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sexta-feira, 11 de julho de 2014

1ª AÇÃO POÉTICA - Programa Marabá Leitora usa arte para mudar a cidade








 



Na tarde de quinta-feira (10), houve o lançamento da 1ª Ação Poética, pelo programa Marabá Leitora, uma atividade que consiste em utilizar a arte para modificar espaços urbanos. O projeto é uma realização da Prefeitura Municipal de Marabá, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed) em parceria com a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) e a Galeria de Artes Vitória Barros.
A estreia aconteceu nestes dois dias (quinta e sexta-feira) dentro das dependências da própria Semed, que teve seus muros “poeticamente pinchados”.  
O evento foi aberto com palestra sobre o que é uma intervenção urbana e teve a participação de jovens e adultos, além de muitos poetas, professores e pintores. Em seguida, eles levaram poesia audiovisual, grafite, com pinturas em muros, num compartilhamento democrático de suas artes.

Um exemplo de prazer em compartilhamento da cultura através das artes é o da artista plástica, Creusa Salame, que também é poetisa e apesar da idade (74 anos), e de suas limitações por problemas de saúde, participa ativamente das pinturas dos muros.
Eliane Pereira Machado Soares, professora da UNIFESSPA, reafirma a importância da Ação Poética, como o instrumento de divulgação da poesia, através de textos escritos nos muros da comunidade.
Clei de Souza, professor de literatura também da UNIFESSPA, o projeto estimula a curiosidade da comunidade e desperta o interesse pela arte de escrever através de poesias. 

EM BREVE
Depois dessa partida, outras edições da Ação Poética serão realizadas ao longo do ano, na pretensão de fazer intervenções artísticas e sociais em zonas que apresentem tensão social, problemas de violência e escassez de bens culturais, proporcionando um tempo e um espaço para reflexão, sob o encanto da palavra poética.
Cada vez mais assumida como uma arte interdisciplinar e com inúmeras possibilidades de abordagem, a poesia extrapola os espaços canônicos e invade praças, ruas, becos, favelas, bares, muros etc., deixando a cidade mais colorida, mais leve e mais humana. 

INTERVENÇÃO URBANA
Clei Souza, que além de professor acadêmico é o autor do livro de poemas “Úmido”, comentou a respeito do conteúdo da palestra, que tratou de questões sobre o que é uma ação plástica urbana.
Segundo o professor, pelo fato de ser uma ação no muro, os participantes refletiram sobre esse suporte, bem como as situações e sujeitos envolvidos.
“Entender sobre quem é esse leitor, as circunstâncias de leitura, é fundamental. A relação entre o texto e o suporte, como parte desse processo de leitura. E ver a cidade como uma possibilidade de página”, considera.
Ainda segundo o professor, a ação representa uma quebra da divisão entre o território estético e o território funcional, haja vista que a Semed é espaço de trabalho.
“É a fusão dos dois. Isso pode contribuir com a formação dos jovens estudantes, porque passam a ver a cidade com outros olhos. É uma forma de educar o olho para a poesia”, pontua.  
“Toda ação coletiva de intervenção na cidade, e que se pretende pública, ela é curricular. Na verdade, ela é uma disputa de projeto da sociedade. Então, a escola deveria se espelhar nisso”, defende. 
Ele termina enfatizando que esse projeto pode ser simulado pelas instituições de ensino locais, além de serem aprimoradas e até redimensionadas pelo público estudante. (Com informações da Ascom/PMM)

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