Muita gente quer te ouvir
Só pra ter o que falar.
Querem saber de ti
Para poder te condenar.
Não importa o que ouçam,
Nem mesmo o que vejam,
Sequer toda a verdade
Modificaria seus conceitos.
Você já foi todo julgado
Muito bem antes de falar.
Foi duramente sentenciado
Sem fato nenhum apresentar.
Tua defesa não existe,
Pois querem tua boca calar.
Nunca pense que vai ser justo
Se quem te condena injusto está.
Esse é o tempo dos absurdos:
Criminosos vão te avaliar,
Vão decidir qual é o teu futuro
E o rumo da tua vida negociar.
Eu sei que bate o desespero,
Muitas perguntas a se questionar.
Não precisa fazer mal pra ninguém,
Pra tantos ninguéns querer te reprovar.
O mal que hoje se multiplica –
Gente inteligente tenta explicar,
Já deram mais de mil e uma versões,
Sem contanto a uma solução chegar.
Mas esse teto é instransponível
Para todas ciências. Sua matéria
Existe em outro lugar. Só é invisível
Para quem não vê. Para quem não
Abre os olhos certos de enxergar.
De onde que vem que a má inspiração
E o tamanho desejo de ao justo injustar?
Houve uma queda na sua criação,
A natureza mais difícil de se lidar.
Mesmo que você faça bem ao seu
Irmão, ele pode te matar em seu
Coração. Pode até diante de Deus
Negar, mas aos olhos do infinito
Não vai enganar. Dono da ciência
Como a conhecemos, pois aprouve
A Ele ao homem revelar. A teologia
Que é mais natural, neste tempo,
É o bom tempo pra apologetizar.
Podemos caminhar a segunda milha,
Dos fariseus e escribas justiça superar.
Se for pra um dia eu receber o mal,
Quero das mãos de Deus o mal
A me assolar. Não confio na obra
Dos homens, que se acham mais justos
Que Ele para julgar. É dessa altivez
Que os alimenta, que surge tanto
E todo o mal no mundo a espalhar.
Pois, não é da maldade dos homens
Que temo, mas sim dos homens fracos
Com capa pra julgar. Os homens fortes
cultivam algum e bom valor, já os homens
fracos querem o mundo caído recriar:
Imagem e semelhança de suas baixas ideias.
Caídas, fétidas e com o caráter de perdição.
Querem tirar a humanidade de uma queda,
Jogando-a novamente numa nova pior prisão.
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