Empresas de transporte não possuem fiscalização de viagem in loco
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Conforme as estatísticas dos órgãos de segurança, a falta de
atenção no trânsito aparece no topo das causas de acidentes. Em Marabá, 61% dos
casos ocorrem em virtude da desatenção dos condutores, segundo dados levantados
pelo Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) referentes ao
ano de 2014. O fato que preocupa é o costume que os condutores criam de andar
desconcentrados. Isso acontece mesmo dentro das cidades em que o fluxo de
veículos é mais intenso.
Mas, e o que dizer quando o que provoca os incidentes pode
ser evitado, inclusive, nos casos com vítimas fatais?
Segundo Valcíria Brito, moradora de Jacundá – município vizinho
à cidade –, essa situação de insegurança foi experimentada na última viagem que
fez à Altamira, onde ela esteve visitando parentes.
“O motorista, pelo que sei, deve evitar conversar com os passageiros.
Por isso ele tem um assistente. Só que o motora
ficava batendo papo não só com uma mulher, olhando para o lado e para trás,
mas também com o próprio assistente. Um ou outro puxava conversa que não tinha
nada a ver com a viagem”, afirma Brito.
Na última quinta-feira (16), ela retornou em um micro-ônibus,
que pertence a uma agência legalmente ligada ao terminal rodoviário, tanto de
Altamira quanto de Marabá. Foram mais de 500 quilômetros vivenciando perigo e
constrangimento.
“O que mais me deixa revoltada era que, quase toda cidade
que fazíamos uma parada, o condutor fazia do mesmo jeito. Atendendo o celular
enquanto dirigia, fazendo gracinha com mulher que passava em outros veículos”,
detalha.
Como a passageira entende que a culpa da insegurança é do
próprio condutor do micro-ônibus, optou por não mencionar o nome da empresa. Contudo,
disse que vai enviar um e-mail com reclamações.
Porém, fica a questão, quem pode fiscalizar essas
ocorrências, enquanto a viagem está acontecendo? O máximo que as empresas fazem
é averiguar após as denúncias.
ARCON
É amplamente divulgado que os usuários prejudicados em
viagens podem registrar reclamação, por meio dos canais de atendimento da Agência
de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará (ARCON) pelo número de
telefone 0800-0911717 ou pelo e-mail ouvidoria@arcon.pa.gov.br.
A reportagem buscou contato, no entanto, nas três tentativas
o fone se dava sinal de ocupado.
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