segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
VAMOS CASAR...
domingo, 21 de janeiro de 2024
CRÔNICA – TÚMULO DOS SONHOS
CRÔNICA – TÚMULO DOS SONHOS
Nós
somos os homens ocos
Os
homens empalhados
Uns
nos outros amparados
O
elmo cheio de nada. Ai de nós!
T.
S. Eliot (1888-1965)
Eu
acredito no poder do sonho. Penso que cada sonho que buscamos realizar
representa um dos meios usados por Deus para alimentar nossas almas. Alimentar
com esperanças dignas, coragem e crenças no que há de mais valioso na vida.
Afinal,
se não fossem os sonhos, o que seria capaz de dar motivo e sentido aos olhos
que se abrem, às narinas que suspiram e aos sorrisos gostosos a cada manhã?
Porém, parece que vivemos um tempo fatalista. Pessimista.
Tempo capaz de anular até mesmo a menor fagulha do imaginário humano. Pois, a
poeira nos meus ouvidos vive me contando, já faz um tempo, a respeito de uma
velhacaria que se tornou triste verdade: tem sido bastante incomum encontrar
pessoas que ainda ousam falar de alguns de seus sonhos.
Claro
que precisamos identificar a origem desse mal funéreo. As pessoas estão caminhando
como covas ambulantes. Enterram dentro de si a riqueza do expectar. Ou seja, a
frase mais assassina do momento é: “Não crio nenhuma expectativa, assim não
tenho que passar por nenhum tipo de decepção”. Rapaz! Será mesmo? O quanto pode
ser oca uma alma assim. Nem consigo pensar se dar para medir a oquidão
de um peito assim.
Dante!
Ele,
sim, soube enxergar como poucos o material que constitui a natureza embrionária
do sonho. Seu germe primevo. A imaginação!
Dante
sacou que a alta fantasia é um lugar que chove dentro. E, se o sonho pessoal,
quer dormindo ou acordado, não for o primeiro lugar em que as gotas caem, que
importa onde mais cairão?
Contudo,
diante desse velório exponencial, o que podemos fazer? Devemos reconhecer que
existem muitas forças atuando para que tanta gente vá dormir com pesadelos e
acorde sem sonhar.
Eu
tenho uma lista sintético-identificadora dessas forças catatúmbicas.
A fonte. Um dos problemas que marcam este tempo cadavérico
é a fonte. O homem moderno escasseou todos os fingidos porquês que tentaram
matar Deus. E substituí-lo. Julgaram-se a nascente. Mas, hoje, só são a
morrente.
O
medo. Eta miserável medo! É tão difícil alcançar e eu não sou ninguém pra isso.
A
desconfiança. Dos ouvidos em que meus sonhos foram pousar. Falar dos sonhos
significa dar poder a quem nos escutar. Pode se fazer o bem e o mal.
O
egoísmo. O mais avassalador de todos. O sonho nasce, cresce, destrói tudo e morre.
As
superstições. São as respostas para as coisas que nunca foram perguntadas. E
nem havia de se perguntar.
A
ganância. Tudo só pra mim. Eis o túmulo mais enfeitado. E o mais seco de todos.
Nada tem na cabeça deste ser. O sonho do ganancioso é a pobreza da realidade.
É
por isso a epígrafe.
terça-feira, 16 de janeiro de 2024
ROTEIRO AB OVO
Abertas as paredes
No sossego do meu lar
Ninguém está à porta
Só eu posso mudar
Quando eu piso no chão
As camadas de imantar
Sacodem novos sons
De Goelas a falar
Ficaram revolvidas
Mais memórias e mais
histórias
Bobinas que não rodavam
Magnetizam, mas vão
embora
Os passos até as paredes
Pra fugir do lado de lá
Comida encontro, as
cestas
Formigam, há um quarentilhar
Perto da nova esquina
O ano que se seguirá
Comboios nascem por cima
Pelas esteiras a caminhar
Vão eclodir as tartarugas
A natureza adentra o mar
Renascem novas figuras
E na minha casa vão morar
domingo, 14 de janeiro de 2024
POEMA - SUPER AÇÃO
SUPER AÇÃO
Homens
dos quais o mundo não era digno
A todos que enfrentaram
seus gigantes,
Que conseguiram se superar,
Que não pararam de seguir
adiante,
Independentemente do que
encontrar.
Vocês se tornaram
exemplos ao mundo.
Espero que todos tenham
olhos de olhar:
Tiveram forças que os
outros precisam ter,
Lutaram acreditando que
vale lutar.
