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quarta-feira, 16 de julho de 2014

CARNE BOVINA - Famílias gastam até R$ 112, por semana, e restaurantes mais de R$ 7 mil todo mês

Marabá, grande produção não impede que produto fique mais caro



























Roberval Silva espera que preço da carne estabilize
Carne bovina representa um dos produtos mais consumidos na nutrição da população de Marabá. O preço do gado influencia diretamente o que se vê à mesa. Famílias e as donas de casas, restaurantes e os proprietários, frigoríficos e açougues são alguns dos lugares e sujeitos que formam essa rede.
A cidade é conhecida por estar cercada de fazendas que investem na criação de gado, mesmo assim, a grande produção não impede que o produto fique mais caro.
Para a moradora do Bairro Liberdade, Suely Barros, que tem o costume de comprar no mesmo açougue, o preço da carne bovina não oscila.
“Ele só está aumentando. Esse ano, já tinha um bom tempo que a carne de primeira tinha aumentado para 14 reais. E nesta segunda-feira (21), meu esposo foi comprar e passou para 16, coxão mole, lombo, contrafilé”, pontua.
A família é formada por cinco pessoas e consome, pelos menos, 1 Kg de carne todo dia. Por semana, seria um custo de R$ 112 se esta média de consumo for mantida.  
Barros lembra também que o preço do filé estava de R$ 21, mas a dona de casa chegou a ver lugares em que o quilo custava R$ 30.
Segundo Elizângela Santana de Moura, residente na Folha 33, núcleo Nova Marabá, ir a busca do local de venda com preço mais acessível é importante, principalmente, em semanas de comemoração em que a família usufrui mais.   
Elizângela Moura observa variação de
preços entre supermercados e açougues
“Eu compro os dois tipos, carne de segunda e de primeira. Mas, às vezes, é melhor uma ossadinha que sai mais barato. Está na base de 7 ou 8 contos. Já a de primeira fica de 16 pra frente, coxão mole, patinha, alcatra”, afirma.  
Moura observa que a carne de segunda tem de 10 ou 12 reais, dependendo do local em que vai comprar, supermercado ou açougue.
“Agora, absurdo mesmo é o preço da carne moída que aumentou para 12 reais. Isso é o olho da cara... Depois que sobem o preço, eles não baixam mais não”, ressalta.
Proprietários de restaurante percebem ainda mais o peso no bolso quando a cabeça de gado sobe.
De acordo com Roberval Silva do Nascimento, dono de espetinho frequentado por quem escolhe jantar fora de casa, compra-se em média 120 quilos de coxão mole por semana, a fim de atender a clientela.  
“Aqui, trabalhamos apenas com coxão mole. O quilo está 16 reais, mas vendem a 15 para mim. Meu fornecedor sempre me deixa por dentro dos preços. Espero que a tendência seja diminuir já que o preço do boi está baixando agora. Se não baixar, mas pelo menos parar de aumentar tanto acho que dá”, relata Nascimento, que há 4 anos atua no ramo.
Caso não baixem o valor, se for considerado apenas 4 semanas, estabelecimentos como o de Roberval gastam mais de R$ 7 mil, por mês, somente com os fornecedores, isto é, açougues e supermercados.   
“Desde o final de 2013, vem só aumentando. Se continuar assim, o preço dos pratos também muda. Quem sofre é o consumidor final”, avalia.

PESQUISA
A reportagem fez um breve levantamento acerca dos preços de carne bovina, em dois estabelecimentos. A diferença de valor no quilo do mesmo produto acaba sendo surpreendente. Nessa comparação, não fica difícil verificar a quantia em dinheiro que o cliente pode economizar a cada dia.

Supermercado
Lagarto Bovino 15,99
Patinho 16,99
Alcatra 18,99
Contrafilé 17,99
Chan de fora 15,79
Coxão mole 16,99
Costela bovina 8,59
Filé mignon 28,99
Picanha 27,99

Açougue
Carne de 1ª 15,00
Contrafilé 16,00
Alcatra 17,00
Filé mignon 20,00
Picanha 25,00
Costela 7,00
Carne de 2ª 12,00


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