Moradores e comerciários
do Bairro Novo Horizonte, no Núcleo Cidade Nova, sentem receio em relação às
obras realizadas pela Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará), em inúmeras
ruas e avenidas, e que tem durado toda a semana. Além do difícil acesso às
residências, por causa do bloqueio temporário das vias, a preocupação mais
comum é com a condição que o chão fica após a abertura das valas.
Resultado na Rio Vermelho traz à tona questão da pavimentação |
Centenas de metros foram
abertos ao longo de vias principais, entre elas, Rua Aquilino Sanches, Rio
Vermelho e Miguel Chuquia, cujo perímetro é repleto não só de casas, mas de
estabelecimentos comerciais. Por conta disso, alguns dos populares chegaram a
ter problemas maiores durante esse período de obras.
Por exemplo, o proprietário
de um imóvel na Rua Rio Vermelho teve a frente de sua garagem parcialmente
tomada por uma cratera, impossibilitando-o de fazer o uso de costume.
Apesar do buraco ser uma
obra inevitável, para as atividades de saneamento projetadas na Rio Vermelho, a
demora no término prejudicava. Após o término dos serviços, uma camada de barro
imprensado ficou no lugar dos conhecidos “bloquetes”.
Uma das vias mais
castigadas foi a Fortunato Simplício Costa.
Conforme João Francisco,
que veio visitar a namorada residente nesta via, o barro e poeira está
violentando a população, já que na verdade ficou o “melechete” – aquela lama
proveniente da lavagem da terra.
“Para ser sincero, o
asfalto aqui nunca teve essa qualidade toda. No princípio, eram os bloquetes na
rua, ai passaram asfalto por cima. Depois de um tempo, tinha até dado uma
melhorada porque recapearam e arrumaram tudo direitinho. Mas, agora... e tem
ruas ai pra frente que estão pior”, dita.
Ele ainda aponta um caso
na Avenida Itacaiúnas, em que uma popular pediu para os trabalhadores pararem
com o trabalho das máquinas, uma vez que sua propriedade estava sendo
comprometida.
Vias bloqueadas, crateras em obras, calçadas
rachadas, barro no lugar de asfalto e lamaçal
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Ossos
do ofício – Segundo a
proprietária de um açougue na esquina da Rua Miguel Davi com a Fortunato
Simplício Costa, Luana de Nazaré da Silva, as obras intensificaram a situação
que já não era muito fácil. Ela completou
dez anos nesse estabelecimento, convivendo com a poça de lama que toma de uma
ponta da rua à outra.
“Eu que mexo com produto
perecível, estou sendo bastante prejudicada. Fica difícil dos clientes virem
até aqui e está tendo muita poeira. Mas a gente tem esperança de que tudo seja
solucionado. E, não só a parte da Cosanpa, mas o asfalto também”, enfatiza.
Custo
e benefício – De
acordo com a direção da Cosanpa, as atividades se fazem necessárias uma vez que as
melhorias são extraordinariamente maiores.
Contudo, o representante
da direção regional do órgão ainda não está presente na cidade e não pode dar
maiores esclarecimentos sobre como terminarão a condição das vias, não apenas sobre os casos indicados na reportagem. (Atualização em 6 de agosto)
Cosanpa
Belém – Em nota ao
Jornal Opinião, a assessoria de comunicação da Cosanpa em Belém, informou que
Marabá está recebendo obras com recursos do governo federal e governo do
estado. Uma delas é a Estação de Tratamento de Água (ETA) que vai ampliar o
abastecimento de água para a população, obra prevista para ser inaugurada nos
próximos 90 dias.
A outra obra é a Estação
de Tratamento de Esgoto, também com recursos do governo federal e governo do
estado, que ainda não tem data para inauguração, mas, as obras estão bastante
avançadas.
Após a instalação de
toda a tubulação, a Cosanpa vai se responsabilizar em refazer a pavimentação. O
compromisso da Companhia é não deixar nenhum buraco aberto na cidade, por conta
das obras.
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