Homens que decidiram batalhar
por um sonho.
Ouviram palavras duras, fortes
para desmotivar.
Encararam o medo, o engano,
a solidão e a fome.
Engrossaram a pele de
tanto bater e apanhar.
Existe muito motivo para
se dizer sujeito homem,
Mesmo que ainda se
multipliquem covardes a negar.
Engolir as próprias dores
e reagir como um sem nome,
Sem saber quando, nem onde,
cada dia iria terminar.
Mulheres que anelaram,
por si, o melhor futuro,
Cultivando esperanças...
quebrando vinganças...
Tristes em face da injustiça,
impondo-se em muro,
Anoitecendo os passados,
o presente as escuras.
Firmes, com a chama inextinta,
fechados os punhos.
Leves, como a neve gelada,
congelando as amarras,
Para em seguida quebrá-las,
perpetuar-se no rumo.
Com vozes erguidas,
seguem-se os passos e as idas.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
ABELHAMENTO
Nós
só buscamos entender aquilo que é problema nosso. Esta é uma tese geral. Ou
seja, no papel de pessoas responsáveis que somos, de pessoas que cuidam das próprias
vidas, temos muito interesse em compreender os porquês das coisas que nos
afetam de perto.
Se
algo é prejudicial a você, é natural que você queira saber o que é isso que
tanto te afeta. Conhecer o problema e buscar saídas. Nó e desenlace. Na vida
como na arte.
Mesmo
que dê muito trabalho para se compreender as causas de tudo aquilo que nos
provoca dano, devemos permanecer, firmes, no propósito de lutar contra a origem
do mal. Afinal, como cita o dito popular: “Ninguém tem sangue barata!”. Se você
sofre, cuide-se. Resolva!
Além
disso, quando algo que nos prejudica diretamente acontece, as nossas reações
tendem a ser mais rápidas. Rápidas e interessadas.
Eu
sou do tipo que quer entender quem, como, quando e por que algo me afeta.
Acredito que faz parte da vida de qualquer sujeito, que atua como condutor do
próprio destino, o interesse em encontrar as melhores, mais justas e seguras soluções.
Definitivas sempre que possível! Só não gosto de perder tempo, (re)trabalho,
recursos e energias com coisas que não posso mudar, nem cabe a mim mudar.
Porém,
às vezes ocorre uma demora para que haja esse entendimento: “É algo que posso
ou não mudar? E, se posso, devo?”. Se posso e devo, logo, faço. Não vou ter
ganho nenhum deixando os problemas, cobranças e desafios que estão ligados a
mim sem encontrar seus devidos fins.
Apesar
de tudo dito até aqui, pode acontecer da tese geral conter uma falha. Isto é,
nem sempre as pessoas buscam entender apenas aquilo que é problema delas. Não
dá pra negar que existe muita gente que gasta esforço – diria até que gastam
uma grande quantidade de abelhamento – só para poder ficar se metendo nos
problemas alheios.
Metem-se,
não para resolver os problemas do próximo ou ajudar, mas, sim, para mexericar. Para
novelizar os acontecimentos da vida real. Tornar em episódio tudo aquilo que acreditam
ser dramático falar acerca das vidas alheias.
Os
abelhudos gostam de saborear sadicamente, não com poucas ilações, as nuances
que julgam ser as mais acertadas. Julgam como verdades absolutas todos os
achismos que seriam mais dolorosos na pele vizinha.
O abelhamento é uma praga local e nacional,
pessoal e coletiva. Ela está no grupo das coisas do: “Se posso ou não posso? Se
devo ou não devo?”.
Contudo,
uma coisa é certa. Só não podemos dizer que o abelhamento seja a solução. Quem
fica alienado à TV da vida do vizinho vai se assustar no dia que a programação acabar.
E, geralmente, só acaba para o lado de quem abelha. Digo, de quem assiste.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
QUANDO O AMOR DESMORONA
É difícil construir uma fortaleza. Seja dentro, seja fora de si. Edificar um lugar, um santuário, um castelo pessoal. Imagine. Ou recorde. Deve ser árduo levantar a própria masmorra. Colocar as mãos na massa e iniciar sua torre. Investir recursos: dinheiro, tempo, trabalho, saúde, lágrimas...
E quando não é um projeto pessoal investe-se muito mais.
São
conversas, são compartilhamentos de sonhos. Sorrisos e coincidências. Cedências
e abdicações. Divide-se crenças. Une-se crenças. Esperanças despertadas, seguidas
de beijos e abraços seladores.
