18ª Feira Pan-Amazônica no domingo (1) estava abarrotada de visitantes. Ao fundo, cenário que simula o Qatar, país homenageado nesta edição |
Literatos de Marabá convidados a sarau na Praça do Carmo |
Apesar das ausências
sentidas, motivadas por imprevistos, o grupo de artistas realizou uma boa
estadia, repleta de atrativos.
Ainda na noite de
sábado, o Coletivo de Poetas e Artistas do Extremo-Norte convidaram os
literatos marabaenses para um sarau, que foi realizado na Praça do Carmo. Ruy
do Carmo, Renato Gusmão e Dal Dias deram as boas vindas e proporcionaram uma
noite especial a todos.
Já no domingo (1), quem
conheceu os leitores em visita, nessa edição da Feira do Livro, foram os
escritores, Joelthon Ribeiro, Airton Souza, Valdir Araújo, Javier Di Ma-y-abá,
Nilva Burjack, Creusa Salame, Martins Gomes, Rose Pinheiro, Adão Almeida e Rosa
Peres.
Eles puderam dar
autógrafos aos visitantes e estreitar os laços com autores de outras regiões do
Pará.
Professores Raimundo
Nonato (Escola Tereza Donato) e Cláudia Borges (Programa Marabá Leitora), o jornalista
Anderson Damasceno, a arte-educadora Lara Borges, o escritor Abílio Pacheco e
outros vieram prestigiar o trabalho dos artistas marabaenses.
Renato Gusmão, poeta do grupo Extremo-Norte, encenou versos de Mano Melo |
A viagem resultou de
parceria entre a Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), que disponibilizou um
micro-ônibus, e da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em nome do
secretário Claudio Luiz Feitosa Felipeto, que colaborou com os produtores de
arte bancando a hospedagem no hotel Ver-o-Peso.
O projeto da viagem foi
arquitetado pela escritora de obras ao público infanto-juvenil, Vânia Ribeiro,
em parceria com o poeta Airton Souza.
Milton
Hatoum – Na noite de
sábado (31), uma das grandes atrações dessa feira, senão a maior, foi a
apresentação do escritor amazonense, Milton Hatoum. Neste ano, Hatoum é o
literato homenageado.
Atualmente, os livros
dele se destacam por serem traduzidos para vários idiomas e países, um dos
feitos que rendem a ele o renome entre os autores brasileiros.
Cláudia Borges, uma das
organizadoras do Programa Marabá Leitora, assistiu com afinco o bate-papo.
"Aceito tudo na
vida, menos ser empulhado" disse o mestre Hatoum, um pensamento que na
verdade vem do grande escritor brasileiro, Machado de Assis.
Ainda em seu discurso,
Milton Hatoum colocou em relevo a força da arte literária sobre a formação
humana. "Não há literatura sem vida", enfatizou o autor, que entende
que a arte atrai o leitor para uma coisa inusitada.
A novidade mais
emocionante tem a ver com as adaptações dos textos do “Bruxo da Amazônia” para
cinema e TV. Será lançado em película cinematográfica uma versão da obra Órfãos
do Eldorado e uma novela de Dois irmãos.
Palestra
com Amarilis Tupiassú – Membros
do grupo aproveitaram o evento também para assistir palestras, ministradas por
estudiosos e críticos literários.
Na tarde de domingo (1),
o auditório Eneida de Moraes recebeu a palestrante Amarilis Izabel Alves
Tupiassú, professora renomada da Universidade Federal do Pará (UFPA). O
professor da UNIFESSPA em Marabá, Gilson Penalva, participou do bate-papo junto
ao público, que foi para o salão situado no primeiro andar do Centro.
Iniciada às 15h, a
doutora apresentou para um público seleto "Um certo Milton Hatoum" –
exposição que enfatizava a obra do célebre autor amazonense, Milton Hatoum,
escritor convidado nesta edição e que estava em meio ao público assistindo.
Ela falou baseada na
prosa de Hatoum, tratando, entre outras coisas, das tramas, do cenário como a
floresta e de personagens.
Os 5 romances possuem
personagens que vivem como sob uma sina, "não somos nem mesmo donos dos nossos passos".
Além de abordar a "guerra
do ser consigo", Tupiassú citou pensadores como Vieira, Blanchot e Barthes
com objetivo de analisar a obra de Hatoum.
Atualmente, 27 críticos
produziram uma coletânea acerca dos 3 principais romances do prosador amazonense,
Relatos de um certo Oriente, Cinzas do norte e Dois irmãos.
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