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sexta-feira, 24 de julho de 2015

POLÍCIA RODOVIÁRIA - Agentes federais protestam por condições de trabalho junto ao Ministério da Justiça










Felipe Rios, policial federal que representa o sindicato,
defende medidas que vão dar qualidade
devida aos profissionais
Na quinta-feira última (23), data em que se comemora o dia do Policial Federal, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram uma manifestação na Rodovia Transamazônica (BR-230), logo na entrada da ponte que liga o núcleo Cidade Nova aos demais, para chamar atenção da sociedade e do Ministério da Justiça. O ato reivindicava melhores condições de trabalho, aumento do efetivo, através de concurso público, adicional de fronteira, abertura de novos postos e reformas. 
Conforme dados da categoria, com um efetivo de pouco mais que 10 mil agentes, a PRF presta serviço de segurança em todo o Brasil, resguardando fronteiras e efetuando rondas no interior das cidades e estados.
“Só para fazer uma comparação, a PRF tem hoje em torno de 10 mil policiais federais, para fiscalizar toda a malhar viária do país. Comparando com a PM de São Paulo, que possui 110 mil PMs, ou seja, temos 100 mil a menos. Isso dificulta nosso trabalho”, analisa Felipe Rios, policial federal que representa o sindicato dessa categoria.
Segundo Rios, o sindicato defende uma série de medidas que vão dar qualidade devida aos profissionais.
“Queremos o reenquadramento, uma vez que desde 2012 temos cargo de nível superior, mas recebemos como nível médio. Hoje chegamos a tirar dinheiro do nosso bolso para comprar equipamentos, coisa que o departamento deveria fornecer para nós. Mas, infelizmente, o Ministério da Justiça não tem dado essas condições”, detalha.
O representante colocou em relevo alguns dos problemas que provocam a saída de agentes de uma região para outra.
“Estados de difícil acesso como o Pará, Amazonas, se tivesse o adicional de fronteira desestimularia a evasão dos profissionais daqui. Além disso, há um cadastro de reserva de policiais aptos a serem levados para academia, mas nunca foram chamados para ser treinados”, considera.  
Policial Romero Tolentino conversou com o condutor,
Deoclecio Sanches Negri, que declarou
total apoio ao movimento
Durante o protesto, os agentes contaram com o apoio dos condutores de veículos.  
“A nossa manifestação é justamente para recolher assinaturas, a fim de que o ministro da Justiça nos receba e faça ponte com o Ministério do Planejamento”, afirma.
Ainda conforme Rios, existe um sinal de que o ministro da Justiça irá receber os representantes do sindicato.
Na ocasião, o policial Romero Tolentino conversou com o condutor, Deoclecio Sanches Negri, que declarou total apoio ao movimento. 



TEM O QUE COMEMORAR?
Também na manhã de sexta-feira (24), data em que se comemora o Dia da Polícia Rodoviária Federal, uma nova manifestação foi realizada, contando com o apoio de órgãos que já estão de greve. Funcionários do INCRA e INSS engrossaram a voz de reivindicação dirigida ao Governo Federal. 
Atualmente, cerca de 1700 quilômetros correspondem à extensão viária que a delegacia da PRF, localizada em Marabá, faz cobertura. Apesar das dificuldades, a categoria se orgulha dos bons resultados.  
“Quem veste essa camisa, veste com orgulho. Veste querendo prestar serviço à sociedade. Porém, o reconhecimento ainda não é o ideal, tanto nas condições de trabalho como a sociedade que sabe o serviço que PRF efetivamente faz”, enfatiza.
De acordo com Rios, a atuação dos profissionais merece destaque.
“Somos uma das polícias que mais apreende cocaína e maconha em todo o mundo, porque, as rodovias do Brasil são por onde ocorre a escoação da produção dessas drogas. E, por conta do clima, a América do Sul é a maior produtora de cocaína”, observa.  
Existe a previsão de que um novo posto seja implantado em Redenção.
“Comparando a outras delegacias, o efetivo de Marabá é bom. Hoje a gente tem dez policiais de plantão, coisa que praticamente não existe em lugar nenhum do Brasil. Isso porque temos quatro postos fechados. Então, dá tranquilamente para se abrir um outro posto”, pontua.
Rios considera Redenção uma cidade estratégica para combate à criminalidade.
“Contudo, o ideal é ter policiais para abrir todos os postos. Marabá está bem servida, mas a região não”, nota.

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