Mas,
para que tudo isso? Pra que tanta construção? O que justifica tantos
investimentos? Quem sabe para se proteger ou se esconder. Talvez para viver
melhor e desfrutar de algum tipo de paz. Quem sabe seja o natural. O devir das
coisas.
O
fato é que, sozinho ou acompanhado, é extremamente desafiador criar esse lugar.
Embora
as pessoas não perguntem sobre os motivos, sobre as intenções de quem dedicou
tempo e trabalho erigindo a própria fortaleza, o dono ou os donos sabem bem.
Sabem cada um motivo. Sabem cada uma intenção.
Contudo,
pode ser que tudo isso um dia desmorone. Pode ser que a fortaleza do amor
pessoal sucumba, que o castelo do amor construído a dois imploda. E agora? Como
lidar com a queda?
Nós
que não sabemos amar procuraremos as causas do desmoronamento. Tentaremos
responder aos porquês de agora sermos o que não éramos. Entender como foi que
levaram tudo que era bom.
E
nós que não sabemos do amor dispensaremos tempo, acreditando que tudo se
curará. Acreditaremos do santo remédio das horas, dos dias, dos meses, dos
anos, até o fim da vida.
Enfim,
nós que do amor nada sabemos vamos viver umas das mais avassaladoras crises da
natureza humana. Revoltar-nos contra o que não se resolve com revoltar. Brandar
contra o que não se soluciona com berros. Hierarquizar novos valores. Ou
resistir à hierarquização. Digerir sentimentos mal vindos. Vomitá-los.
Confundir atitudes certas com erradas. E vice-versa.
Já
os que seguem dizendo que sabem amar não seguirão menos desmoronados. Olharão
pra frente e caminharão também sem as respostas que gostariam de ter. Seguirão
sem viver novamente o que era bom.
Os
que seguem reputando-se entendidos do amor confiarão, do mesmo modo, no tempo.
Acreditando que vão viver um outro novo tempo. Terão feridas que acreditam que vão
ser curadas.
A
verdade é que, mesmo que digam não ter importância, quem edificou entende que nunca
foi para desmoronar.
terça-feira, 9 de janeiro de 2024
ENSAIO – ALMAS VAZIAS, SERES NÃO PREENCHIDOS
As formas que temos para lidar com os vazios da alma são muitas. Há maneiras mais nobres, duradouras, assim como há maneiras egoístas e deletérias.
Merecem
todo o respeito as formas mais nobres como iniciar e manter um compromisso com
causas solidárias e humanitárias, seja através de igrejas e associações de
bairro, seja através ONGs (Organizações Não Governamentais) ou de coletivos
sociais mistos: iniciativa privada em parceria com o governo e agentes
políticos.
Elas
dão muito trabalho. Exige-se esforço organizativo. Contudo, apesar dos desafios
de relacionamento entre seus membros e da integração de propósito entre todos, as
boas ações têm um efeito inquestionável na mente humana, no ser humano. Isso
faz muita gente lutar heroicamente para continuar realizando projetos de ação
social que alcançam, efetivamente, quem precisa de socorro.
Já
as formas passageiras e egoístas são aquelas que alteram a química do cérebro
temporariamente. E olha que não faltam maneiras imediatistas, que tentam a baixo
custo ocupar o vazio da alma humana. Os vícios são as mais comuns. As
dependências químicas estão no pódio da miserabilidade humana.
No
fim das contas, esses dois caminhos têm algo em comum: seriam soluções químicas
para a dor da alma. Em resumo, ambos atuam diretamente na neuroquímica do
cérebro humano, provocando sensações de bem-estar, de autossatisfação, o amor e
a recompensa.
Porém,
esse campo ainda é bastante desconhecido pelos vários segmentos que compõem as
civilizações em qualquer época, as culturas do passado e até as sociedades humanas de
hoje. Não importam quais sejam os países da atualidade, são pequenos os saberes compartilhados
com a grande massa populacional, referente ao funcionamento da neuroquímica do
cérebro e os efeitos promovidos pelas escolhas humanas, e sua interferência na
alma.
Continuam
sendo ínfimas as iniciativas de se repartir um conhecimento tão vital. Afinal,
existem um interesse pecuniário, empresas e bancos, e espiritual, satanás e a esquerda, em cima de novas tendências escravizantes e da manutenção de que a alma humana siga sofrendo.
