Posso
falar do meu país. Brasilzão!
Frequentemente,
essa tem sido a régua de mundo que me deixa revoltado. Essa do título.
Crime,
no Brasil, parece não ter nada a ver com o conteúdo do crime. Mas, sim, com
quem cometeu o delito. Ou seja, acontece, neste Brasil, que o conteúdo do que
foi feito durante um ato criminoso pode ser relativizado a qualquer momento.
É
como se fosse mais ou menos ilegal dependendo do lado político a que você pertence.
E,
pra ser franco, eu não confio nem gosto desse espírito de torcida de futebol, o
qual me parece que tem o poder de tomar conta da razão e da emoção do povo
brasileiro.
Aliás,
minha ojeriza aumenta, principalmente, quando esse espírito é levado para fora
do futebol.
Infelizmente,
a sensação que dá é a de que o Brasil é dos brasileiros, mas o seu governo não
é dos cidadãos. Não é para os cidadãos. Não é pelos cidadãos.
Os
atos promovidos pelos manifestantes em Brasília, no dia 08 de janeiro deste ano,
continuam sendo tratados injustamente.
A
meu ver, a tirania permanece. Imperiosa e soberba!
E
parte de quem toda essa vilania? Quem são os tiranos da atualidade? Vejamos!
Quem
deveria zelar pelo cumprimento da lei? O Estado brasileiro. Porém, esse Estado
Democrático de Direito continua sendo omisso, moroso e conivente por meios
daqueles que estão à frente das instituições que se dizem “democráticas”.
No
passado, quando manifestantes de esquerda efetuavam o quebra-quebra de prédios
e repartições públicas, entre outros crimes, havia a tolerância, havia a
paciência por parte dos meios de comunicação e das autoridades julgadoras.
Hoje,
quando os protestos são realizados por sujeitos de direita, qualquer atitude,
até as que provocam zero prejuízo – como o estar no lugar errado, na hora
errada – recebem dureza e inflexibilidade na punição. 15 anos, 17 anos de
prisão...
Posso
afirmar que, forosãopaulicamente, há uma máquina funcionando apenas para a
promoção do assassinato de reputações. Isso ocorre se, e somente se, quem tiver
no alvo for uma pessoa conservadora, uma personalidade cujos valores estão ancorados
na direita.
Quando
procuro por informações na mídia nacional, nos grandes portais de notícia e nas
redes sociais, vejo que existe mais a produção de narrativas para se atender aos
interesses da agenda lulopetista do que a existência do nobre interesse em se
aplicar a justiça ou em se garantir a dignidade humana.
As
imagens das câmeras foram “contratualmente” apagadas. Enquanto isso, o juízo
brasileiro segue cometendo crimes maiores – matando o Clezão, soltando mendigo
com tornozeleira eletrônica só após 11 meses.
São
crimes executados pelas esferas do poder público, pelo Estado brasileiro, que
atacam o mínimo de ética e o mínimo de qualquer justa ciência, as quais
deveriam ser necessárias para se conduzir os julgamentos em torno de tudo que
aconteceu.
Tem
mais propaganda do que fatos. Tem mais vontade de multar, punir e matar do que
vontade de se garantir justiça e equidade.
Grande
parte da imprensa brasileira, alguns tiranos do poder judiciário e boa parte da
classe universitária e artística estão muito bem unidos, cometendo injustiças tamanhudas.
Confesso
que fico com uma sensação difícil de digerir mentalmente. É bem complicado
enxergar, diante disso tudo, um horizonte esperançoso para o Brasil.
Enfim,
se eu pudesse avaliar e julgar, agora, qual seria o motivo que mais me decepciona,
na política do meu país, é o fato dessa tirania jurídico-jornalística,
promovida por sujeitos fracos e covardes, continuar tomando de assalto a boa
esperança que move o coração de cada brasileiro.
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