A estreia aconteceu nestes dois dias
(quinta e sexta-feira) dentro das dependências da própria Semed, que teve seus
muros “poeticamente pinchados”.
Um exemplo de prazer em compartilhamento da cultura através das artes é o da artista plástica, Creusa Salame, que também é poetisa e apesar da idade (74 anos), e de suas limitações por problemas de saúde, participa ativamente das pinturas dos muros.
Eliane Pereira Machado Soares,
professora da UNIFESSPA, reafirma a importância da Ação Poética, como o
instrumento de divulgação da poesia, através de textos escritos nos muros da
comunidade.
EM BREVE
Depois dessa partida, outras edições
da Ação Poética serão realizadas ao longo do ano, na pretensão de fazer
intervenções artísticas e sociais em zonas que apresentem tensão social,
problemas de violência e escassez de bens culturais, proporcionando um tempo e
um espaço para reflexão, sob o encanto da palavra poética.
INTERVENÇÃO
URBANA
Segundo
o professor, pelo fato de ser uma ação no muro, os participantes refletiram sobre
esse suporte, bem como as situações e sujeitos envolvidos.
“Entender
sobre quem é esse leitor, as circunstâncias de leitura, é fundamental. A
relação entre o texto e o suporte, como parte desse processo de leitura. E ver a
cidade como uma possibilidade de página”, considera.
“É
a fusão dos dois. Isso pode contribuir com a formação dos jovens estudantes,
porque passam a ver a cidade com outros olhos. É uma forma de educar o olho
para a poesia”, pontua.
“Toda
ação coletiva de intervenção na cidade, e que se pretende pública, ela é
curricular. Na verdade, ela é uma disputa de projeto da sociedade. Então, a
escola deveria se espelhar nisso”, defende.
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