Existe
um grande perigo quando as pessoas não percebem que as fórmulas viciantes – apresentadas
como soluções possíveis contra a penosa sensação do vazio humano – estão, na
prática, sendo ainda mais degradantes para alma, para o próprio ser.
Nesse sentido, diante de todo o cenário exposto até aqui, o que podemos fazer? Sofrer juntos?
Querendo ou não, todos continuarão sofrendo juntos, em algum grau de intensidade.
A questão principal, o fato elementar é: hoje, mais do que nunca,
a porta estreita continua sendo o melhor caminho. Só que ainda existe uma trupe
de canalhas que teorizam o oposto. Vilania.
domingo, 7 de janeiro de 2024
DIA 8 DE JANEIRO - EXTREMA IMPRENSA E JUDICIÁRIO PROPAGAM NARRATIVAS DE ESQUERDA
MAIS UM PM MORTO PELOS “SAIDEIROS” DA SAIDINHA
Roger that?!
Brasil, hoje.
06 de janeiro de 2024.
Mais um PM morto.
Morto pelas mãos de um
bandido de 25 anos.
Bandido que usufruía da “saidinha”
de 2023,
E nunca retornou.
Mas, sabemos bem quem
nunca mais vai retornar pra casa.
O policial que foi morto:
Correu atrás do meliante
em dívida com a lei.
Dera voz de prisão,
Tinha a arma na mão,
Mas não atirou.
Apenas correu atrás do
cara e gritou:
“Deita! Deita no chão!”.
O contraventor corria,
Tendo arma escondida no
lombo do jumento.
O policial não tinha medo
do bandido.
Ele tinha medo da (in)justiça.
Receio do massacre da extrema-imprensa.
Atormentado pela
insegurança jurídica em sua profissão.
Quase 10 anos de
carreira.
Deixa família.
Deixa herança.
Deixa filhos.
Até quando?
E a proposta para o fim
das saidinhas...
Segue parada no Congresso
Nacional.
PRATOS DESPERDIÇADOS
Hoje à mesa não tem ninguém,
Sem mãos dadas,
Sem orar.
O ar enxuto por alguéns,
Não é triste,
Nem de se alegrar.
Ouve-se os sons de
ninguéns,
Do lado daqui,
Do lado de lá.
Olhos vidrados nos aléns,
Que se seguiram
E o que se seguirá.
A fome dividida por um,
Só pra diminuir,
Sem multiplicar.
Mas nem sempre foi assim.
Habitou-se aqui,
Habitaram lá.
Houve tempos para se
sorrir,
Sem motivos,
Sem desmotivar.
Todos iam se fartar,
Dava o horário,
Até acabar.
Todos tinham que esperar.
Comiam, juntos:
O tempo pra falar.
sábado, 6 de janeiro de 2024
POEMA - SELVA DE PEDRA E PAPEL
Um movimento,
Lá,
Distante,
E aqui seu epicentro.
Uma voz,
Lá,
Gritante,
E por cá o seu silêncio.
Um olhar,
Longe,
No horizonte,
E aqui a vertical
cegueira.
Um passo,
Só,
Cambaleante,
E por cá a caminhada de
pedra.
Uma mão,
Suada,
Aberta,
E aqui de mãos dadas a
seca.
A história
Aponta,
O ponto,
A folha rota.
POEMA - CRISE DE CONFESSIONÁRIO
Catolicamente,
Estou cercado de pessoas que não pecam mais...
Sem confissões a fazer,
Cuja conduta é inescusável.
É o que me parece...
Porém, quando olho para mim,
Para dentro de mim,
E penso na máxima de que a conduta define o homem:
Sinto que boa parte dos meus atos depõem contra.
Eles querem ser contra aquilo que Sou,
E creio.
E todos os atos mais que teimam em tentar depor contra mim,
Vivo,
Militantemente,
A tentar impedi-los,
Desde sua fase de potência,
A impedir sua soma.
Ou que escalem no meu Ser,
Ou que em avalanche me aterrem.
É uma luta constante.
Por isso,
Necessito estar perto do confessionário.
Mas, como estaria?
Quem me cerca sequer precisa do sentido dele...
Por que essa capa?
Vai ser ao abrir a boca
E verter todos os meus pecados,
Um a um,
Para dentro do ouvido do meu outro que me ouve,
Que verei,
Mais uma vez,
Que a não confissão é o forte fato,
Capaz de manter o fardo pesado.
Infernalizadas,
Na crise das confissões,
Só seguem as almas
De outra saga.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
TIÃO, 2024 É MAIS UM ANO SEM PISO SALARIAL? VÊ SE APRENDE!
