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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Distantes (Anderson Damasceno)


Distantes (Anderson Damasceno)

Olha o tanto que esse chão tem poeira,
A cor que ficam meus pés,
Nessa caminhada diária,
Tão casta e necessária,
Inimiga a todo tempo.

Vejam o homem que por ela se leva,
Dizem é o jornal da miséria,
Furtando de si saúde,
Dando tapas e murros,
Ainda vivo, com discurso.

Enxerga você o teu semelhante diferente,
Como pessoa de chão doente,
Esquecido de qualquer glória.
Mas, sempre o mas.
Sou o homem que te ocupou a memória.

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