A maior parte do material, madeira e cerâmica, seriam jogados no lixo. Mas a artista Creusa Salame trabalhou, poeticamente, alcançando a beleza |
No local, três conjuntos
de peças, poeticamente trabalhadas, mexeram com o gosto dos espectadores. Elas
vão permanecer abertas à apreciação por um mês.
Segundo Creusa Salame, a
maior parte do material, madeira e cerâmica, veio do lixo. E isso ela utilizou
para dar corpo à forma do belo.
“Quem faz moldura para
quadros, corta e joga no lixo alguns pedaços. Eu vi esses pedaços em Belo
Horizonte (MG) e perguntei ao moço se eu podia pegar o que ia ser jogado fora.
Peguei dois sacos cheios, botei no táxi e levei pra casa ansiosa. Paguei quase
200 reais para trazer à Marabá de avião”, recorda.
Uma dupla de mestres
marabaenses atuou na montagem. O curador que acompanha as produções da artista,
Antônio Botelho, projetou a ambientação da biblioteca junto a Bino Souza,
desenhista e pintor.
O prefeito de Marabá, João
Salame, compareceu ao evento e disse que só a mãe (Creusa Salame) consegue
fazê-lo dar uma "parada" no ritmo de trabalho, e vir apreciar a arte.
A emoção saltou durante momento
de discurso, pronunciados por parte de familiares e dos que apreciam as
exposições inovadoras.
A estudante, Beatriz
Azevedo Cunha Bichara, se disse honrada por falar o que sente ao ver e reparar
as exposições da artista.
Creusa Salame enfatizou
que ama a arte, tanto que aos 74 anos venceu a timidez para publicar obra
literária, a saber, o livro “Contos e Crônicas”.
"Mas na minha
cabeça só tenho 50", afirmou com gracejo.
A neta, Rebeca Lara, também
não se conteve com comentários primorosos sobre a arte que nasce nas mãos da
avó.
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