Prefeito de Capanema Chico Neto fez pronunciamento nesta quinta-feira, 4 de janeiro de 2023 |
A diferença entre os prefeitos paraenses é a bola da vez.
Se
o prefeito de Marabá fosse o prefeito de Capanema, os professores e demais profissionais
da educação marabaense – gente que atua e faz funcionar a rede pública de
ensino – estariam recebendo abono salarial, neste mês de janeiro de 2024. Mais
de R$ 6 mil para professores lotados com 100 h/a e o dobro disso para educadores
com 200 h/a.
Isso
mesmo. O cara publicou lá na fanpage oficial da cidade.[1]
Imagina
o quanto esses profissionais capanemenses não estão se sentindo reconhecidos e
recompensados? Eles receberam seus salários de dezembro, usufruírem do 13º
salário e entraram janeiro recebendo um abono salarial significativo – UM ABONO
QUE É AMPARADO POR LEI e deveria ser praticado por todos os prefeitos que lidam
corretamente com os recursos públicos. Certamente é uma categoria de trabalhadores
que se sentem dignos.
Até
onde se sabe, a nova “Lei do Fundeb” (nº 14.113/2020) determina que 30% dos
recursos sejam destinados para manutenção e desenvolvimento da Educação. Já os
70% restantes dos recursos devem ser destinados exclusivamente ao pagamento
dos profissionais em Educação[2].
Rapaz!
O fato é que tudo fica muito diferente quando as prefeituras realmente valorizam
o trabalho dos servidores da educação.
Eu
não fui pesquisar se o prefeito de Capanema paga o piso salarial da educação. Só
sei de certeza que o Tião tem praticamente oito anos que não paga. Nem fui
pesquisar se o gestor capanemense paga hora-atividade, mas sei que o gestor
marabaense também não paga. Oito aaanos.
Também
não fui ver se lá os adicionais de qualificação têm percentagem maior do que
cá. Ou se lá são pagos já no estágio probatório ou logo que se conclui,
enquanto por cá é uma epopeia até que os servidores venham usufruir.
Sei
lá! Vai que descubro mais diferenças (des)gostosas entre esses dois caras. Pois,
pelo visto, o cara de Capanema paga esse abono todo ano.
Infelizmente,
há muitos representantes políticos que dizem valorizar a educação, porém, muita
vez isso não passa de um discurso bonito e vazio.
Em resumo, são tantas diferenças que eu nem sei contar.
Uma, duas, três, diferenças que não têm fim...
[1] https://www.instagram.com/p/C1sNDBypTF3/
[2] https://sintero.org.br/noticias/geral/novo-fundeb-inclui-tecnicos-educacionais-na-subvinculacao-de-70-dos-recursos-destinados-a-valorizacao/2910#:~:text=O%20que%20diz%20a%20legisla%C3%A7%C3%A3o,pagamento%20dos%20profissionais%20em%20Educa%C3%A7%C3%A3o.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
QUAL LIXO PRECISAMOS COMER HOJE?
O foco do papo sério do dia deveria ser a investigação em torno do gabinete do ódio esquerdista, Mynd e cia, financiados com recursos públicos do governo Lula 3 e de uma pancada de empresas que precisam repensar seus investimentos. Ou receber justo boicote.
O
papo sério deveria ser investigar gente que brincou em cima da depressão de uma
garota, que covardemente foi jogada do anonimato à cova. Mas, não. Olha só qual foi
o monturo de lixo desta quinta-feira, 04 de janeiro de 2024...
...Cortar a cabeça do Xandão em praça pública? Tá de
sacanagem!
É
de uma canalhice tamanhuda isso!
E,
agora, fico me perguntando: “Qual é próxima lixeira em que iremos enfiar nossas
mãos para saborear, gostosamente, mais um montante de lixo?”
O povo brasileiro tem sido obrigado a se alimentar de
lixos tantos, como esse da declaração do ministro Alexandre de Moraes. O cara,
por tabela, não cansa de estimular o massacre simbólico contra os valores da
direita brasileira. E finge que ninguém percebe isso.
Passado
praticamente um ano do acontecimento, das manifestações do dia 8 de janeiro de
2023, o cara quer mesmo emplacar a narrativa de golpe (sem armas, sem entidades
de expressão nacional apoiando, sem nenhum dos três poderes atuando). Golpe sem
líder? Pior, SEM IMAGENS DAS CÂMERAS.
