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segunda-feira, 6 de julho de 2015

FLIP 2015 - Professores do Programa Marabá Leitora e escritores do Projeto Tocaiúnas vão à Festa


Parte do grupo que representou Marabá na FLIP 2015




Ruas de Paraty foram tomadas por inúmeras expressões artísticas























Na última semana, uma caravana de professores e escritores partiu de Marabá com destino à Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), no Rio de Janeiro, que em 2015 realiza a 13ª edição, e teve como homenageado o escritor modernista Mário de Andrade. O grupo participou de palestras, debates e apresentações durante o evento, que durou entre os dias 1 e 5 de julho.  
O Programa Marabá Leitora foi prestigiar a FLIP, junto com 64 professores da rede pública que financiaram a própria viagem.
Segundo a coordenadora do programa, a professora doutora Eliane Soares, a equipe participou de diversas atividades artísticas e culturais, atualizadas e vinculadas ao cenário nacional da arte, educação e política. 
“O objetivo do grupo é fortalecer os profissionais da educação em Marabá e em todo o país. Em nossa região, o trabalho que fazemos é em prol do livro, da leitura, da literatura e das bibliotecas. Por isso, é necessário obtermos novos conhecimentos sobre ações nesse sentido”, afirma Soares.
As reuniões com grupos de debates deram um relevo montanhoso para a programação. De acordo com Katiucia Oliveira, professora e escritora de Marabá, em uma mesa sobre concursos e prêmios literários, a professora Eliane Soares inquietou os sulistas sobre a concentração dos prémios nessas regiões.

“Foi interessante ver os cariocas, paulistas e gaúchos tendo que reconhecer o fato da centralização das oportunidades de produção e premiação literária. Como podem ficar mais numa parte do Brasi? Nós, escritores amazônidas, conhecemos muito bem o potencial e tudo que representa nossa arte para o país”, destaca.  
O encontro também foi propício à divulgação, tanto do trabalho que o Programa Marabá Leitora vem desempenhando, quanto das obras dos escritores que vem marcando a população marabaense.
Em vários momentos, os autores marabaenses promoveram intervenções poéticas, nas praças e salões de eventos, a fim de apresentar livros, músicas e outras produções artísticas. Os livros que constituem o Projeto Tocaiúnas atraíram com beleza os ouvidos e olhos do público, oriundo das demais regiões do Brasil. Além de Eliane Soares e Katiucia Oliveira, autores como Creusa Salame, Evilangela Lima e Javier Di Mar-y-abá compartilharam seus títulos. 

FLIP 2015
A programação principal da Flip 2015 contou com 39 autores, 16 deles internacionais. A edição homenageou Mário de Andrade, agitador cultural e literário que buscou interpretar o Brasil de diferentes ângulos. 
A programação abordou diversos recortes como a poesia, sexo e erotismo na literatura, ciência, representações literárias da família e da vida afetiva, romance policial, questões de política internacional, literatura de viagem, música, arquitetura, políticas culturais e os rumos da sociedade brasileira.
O curador da Flip 2015 foi o editor Paulo Werneck, responsável também pela curadoria de 2014.
A obra e a vida de Mário de Andrade ajudaram a moldar a cultura brasileira – entre os frutos indiretos de sua atuação estão, por exemplo, a preservação da cidade de Paraty e a própria Flip, que guarda muito de seu espírito irrequieto, festeiro e articulador. Nada mais justo que, em sua 13ª edição, a Festa Literária Internacional de Paraty ter prestado homenagem ao autor paulista, morto prematuramente em fevereiro de 1945, cuja vida e obra ainda iluminam o Brasil do século 21. 

MOMENTOS MARCANTES
Ele não veio. Mas esteve presente. Roberto Saviano, jurado de morte pela Máfia italiana, cancelou sua participação alegando questões de segurança. Mas emocionou o público com um vídeo de pouco mais de 11 minutos, bastante contundente, em que abordou sua condição de constante ameaça e atacou as conexões que possibilitam à indústria do narcotráfico uma condição cada vez mais forte.
Outra situação que foi mesa pra cardíaco, teve até troca de provocações, divergências, polêmica musical e risinhos irônicos. Mas tudo na maior civilidade e com humor (nem sempre voluntário) – a plateia aplaudiu bastante e gargalhou. De um lado, o pesquisador José Ramos Tinhorão, 87, que acha Tom Jobim um coitado, que “a bossa nova tem ritmo de goteira e é puro jazz pasteurizado” e que a música popular brasileira sempre fracassou no exterior. Do outro, o compositor, escritor e poeta Hermínio Bello de Carvalho, 80, que acha Jobim “um grande compositor” e que a MPB deu certo e tem respeito lá fora, sim.





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