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segunda-feira, 7 de julho de 2014

ENQUETE - População critica "aumento" da passagem para 2,93 R$



















Em Marabá, a proposta da empresa RTCM, que prevê aumento de quase 50% na atual tarifa de ônibus coletivo (2,00 R$), está preocupando os milhares de cidadãos que precisam desse meio de transporte. Ela está sendo analisada pelo Conselho Municipal de Transportes, se passar, de lá segue para ser avaliada pelo poder executivo.
A reportagem ouviu a opinião de passageiros, que moram em vários núcleos da cidade, para saber como eles veem o plano, com a passagem custando 2,93.


Bill Sabino, 27 anos, Agente Administrativo do Conselho Regional de Farmácia e DJ, reside no núcleo Nova Marabá:
“Acho ridículo, pois, para justificar um aumento deve ser oferecido melhorias e o estado não tem oferecido nada de melhor a nós, cidadãos. Veja bem nossa contribuição, através de nossos impostos, já são o suficiente para manter os transportes públicos. A culpa não pode ser dos cidadãos. O fato é que existem empresas privadas e esse monopólio que não permite um transporte decente e justo pra nós usuários”.



Amanda Santiago, 16 anos, Estudante do 2º ano médio e residente no Bairro Novo Horizonte, situado no núcleo Cidade Nova:

“Eu penso que 46% de aumento é abusivo. O que justifica esse aumento todo? Nossa inflação não esteve nem próximo disso. Uma decisão incoerente que não mostra melhora nenhuma, apenas mais uma maneira de usurpar o cidadão trabalhador e estudante”.













Bruna Pardim, 18, moradora do Bairro São Félix Pioneiro:


“Com certeza é um absurdo. Não digo nem tanto por mim, mas pelas pessoas que trabalham e dependem do ônibus para ir e vir... Vai ficar quase 50% mais cara. Acho até uma falta de respeito. Já acho caro os 2,00 reais, ainda mais porque não sou mais estudante e o VT Card não vale mais”.









Arthur Oliveira, 20, Garçom e morador do Bairro Bela Vista: 
“Esses caras só querem é ganhar dinheiro à custa do cidadão trabalhador. Arrumar os ônibus que é bom eles não lembram. Acho isso um absurdo sem tamanho com os passageiros que precisam dos ônibus coletivos em Marabá. Eles só vão parar com isso quando queimarem ônibus”.









Mailson Oliveira, 21, trabalha como consultor de vendas e atualmente é morador do Bairro Liberdade, núcleo Cidade Nova:
“Caro é pouco. Se é público por que pagar? E se é pago, por que é tão ruim? Uma proposta de aumento dessa está toda errada. Agora a população vai pagar mais caro por um serviço péssimo. Desse jeito eu prefiro o táxi lotação, já que a diferença vai ficar só 7 centavos. E por esse preço não vale o serviço”.  













Larissa Araújo, 17, vestibulanda que reside no Bairro Novo Planalto:  
“Acho um desrespeito com os usuários. As pessoas já se acabam de trabalhar para colocar comida em casa, ainda querem aumentar o preço do meio de transporte mais utilizado por nós. São pessoas de baixa renda na maioria. Um absurdo! Como estudante fico mais revoltada ainda”.  







Avelino Rodrigues, 26 anos de idade, cursa Letras Português na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e mora na Folha 28.
“Certamente, vai ser um fator complicador, porque, enquanto estudante universitário ainda tenho uma renda limitada e cada centavo é planejado. Cada mês é preciso saber com cuidado no que investir. Essa passagem vai ficar fora do orçamento de grande parte dos estudantes que se mantém em Marabá, com pouco dinheiro”.











Sonara Carvalho, 23 anos de idade, mora no Bairro Novo Horizonte 
“Não temos condições de pagar valor de 2,93 R$ em uma passagem de ônibus, onde os mesmos se encontram em péssimo estado, com número de pessoas acima do que o veículo suporta. Ficamos mais de uma hora no ponto, esperando uma condução. Sem contar com estresse do motorista e de alguns cobradores. Para você descer no seu destino tem que ficar gritando e os cobradores vivem no celular. Sem contar com a indignação de ver passar nove ônibus para Liberdade e para poucos ao Novo horizonte. Se melhorar nossos transportes, aumentar circulação nos bairros carecedores e encaminhar os funcionários dessas vias a palestras de ética e de como tratar o público, ai falamos em aumento”.



Ana Paula, 18, universitária que reside no Bairro Liberdade: 
“Não pode ser sério esse negócio da passagem. É um absurdo esse aumento porque 0,93 é muito. Eu pego em média quatro passagens de ônibus por dia e seria um aumento de 4 reais por dia para mim. Utilizo o ônibus para ir para curso e universidade. É a proposta mais exagerada que já vi”.












Guilherme Teixeira, 15 anos, estudante secundarista e menor aprendiz no Banco do Brasil que mora no Bairro Jardim Tropical: 
“Nós passamos cerca de 15 a 20 minutos esperando um ónibus na parada. Às vezes até mais tempo. E quando chega, chega lotado. Fora que alguns cobradores e motoristas ainda te tratam mal. A passagem hoje não é tão cara com os benefícios que a maioria usa como estudante, idosos etc. Mas, por outro lado, ela se torna cara pelo fato do cidadão pegar um ônibus que muitas vezes demora demais, e com funcionários que te desrespeitam. 0,93 centavos por dia pode dá um aumento de até 87 R$ por mês, o que realmente se torna um absurdo no bolso de quem não usa carteirinha de meia passagem”.


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