Por
Ederson Oliveira
O
evento que estimulou o protagonismo juvenil no município, e que contou com uma
grande participação popular, foi resultado das oficinas de formação artística
desenvolvidas nos projetos “Arma Arte e Cultura” e “Arma Arte e Cidadania”, que
conta com o patrocínio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
Adolescente (CMDCA), desenvolvido pela instituição no 1º semestre.
A
mostra foi marcada por apresentações de dança folclórica, moderna e jazz, além
de peças teatrais e shows musicais, que encantaram o público presente, contribuindo
para o fomento das artes na cidade.
Com
a participação de jovens na faixa etária de 10 a 18 anos, a mostra destacou a
preocupação da instituição em utilizar a arte, a educação e a cultura, como
proposta para combater os crescentes índices de violência que afetam,
principalmente, os jovens de Marabá.
Sob
a orientação da dançarina e arte educadora, Anieli Bezerra, as jovens promessas
lapidadas na Arma encantaram o público com suas performances, dentre os quais
se destacaram a apresentação solo de dança contemporânea dos jovens, Matheus
Marinho e Valeria Cristina. Com a leveza dos movimentos, sintonia e
versatilidade, eles mostraram todo seu talento.
A
dançarina, Debora Cardoso, também arrancou aplausos do público pela encenação
solo que, com vigor físico, maestria e muita agilidade, interpretou com o corpo
e alma, suavidade e energia. Movimentos de difícil grau de execução mostram
toda paixão que a jovem possui pela dança.
“Nunca
deixo de me impressionar pela garra e pela determinação dessa juventude em
querer aprender sempre mais, o que refletiu diretamente em suas apresentações
com poucos erros apesar da idade, mostrando que o trabalho quando é levado a sério,
e com compromisso, como a Arma faz em Marabá, pode se revelar grandes talentos”,
afirmou a arte educadora Anieli Bezerra.
Outro
momento marcante do evento, foi o número dos grupos de dança moderna da Arma,
que com coreografias e performances empolgantes e inovadoras, revelou um novo
olhar sobre o cenário da dança jovem na cidade, estimulando assim uma linguagem
mais contemporânea e regionalizada.
Capitaneados
pelo arte educador, Avelino Rodrigues, professor de teatro na Arma, as
apresentações cênicas também foram bastante elogiadas, com belas interpretações
dos jovens atores, que arrancaram sorrisos e lágrimas do público presente,
mostrando a importância de projetos como esse, capazes de valorizar e estimular
o desenvolvimento de novos talentos.
Foram
apresentadas no palco do Cine Marrocos a peça infantil “Pluft o Fantasminha”,
da dramaturga brasileira Maria Clara Machado, escrita em 1955, e que narra a
história do rapto da menina (Maribel) pelo malvado pirata Perna-de-Pau.
Escondida
no sótão de uma velha casa, ela conhece uma família de fantasmas e faz amizade com Pluft, um fantasminha que tem medo
de gente. A peça foi encenada pela primeira vez no tradicional teatro Tablado no Rio de Janeiro e conquistou o prêmio de melhor
peça teatral infantil no mesmo ano.
“Foi um sucesso e gostei muito das atuações
dos jovens atores. Não conhecia a peça ainda, mas fiquei muito satisfeita com o
trabalho apresentado pelos professores da Arma. Estão de Parabéns. O Teatro
possui esse grande poder de encher de alegria o espectador”, explicou a
produtora cultural Raquel Silva.
A
outra peça da mostra, que também recebeu bons elogios, foi “O Filho Primogênito”
em que a jovem atriz, Marcela Coutinho, emocionou o público presente com sua
bela interpretação dramática. Ela encarnava uma mãe que tinha perdido o filho
assassinado, mesmo com a pouca idade, a adolescente encencou como poucos a dor
de um ente tão querido.
“Fiquei
muito nervosa, o teatro estava lotado, mas fiquei feliz por ter conseguido
interpretar essa mãe. E me emocionei no final e chorei de verdade, sentindo
essa dor que é inexplicável” disse a jovem Marcela Coutinho.
“O
teatro, ele nos faz rir e chorar ao mesmo tempo e foi isso que aconteceu nas
duas peças, interpretadas por esses grandes talentos, que colocaram o coração
em suas cenas. O resultado foi maravilhoso e todos estão de parabéns”, afirmou
o professor Avelino Rodrigues.
A
música também esteve presente na mostra sob a coordenação dos professores,
Júnior e Arilson Barros. Os jovens fizeram apresentações de voz e violão,
homenageando grandes compositores brasileiros como o saudoso Renato Russo.
“Foi
um grande espetáculo musical. Os jovens se saíram muito bem em suas
apresentações, e a classe artística marabaense deve estar bem satisfeita por
novos talentos surgirem e contribuírem assim para o desenvolvimento da cultura
local”, afirmou o professor Arilson Barros.
“Apresentar
em um teatro com muitas pessoas sempre dá um frio na barriga e nervosismo, mas
no final, tudo correu bem e as canções saíram como ensaiados” afirmou a jovem
Debora Queiroz.
“A
realização da mostra possibilitou que pudéssemos dar visibilidade às ações de
formação artística, que realizamos diariamente na Arma e que culminou com o
evento. Foi um grande sucesso. Gostaria de agradecer o apoio que CMDCA vem
dando em nossos projetos, possibilitando assim que a Cultura seja uma
ferramenta de transformação social, na vida desses jovens,” Afirmou Gilzane
Magalhães uma das coordenadoras da Arma.
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