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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

MUSEU SOBRE RODAS - Ônibus leva história do Tribunal de Justiça do Pará

Projeto visa cidadania e faz revisionismo histórico aos estudantes


















Está em Marabá durante os dias 23 e 24 de setembro, terça e quarta-feira, o projeto “Museu sobre Rodas”, um ônibus que veio de Belém com a finalidade de levar noções de cidadania e apresentar a história do Poder Judiciário, neste caso, abordando a origem do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). No veículo instalado em frente ao Fórum da Comarca de Marabá, situado na Agrópolis do Incra, o revisionismo histórico é feito através de narração, teatro, pinturas, “tecnologias” e outras formas de registro que remontam a instituição em seus primórdios, ainda no século XIX.   
O projeto é aberto à visitação da população marabaense, especialmente a comunidade escolar, e faz parte do programa “O Tribunal de Justiça vai aonde Você está”, que desde julho de 2013 tem realizado visitas aos municípios e localidades mais distantes da capital paraense.
Segundo Cacilda Saraiva Pinto, Analista Judiciária e Historiadora que coordena o projeto, na capital há um museu criado em 1971 com artefatos que registram essa história.
“A ideia partiu da justiça itinerante, do doutor Cristiano e da desembargadora Diracy, para que nós pudéssemos reunir algumas peças e levar aos municípios do interior do estado, um pouco da história do Poder Judiciário”, enfatiza.  
Vânia Ribeiro de Andrade, escritora marabaense que há 25 atua no Tribunal, acompanha a coordenadora nessa visita e defende que é o momento de valorizar essa memória ensinando às crianças.
“Nós falamos, às vezes, que somos pessoas sem memória, sem história ou cultura, e isso não é verdade. Nós temos mas ainda estamos aprendendo a valorizar tudo isso”, afirma.
A equipe que viaja no “Julhão”, apelido dado ao ônibus pelas crianças de Cruzeiro do Sul, passou recentemente por vilarejos próximos do município de Itupiranga, realizando essa amostragem que possui um rico conteúdo.  
“Queremos mostrar aos visitantes as dificuldades que, tanto os servidores quanto os magistrados, atravessaram, desde o tempo em que a escrita dos processos era feita com penas de animais até a evolução da luz elétrica. Mostrar os aparelhos que eram utilizados no tribunal, como a primeira máquina da corregedoria, pois, para as crianças hoje é uma surpresa ver a máquina de datilografia”, observa Cacilda Pinto.
Além disso, os estudantes mirins que visitarem o museu itinerante vão ter a oportunidade de se vestirem conforme os magistrados da época.
“Vamos simular com as crianças o papel de certos sujeitos como réu, autor, advogado e magistrados, através de teatrinho. Temos o objetivo de trazer para o povo essas noções cidadania”, detalha. 
Na pintura, há telas que retratam alguns desembargadores. Entre estes, a primeira mulher que presidiu um tribunal no Brasil, Lydia Dias Fagundes, posse realizada 1979 que demonstra o pioneirismo da justiça paraense, o primeiro desembargador negro, Monteiro Lopes, que virou nome de biscoito.
Origem do Julhão – A Coordenação dos Juizados Especiais, liderada pela Desermbargadora Diracy Nunes Alves, marcou o início da atual gestão com a atuação do Juizado Especial Itinerante do Torcedor nos jogos de futebol que previram expectativa igual ou superior a 20 mil torcedores.
Trata-se do projeto Futebol com Justiça que, recebendo apoio incondicional da Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, esteve presente em todos os jogos de maior relevância no cenário paraense e que foram realizados no Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão).
Em seguida, antevendo a importância do verão paraense, época em que se verifica grande deslocamento das pessoas da Capital para os balneários (Outeiro, Mosqueiro, Marudá e Salinas), a Coordenação dos Juizados Especiais se fez presente em todos esses locais, alternadamente, nos finais de semana do mês de julho (2013), executando o projeto Verão com Justiça. Foi ali que nasceu o Museu sobre Rodas!
A experiência adquirida com a atividade rendeu frutos e culminou com a idealização do programa O Tribunal de Justiça vai aonde Você está! que nada mais é do que ir ao encontro dos jurisdicionados, é, antes de esperar o chamamento do Poder Judiciário diante de um conflito, por o pé na estrada e se fazer presente ali, junto da comunidade.

E de agosto em diante diversas localidades já receberam a estrutura itinerante: Comarca de Parauapebas, onde o Poder Judiciário esteve todos os dias na Feira Agropecuária de Parauapebas, Santarém (Sairé), Itupiranga e Canaã dos Carajás, e muitas outras irão ser contempladas no decorrer da gestão 2013/2015.

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