 

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