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sexta-feira, 6 de junho de 2014

AMOSTRA DE ARTE - Artista plástica Creusa Salame usa "lixo" para dar corpo ao Belo

A maior parte do material, madeira e cerâmica, seriam jogados no lixo.
Mas a artista Creusa Salame trabalhou, poeticamente, alcançando a beleza 



















Na quinta-feira última (5), o público foi prestigiar a VI Amostra Individual de Artes que ocorreu na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira. Este espaço foi ornamentado com parte da obra da artista plástica, Creusa Salame, conhecida pelas belas exposições que tem levado às galerias e espaços públicos de Marabá.
No local, três conjuntos de peças, poeticamente trabalhadas, mexeram com o gosto dos espectadores. Elas vão permanecer abertas à apreciação por um mês. 
Segundo Creusa Salame, a maior parte do material, madeira e cerâmica, veio do lixo. E isso ela utilizou para dar corpo à forma do belo.
“Quem faz moldura para quadros, corta e joga no lixo alguns pedaços. Eu vi esses pedaços em Belo Horizonte (MG) e perguntei ao moço se eu podia pegar o que ia ser jogado fora. Peguei dois sacos cheios, botei no táxi e levei pra casa ansiosa. Paguei quase 200 reais para trazer à Marabá de avião”, recorda.
Uma dupla de mestres marabaenses atuou na montagem. O curador que acompanha as produções da artista, Antônio Botelho, projetou a ambientação da biblioteca junto a Bino Souza, desenhista e pintor. 
O prefeito de Marabá, João Salame, compareceu ao evento e disse que só a mãe (Creusa Salame) consegue fazê-lo dar uma "parada" no ritmo de trabalho, e vir apreciar a arte.
Artistas de vários gêneros de arte vieram apreciar a exposição. Do campo literário, os escritores Eduardo Castro, João Brasil, Airton Souza e Rose Pinheiro visualizaram com apreço as montagens. Félix Urano, mais conhecido por Tibirica, que recentemente chegou de Belém, onde fez a exposição "Chuva de Cores" no Instituto de Artes do Pará (IAP), aproveitou para interpretar as peças.
A emoção saltou durante momento de discurso, pronunciados por parte de familiares e dos que apreciam as exposições inovadoras.
A estudante, Beatriz Azevedo Cunha Bichara, se disse honrada por falar o que sente ao ver e reparar as exposições da artista.
Creusa Salame enfatizou que ama a arte, tanto que aos 74 anos venceu a timidez para publicar obra literária, a saber, o livro “Contos e Crônicas”.
"Mas na minha cabeça só tenho 50", afirmou com gracejo.  

A neta, Rebeca Lara, também não se conteve com comentários primorosos sobre a arte que nasce nas mãos da avó. 

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