Ele
quer, no final das contas, endossar o que o Lula disse sobre criar as “narrativas
corretas”. Xandão age, parece-me que conscientemente, para colocar na memória
coletiva do povo brasileiro uma percepção abobada da realidade.
E isso nem é a parte mais triste. Infelizmente, a
realidade demonstra que grande parte da imprensa brasileira e da indústria do
entretenimento perderam completamente o compromisso com a verdade e com a manutenção
de uma democracia equilibrada.
E amanhã? Qual vai ser o próximo meme? Quem vai ser o
próximo cancelado conservador? A próxima juíza a ser obrigada a buscar exílio
nos EUA? Qual será a próxima forçação de piada racista a viralizar? Quem será a
próxima (sub)celebridade nascida homem biológico que irá tomar o suado 1º lugar
de alguma mulher no esporte?
São esses os monturos de lixo que permanecem fluindo, nas
valas das grandes mídias, e “esgotam” na mente dos brasileiros.
É impossível não perceber o quanto os poderes da
democracia brasileira foram aparelhados por gente cuja ideologia é tirânica. Metem
a mão no bolso do pobre para poderem manter seus salários acima do que é permitido
na lei do teto salarial nacional.
Insanos e medíocres são na atualidade os maiores
produtores de lixo consumível em larga escala, levado pela imprensa conivente
com a tirania e com o totalitarismo daqueles que pagam verbas publicitárias.
Acabou a saúde. A imunidade dos cidadãos brasileiros
padece. Ligar a TV ou acessar a internet é como ser obrigado a trabalhar no
caminhão do lixo pra manter a cidade limpa. Só que, neste caso, a cidade nunca
limpa fica e não há nobreza alguma nas mãos desses “profissionais” que
manipulam os meios de comunicação.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2024
LIBRAS – IGREJA QUADRANGULAR PROMOVE CURSO PARA INICIANTES
Entenda o gesto na foto: o número quatro (4) com
mão elevada até o ombro representa o nome da Igreja do Evangelho Quadrangular |
Participei não apenas como autor do Blog Olhar do Alto, mas, sendo professor de Linguagens há 20 anos, aproveitei a grande oportunidade que 2024 me trouxe para poder aprender LIBRAS |
Anderson Damasceno
Fernanda (à esq.) e Adriana encaram desafios da atividade prática, acompanhada pela professora Ana, e acertam apresentação |
Ontem, dia 02 de janeiro, a professora e intérprete, Ana Pimentel, deu start ao Curso de Introdução ao Ensino de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), realizado na nave da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) do Bairro da Paz, igreja lidera pelo casal de pastores Rubens Vasconcelos e Sara Quércia.
O encontro de estudo recebeu dezenas de pessoas – em sua maioria líderes, membros e pastores das IEQs da cidade –, e iniciou com exercícios físicos para o relaxamento dos dedos, mãos e ombros.
A pastora Sara Quércia compartilhou sua alegria em tornar o espaço da igreja como foco multiplicador desse conhecimento, e mencionou o relevante trabalho da intérprete, Ana Pimentel, que atua comunicando a mensagem do Evangelho, durante os cultos promovidos ao longo da semana.
Segundo Ana, a mensagem do Evangelho do Senhor Jesus Cristo também tem o compromisso de chegar até os povos não alcançados. “Estou de olho aqui em muitas pessoas que aprendem rápido e podem levar esse conhecimento para o ministério”, observa Pimentel.
O curso segue na próxima quinta-feira, dia 04 de janeiro,
momento em membros da comunidade surda de Marabá farão apresentações aos novos
aprendizes.
SABERES DO CURSO
Felipe, estudante da Escola Tereza de
Castro, participou do encontro ao lado da mãe. O momento em que ambos se apresentam ganhou muitos elogios. |
Entre os conteúdos do curso de LIBRAS estão: a importância da inclusão, alfabeto manual, noções de sotaque e regionalismos, números cardinais, entre outros saberes da gramática.
Já atividades práticas envolveram a apresentação de duplas, com o desafio de informar ao público sobre o nome do colega, idade e, em casos específicos, a apresenta de seus códigos.
Na ocasião, foram compartilhados com os estudantes material impresso, da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e do Núcleo de Acessibilidade, Educação e Saúde (NAES).
LIBRAS E A LEI
Vale ressaltar que a Língua Brasileira de Sinais é uma língua reconhecida por lei (Lei nº. 10.436/2002) e utilizada em todo o território brasileiro. Ela foi criada junto com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Veja alguns registros da primeira aula do Curso de LIBRAS.