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quarta-feira, 8 de julho de 2015

FANFARRA MUNICIPAL - Secult inicia apresentações em agosto para Marabá e diversas localidades

Secult planeja levar apresentação também para Belém. Após uma
bateria de exercícios, o ensaio com todos os grupos começa.

Esther Lima orienta atividades com o bombo individual e coletivamente





















O projeto da Fanfarra Municipal de Marabá, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult) por meio do Cine Marrocos, tem alcançado alunos de escolas distantes do centro da cidade. Em 2015, a ação de ensino musical alcança centenas de estudantes, matriculados em diferentes séries do nível fundamental, que participam das aulas que ocorrem quatro vezes por semana, em escolas como CAIC, na Folha 6, e Oneide Tavares, Folha 30. 
Na manhã de terça-feira última (7), a reportagem do Jornal Opinião entrevistou os profissionais e acompanhou as atividades desenvolvidas com o alunado.
Os professores instrumentistas, Xavier Donaldson e Esther Lima, lecionam nas segundas, quartas, sextas e sábados, tanto aulas teóricas quanto as de prática, abordando técnicas próprias dos instrumentos da fanfarra.
Segundo o professor Xavier, o trabalho faz parte do projeto “Música na Escola”, realizado através do Cine Marrocos. Os ensaios no mês de julho são atípicos e servem para aprimorar conhecimentos e habilidades.
“Nós somos a fanfarra sincronizada. Praticamos com os alunos movimentos de coordenação motora, sendo que muitos são complexos, e exigem um grande esforço também físico”, pontua. 
As atividades foram iniciadas ainda em março, a fim de poder preparar os estudantes para a jornada musical.   
“Eles são preparados não apenas para o 7 de Setembro, embora seja nossa maior apresentação. A fanfarra sincronizada é bem mais dinâmica. Nós tocamos diversos ritmos, desde axé e samba até o reggae. Inclusive, usamos instrumentos de corda, como baixo, cavaquinho, violão, que contribuem com uma parte harmônica”, detalha, acrescentando outros instrumentos como bombo, tarol, prato, surdo e marimba. 
O início das apresentações oficiais está programada para o dia 23 de agosto. O grupo vai levar a arte para moradores de cidades vizinhas, vilas e outras localidades.   
Outra novidade, não pouco desafiadora, tem a ver com a participação da Fanfarra em Belém.
“O nosso secretário de Cultura, Genival Crescêncio, está empenhado em levar nossa exposição para a capital do estado. É um trabalho novo, diferente, pois em toda região norte, não existe uma fanfarrada sincronizada como esta desenvolvida em Marabá. Realmente, é uma atração inesquecível”, nota.


Xavier Donaldson reconheceu a dedicação
dos juvenis em cada fase de estudo
PROJETO MÚSICA NA ESCOLA PRODUZ RESULTADOS POSITIVOS DENTRO E FORA DAS SALAS DE AULA 
Somente na Escola CAIC, cerca de 60 alunos estão envolvidos nos ensaios. O estudo da música tem gerado mudanças nos jovens estudantes e na comunidade.
“Nós temos conseguido resgatar muitos alunos. É importante ressaltar que os professores também acompanham o desempenho do aluno nas escolas. Reparamos tanto na nota quanto na parte disciplinar. O rendimento escolar tem aumentado. Nós ajudamos, mas também cobramos muito do nosso grupo”, observa Xavier.
A preocupação com a família de cada jovem é um dos princípios defendidos pelos professores. 
“Nós temos um grande objetivo a ser alcançado, algo que ninguém faz sozinho. Por isso, trabalhamos tanto a parte motora, coordenação e sincronismo, quanto a parte disciplinar. Isso tem gerado para os alunos um bem sem tamanho, o que vemos nos relatos deles”, enfatiza.
Xavier Donaldson reconheceu a dedicação dos juvenis e destacou que eles sacrificam parte das férias.
“Isso tudo só para garantir uma boa apresentação. Realmente, são apaixonados pelo que fazem. A recompensa vem não só pela experiência pessoal que eles ganham, mas também pela beleza que as pessoas tem a chance de ver no som deles”, considera.
O estudante João Paulo Santos Gomes, de 15 anos, é um dos referenciais entre os jovens. Além de dominar vários instrumentos, ele ganha dos professores reconhecimento pela responsabilidade com a equipe.
Conhecido como “JP” pelos colegas, ele estuda no Colégio Caic, aprendeu a trabalhar com a sonoridade do bombo, um tambor cilíndrico de grande dimensão, de som grave e seco.

“Estou no meu segundo ano já. E quero participar dos eventos. Eu sei tocar violão e gosto de aprender a tocar novos instrumentos. Além do bombo, também estou exercitando com a corneta”, afirma. 

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