Secult planeja levar apresentação também para Belém. Após uma bateria de exercícios, o ensaio com todos os grupos começa. |
Esther Lima orienta atividades com o bombo individual e coletivamente |
Na manhã de terça-feira última (7), a reportagem do Jornal
Opinião entrevistou os profissionais e acompanhou as atividades desenvolvidas
com o alunado.
Os professores instrumentistas, Xavier Donaldson e Esther
Lima, lecionam nas segundas, quartas, sextas e sábados, tanto aulas teóricas
quanto as de prática, abordando técnicas próprias dos instrumentos da fanfarra.
Segundo o professor Xavier, o trabalho faz parte do projeto
“Música na Escola”, realizado através do Cine Marrocos. Os ensaios no mês de
julho são atípicos e servem para aprimorar conhecimentos e habilidades.
As atividades foram iniciadas ainda em março, a fim de poder
preparar os estudantes para a jornada musical.
“Eles são preparados não apenas para o 7 de Setembro, embora seja nossa maior apresentação. A fanfarra
sincronizada é bem mais dinâmica. Nós tocamos diversos ritmos, desde axé e
samba até o reggae. Inclusive, usamos instrumentos de corda, como baixo,
cavaquinho, violão, que contribuem com uma parte harmônica”, detalha,
acrescentando outros instrumentos como bombo, tarol, prato, surdo e
marimba.
O início das apresentações oficiais está programada para o
dia 23 de agosto. O grupo vai levar a arte para moradores de cidades vizinhas,
vilas e outras localidades.
Outra novidade, não pouco desafiadora, tem a ver com a participação
da Fanfarra em Belém.
“O nosso secretário de Cultura, Genival Crescêncio, está
empenhado em levar nossa exposição para a capital do estado. É um trabalho
novo, diferente, pois em toda região norte, não existe uma fanfarrada
sincronizada como esta desenvolvida em Marabá. Realmente, é uma atração
inesquecível”, nota.
Xavier Donaldson reconheceu a dedicação dos juvenis em cada fase de estudo |
PROJETO MÚSICA NA
ESCOLA PRODUZ RESULTADOS POSITIVOS DENTRO E FORA DAS SALAS DE AULA
Somente na Escola CAIC, cerca de 60 alunos estão envolvidos
nos ensaios. O estudo da música tem gerado mudanças nos jovens estudantes e na
comunidade.
“Nós temos conseguido resgatar muitos alunos. É importante
ressaltar que os professores também acompanham o desempenho do aluno nas
escolas. Reparamos tanto na nota quanto na parte disciplinar. O rendimento
escolar tem aumentado. Nós ajudamos, mas também cobramos muito do nosso grupo”,
observa Xavier.
A preocupação com a família de cada jovem é um dos
princípios defendidos pelos professores.
“Nós temos um grande objetivo a ser alcançado, algo que
ninguém faz sozinho. Por isso, trabalhamos tanto a parte motora, coordenação e
sincronismo, quanto a parte disciplinar. Isso tem gerado para os alunos um bem
sem tamanho, o que vemos nos relatos deles”, enfatiza.
Xavier Donaldson reconheceu a dedicação dos juvenis e
destacou que eles sacrificam parte das férias.
“Isso tudo só para garantir uma boa apresentação. Realmente,
são apaixonados pelo que fazem. A recompensa vem não só pela experiência
pessoal que eles ganham, mas também pela beleza que as pessoas tem a chance de
ver no som deles”, considera.
O estudante João Paulo Santos Gomes, de 15 anos, é um dos
referenciais entre os jovens. Além de dominar vários instrumentos, ele ganha
dos professores reconhecimento pela responsabilidade com a equipe.
Conhecido como “JP” pelos colegas, ele estuda no Colégio
Caic, aprendeu a trabalhar com a sonoridade do bombo, um tambor cilíndrico de
grande dimensão, de som grave e seco.
“Estou no meu segundo ano já. E quero participar dos
eventos. Eu sei tocar violão e gosto de aprender a tocar novos instrumentos.
Além do bombo, também estou exercitando com a corneta”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário